sábado, 30 de junho de 2012

FLAMENGÔMETRO nº 129


FLAMENGÔMETRO Nº 129
O JOGO DOS SETE MIL ERROS
Não entendo como um time de jogadores profissionais passar uma partida inteira sem conseguir uma sequência de três passes sem errar. Não entendo como o Renato "atômico" é titular com todos os técnicos: um jogador que não acerta um chute, um passe, um drible, um cruzamento, que não marca e nem consegue fazer seus gols de falta que o tornaram famosos no passado. Não entendo como uma defesa, treinada por um técnico que foi defensivo a vida inteira, não atinge um mínimo de solidez, inclusive com um recém-contratado zagueiro "melhor da América do Sul" que vem falhando em todas as bolas aéreas. Não é exagero dizer que temos mais chances de tomar gols num escanteio do que numa cobrança de pênalti. Não entendo porque o Felipe, titular absoluto e o mais regular do elenco, acabou barrado, ainda que o Paulo Víctor não esteja tão mal assim. Estou de saco cheio desta eterna ladainha nos intervalos de "o time X é muito forte jogando em casa", "ganhar um ponto é sempre importante", "temos que ficar mais atentos", "o time está bem, mas...". Não entendo como uma Diretoria passa seis meses sem conseguir contratar jogadores que consigam ser menos ruins que muitos que não saem do elenco.  

terça-feira, 26 de junho de 2012

Calúnia do Rúbio Negrão

Como o futebol do Flamengo, ando meio sumido, mas não me esqueci dos diletos e prediletos colegas de cornetagem. É que o sono invernal vem exigindo cada vez mais do meu corpo fragilizado pelas noitadas e bebidas, um corpo que cada vez mais me faz sentir um jogador de futebol.

Mesmo assim, procuro manter uma certa rotina, acordando para as refeições, ou  para pegar o cobertor quando este cai no chão, contanto que não fique fora do alcance da mão.

É por isso que digo e repito: o inverno é a melhor estação do ano!

Mas apesar de estar aqui me abrindo (no sentido hétero do termo) com os companheiros de perrengue, não admito que me chamem de vagabundo. Se o politicamente correto é chamar o “negro” de “afrodescendente”, não me venham com esse papinho de “fiscal da natureza” pra “vagabundo”! A palavra é “socio-ocioso”. (A título de informação, a expressão politicamente correta para fiscal da natureza” seria “setorista ecológico.)

Porém, o mais importante é que mesmo com o meu tempo quase que totalmente tomado por atividades lúdicas, tenho tentado acompanhar o Mais Querido. Ora, pensei, se até o Joel arruma forças pra acompanhar os jogos, por que não eu?

Agora, acompanhar é uma coisa, torcer é outra. Hoje, torcedor que é otário, quer dizer, malandro já sabe que torcer não é mais suficiente. A hora é de orar.

E por falar no torcedor... interessante, o flamenguista. Antes do começo do Brasileirão, o sonho dourado do mais otimista dos rubro-negros era simplesmente não cair. Ficar na Série A. Longe do Z4. Mas bastou engrenarmos duas vitórias improváveis, na base do sangue, suor, lágrimas e sorte, além de uma invencibilidade de botequim, para que a esperança do hepta renascesse nos corações da galera.

Aí veio a derrota para o Grêmio no Estádio Acústico, digo, Olímpico, que nos fez cair para o meio da tabela. Pior que isso, nos fez cair novamente na real.

Contudo, meus leais detratores, sejemos cinseros e analfabéticos: tirando o próprio Joel, nem tudo está perdido. Não percamos, então, o foco: Série A. Repitam comigo em voz alta: Série A. O que esse timinho vagabundo e sem sangue, que envergonha o nosso manto sagrado pode arrumar em 2012 é... O que que é? Todo mundo junto: S É R I E  A !

Porque enquanto os adversários vão na bola como se fossem num prato de comida, os nossos atletas sexuais vão trôpegos e lânguidos, como se fossem numa garrafa de pinga. Porque enquanto Corinthians e Palmeiras têm times B, o Flamengo só tem A, C e juniores. Porque a coisa anda tão feia que quando ouço, leio ou vejo alguém esculhambando o Mengão não sei mais dizer se se trata se rubro-negro ou arcoirense. Porque a nossa “Enceradeira” não tá dando conta da faxina, e ainda tem que varrer o lixo pra debaixo do tapete.

Porque até posso respeitar o Joel se ele estiver insistindo no Negueba só pra sacanear a Magnética. Acho válido. Como treinador e professor de futebol, ele está no seu direito de zoar os únicos otários que não ganham grana pra assistir aos jogos. Agora, se ele estiver insistindo no Negueba porque realmente acredita que dali vai sair jogador, FAÇA-ME O FAVOR! RETARDAMENTO MENTAL TEM LIMITE!

Daí que não comungo no dogma de que o Renato Gaúcho rebaixaria o Mengão. Eu o contrataria imediatamente, sem pensar duas vezes. Aliás, nenhuma vez. Mas se botarmos o Joel pra correr agora, e o time for parar no Z4, quem iremos contratar pra nos salvar do rebaixamento?


Duplex Toc Zen

1 - “Joel busca ‘engenheiro’ para a casa não cair”: Joel sempre sem timing. A esta altura do campeonato, não adianta mais engenheiro. É hora de mandar vir a caçamba de entulho.

2 - O Paulo Victor merece ganhar uma condecoração do Greenpeace: No domingo passado ele evitou pelo menos umas quatro avalanches no Olímpico, preservando a dignidade e autodeterminação dos povos do Sul.

3 - O Flamengo só perdeu pro Grêmio porque os jogadores não conseguiam escutar as instruções do Joel: A acústica no Olímpico é péssima.

4 - Ufa!: Bem mais calmo agora que constatei que o Marllon é um substituto à altura do Wellinton.

5 - Zinho, aproveita que a hora é esta: Se cair agora, o Joel cairá só, sem levar o time junto.

6 - Em razão do saneamento que vem realizando na Gávea, o Zinho deixou de ser “Enceradeira”: Agora é “Arame de Encanador”.

7 - “Reforço escondido, Jorge Luiz ainda aguarda a primeira chance”: Peraí, senhor empresário! Quando a gente contratou o rapaz, ninguém avisou que ele ainda teria que jogar!

8 - “Agente critica time e defende Joel: ‘Vão trocar seis por meia dúzia?’”: E quem disse que o Joel chega a ser um seis?

9 - Missionary position: É o que Papai Joel tá fazendo com Mamãe Joana.

171 - 1987 em 2012: Aí eu queria que a CBF armasse um quadrangular entre os finalistas da Libertadores e os da Copa do Brasil pra decidir quem será o campeão das Américas.

11 - Sim, eu gostaria que o Mengão estivesse na final da Libertadores no lugar do Corinthians: Mas não contra o Boca.

12 - Quando algum clube colocar direto o time B na reta final do Brasileirão, a mídia cairá em cima: Mas se acontecer na reta inicial, e se for o Corinthians, vida que segue.

13 - Chupa, FOX Sports: O Corinthians é a Globo na Libertadores!

14 - Vai, curintia!: Se o time dos anos 80 foi a “Democracia Corintiana”, o de hoje é a “Burocracia Corintiana”.

15 - “Torcida do River Plate festeja acesso na Argentina e torce pelo Corinthians”: Chega a ser comovente o corporativismo dos nanicos da segunda divisão.


16 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao):

R49 jogando mal, Imperador faltando à fisioterapia pra cair na noite... Só notícia chocante. TÔ PASSADO!

Jamais, em momento algum, sequer me passou pela cabeça que o Adriano iria desperdiçar sua última chance de voltar a ser grande.

Recomendo a quem achava que poderíamos contar com o Adriano já no final de 2012 a dar uma estendida no prazo.

O cara tá te enchendo o saco há 2 horas, você manda ele TNC, ele pede desculpas, e você fica se sentindo a pessoa mais FDP do mundo.

Se eu já não me interesso mais nem pela Copa, que dirá a Eurocopa.

Se tirassem o "B" do título da série "The Borgias" ninguém iria sentir falta.

Gostoso mesmo é assistir a uma série que não conhecia, adorar, e descobrir que ela já está na nona temporada, com 23 episódios em cada.

A ONU é Rio+20 e o FLA é Love+10.

Lendo "Ilíada", de Homero. Bom, mas sinto falta de motoserras.

Esse remake de #Gabriela tinha que ser com os mesmos atores da original, numa levada mais zombie.

"Erundina: 'Lula passou dos limites'." Realmente, aquele bigode é sacanagem.

"Advogada de R49 ironiza ação do Fla." Ah, se o R49 tivesse os coelhões dessa mulher...

"Adriano vê apoio da torcida do Fla diminuir." PUTZ! O futebol continua sendo uma caixinha de surpresas...

Os vascaínos se comendo com o vice do Corinthians #CulpaDoDiegoSouza

O Neymar é um Negueba bom de mídia, digo, bom de bola.

O nível do campeonato brasileiro é tão alto que até o lanterninha pode estar disputando o título mundial no fim do ano.

A diferença entre Flamengo e Corinthians é que o futebol altamente burocrático deste consegue chegar a finais.

Irônico o Clube conhecido como "Timão" só dar certo quando monta um  timinho.

O confronto Messi x Neymar o argentino pode disputar tranquilamente com o Messi B.

Eu acredito muito que o Bottinelli ainda será útil, principalmente numa troca pelo Montillo.

Eu virei meu avatar de ponta cabeça em protesto, mas como tá regulando, deixa quieto.

Aprecio muito a força, técnica e determinação da galera do #UFC147, mas continuo resolvendo meus rolos com meu três-oitão mesmo, obrigado.

O Olímpico deve estar fedendo até agora, de tanta gente que peidou no nosso time.

Tô bolado com o Negueba... Não jogou nada hoje. Será que o garoto tá algum problema particular?

Até o Neymar tem jogado melhor que o Negueba.

O Flamengo do Joel não serve nem pra cavalo paraguaio.

Joel é o cara... lho!

O Joel nunca conseguiu ser rebaixado, mas já está fazendo por merecer.

Já tô me preparando pra secar o Corinthians, ouvindo muito Rolling Stones.

"Filme de 'Chucky' vai ganhar sequência." Alguém tá fazendo as contas?

Com contrato assinado, Marquinhos veste camisa do Fla pela primeira vez." Aí fui correndo ver se era zagueiro ou meia. É ala de basquete...

A julgar pela vibe do Anderson Silva, eu queria me chamar Fernandinha Lúcia, e não me chamar Sonnen.

Estivesse no comando do Fla hoje, Kleber Leite colocaria da seguinte maneira: "Estamos tentando Mourinho, Pep ou Caio Jr. Será um dos três."

Boa tarde. Dever grana pra Romário, Pet. Luxemburgo e Zagallo ainda tem um enredo. Agora, dever pra JOEL SANTANA é cúmulo do desperdício!

Não será o Joel Santana, que valoriza tanto "cães de guarda", que agora irá largar o osso.

Mais uma semana de férias pro elenco rubro-negro. Se tempo fosse mesmo dinheiro, o Mengão já teria falido.

Prova de que ninguém fica rico trabalhando. RT ‏@Info_Fla Sampaoli ganha 40 Ml por mês caraca, o Alvim ganha quase 3 vezes mais que ele.

Emerson Leão dando sopa no mercado. FICA, JOEL!

Em comemoração ao dia 29 de junho, meu segundo aniversário de quinta-colunismo esportivo na internet, agradeço ao Blog da Flamengonet por me ter (repito, me-espaço-ter) descoberto, me obrigando a sair de debaixo das cobertas, e aos igualmente prestigiosos Pontapé e Flama do Flamengo, onde orgulhosamente veiculo a minha “Calúnia”.

Em homenagem a eles, nada mais faço.

Alfarrábios do Melo



Saudações flamengas a todos.

O time segue, e seguirá patinando. Com um esquema que não funciona, com problemas na montagem do elenco e, principalmente, sem conseguir mobilizar sua torcida, o Flamengo segue boiando perigosamente nas camadas intermediárias da tabela, à espera de um sopro, um movimento, que irá dar-lhe a vida ou o beijo mortal.

Essa semana, concluo a relação de onze apostas, jogadores que vieram sem cartaz ou alarde e acabaram se tornando vitoriosos dentro do Flamengo. Boa leitura.

LIMINHA (1968-1975)
1968. Notícias davam conta de que um excelente lateral despontava no desconhecido Votuporanguense-SP. O Flamengo enviou um emissário, que gostou do que viu e recomendou a contratação desse lateral, de nome Cardoso. Mas o time paulista só negociava se a transação envolvesse um contrapeso. E assim chegou o volante Liminha ao Flamengo. Enquanto Cardoso teve passagem efêmera, Liminha rapidamente ascendeu à posição de titular, contrapondo-se perfeitamente ao futebol refinado do Violino Carlinhos. Robusto, vigoroso e muito raçudo, Liminha logo passou a ser chamado o Carregador de Piano. Resistiu à crise do início dos anos 1970 e, sempre como titular, passou a carregar o piano para estrelas como Paulo César Caju, Doval, Rodrigues Neto e mais tarde Zico, Júnior, Geraldo & Cia. Foi campeão estadual e do povo. Sua partida mais marcante foi a exibição de gala nos 5-2 sobre o Fluminense, na Final da Taça Guanabara de 1972, quando marcou um belo gol. Após parar de jogar, permaneceu ligado ao Flamengo, onde chegou a ser treinador nas categorias de base.


DEQUINHA (1950-1959)
Sensação no futebol nordestino nos anos 40, despertou a atenção do Flamengo quando atuava no América-PE, onde era ídolo. A negociação não foi fácil, e Dequinha só chegou ao rubro-negro porque o presidente do clube pernambucano era um fanático torcedor flamengo. Ocupando a faixa central do campo, era o termômetro do time. Sabia dosar a temperatura do jogo, cadenciando toques macios ou forçando jogadas agressivas e verticais. Extremamente habilidoso, Dequinha tornou-se dono do meio-campo e um dos principais jogadores do Rolo Compressor que dominou inteiramente o futebol carioca na Era do Segundo Tri. Seu futebol exuberante o levou à Copa do Mundo de 1954, mas o temperamento tímido, aliado ao pesado lobby paulista, impediram seu aproveitamento como titular. Ganhou, pelo Flamengo, o tri estadual e vários torneios continentais e internacionais. Alinha com Bria, Carlinhos e Andrade na fantástica relação dos melhores médios/volantes da história flamenga, e até hoje figura na maioria das escalações de “melhor Flamengo de todos os tempos”.

LICO (1980-1984)
O Flamengo precisava de um reserva para Zico, às voltas com seguidas convocações para a Seleção Brasileira, e dentro desse panorama resolveu apostar em um jogador que vinha fazendo sucesso comandando o Joinville-SC. E assim chegou Lico à Gávea, em uma troca que envolveu o goleiro Hélio (dos Anjos) e o zagueiro Nelson. Mas Lico, já com 29 anos e com diversas passagens por outros clubes do Sul (entre elas uma frustrada experiência no Grêmio), não foi recebido com entusiasmo, especialmente diante de seu físico esquálido, extremamente magro. Sem chances, foi reemprestado ao Joinville, e sua história flamenga parecia ter chegado ao fim, quando Dino Sani resolveu mantê-lo no elenco, já em 1981. Mais tarde, começou a chamar a atenção de Carpegiani nos treinos, foi entrando em alguns jogos e convenceu a todos de que poderia, jogando deslocado na ponta, ser a solução para o desequilíbrio tático da equipe. Entrou como titular contra o Botafogo, e os históricos 6-0 mostraram que Lico tinha lugar na equipe. Assim, o catarinense tornou-se titular absoluto e protagonista de uma equipe que conquistou a cidade, o estado, o país, o continente e o mundo. Encerrou a carreira por conta de sucessivas lesões no joelho.

BEBETO (1983-1989, 1996)
Iniciou a carreira nas divisões de base do Bahia, que trocou pelo rival Vitória por causa de problemas com a ajuda de custo. Seu talento invulgar fez com que o Flamengo se esforçasse por trazê-lo. De porte franzino, foi submetido a um trabalho de fortalecimento semelhante ao conduzido em Zico. Versátil, muito rápido e extremamente inteligente, adaptava-se a qualquer função ofensiva, embora rendesse melhor como segundo atacante. Protagonizou com Romário, nos anos 1980, um duelo que chegou a parar o Rio de Janeiro. Foi protagonista no festejado Estadual-1986 e no Brasileiro de 1987, onde formou com Renato uma dupla de ataque devastadora. Quando estava no auge da maturidade e era ídolo incontestável, equivocou-se e trocou o Flamengo pelo Vasco, perdendo a chance de se tornar uma estrela de primeira grandeza. Anos mais tarde retornou ao Flamengo, mas foi acolhido com frieza por uma torcida ainda ressentida, e sua passagem foi apagada. Na Seleção, disputou três Copas, sendo figura importante no tetra em 1994. Hoje seu (talentoso) filho Matheus tenta iniciar seus passos no time profissional.

EVARISTO (1953-1957, 1965-1966)
Ainda no juvenil do Madureira, foi destaque nas Olimpíadas de Helsinque, o que fez com que os grandes clubes do Rio montassem romarias atrás de seu futebol. Mas Evaristo preferiu o Flamengo, e seu futebol muito técnico e letal rapidamente o fez se destacar. Em uma equipe onde vicejavam goleadores como Índio e Benitez, não demorou a encontrar seu lugar. Evaristo conseguia aliar uma técnica primorosa a uma impressionante capacidade de marcar gols. Possuía notável visão de jogo e senso coletivo, além de ser extremamente inteligente. O mais perigoso atacante flamengo foi protagonista no tri estadual, especialmente nas duas últimas conquistas (marcou o gol da vitória no primeiro jogo contra o América, na final de 1955). Suas espetaculares atuações contra o Honved de Puskas chamaram a atenção do futebol europeu, e Evaristo foi fazer carreira na Espanha, onde conseguiu a façanha de ser ídolo no Real Madrid e no Barcelona. Sua experiência na Europa o tirou da Copa de 1958, onde seria titular no lugar de Vavá. Em 1965 voltou ao Flamengo mas, já veterano, teve passagem mais discreta. Ainda assim, foi campeão estadual mais uma vez. Após aposentar-se, tornou-se um bem sucedido treinador.

DIDA (1954-1963)
A passagem do maior ídolo do Flamengo antes de Zico começou após uma excursão de um time de basquete do Flamengo ao Nordeste. De folga em Alagoas, os atletas se encantaram com a exibição de Dida em uma partida pela seleção local. O garoto foi então contratado junto ao CSA e passou a ser preparado para brilhar, o que aconteceu já na temporada seguinte. Sua estreia no time titular foi assombrosa, uma vez que Dida não tomou conhecimento do consagrado vascaíno Ely do Amparo e o desmoralizou com dribles e fintas desconcertantes, na vitória flamenga por 2-1. Imprimia uma velocidade alucinante em campo, e tinha notável capacidade de finalização, o que o tornou o maior artilheiro do Flamengo até a chegada de Zico. Formou com Henrique Frade aquela que talvez seja a melhor dupla de ataque da história flamenga. Herói do segundo tri (marcou os quatro gols da finalíssima contra o América), campeão do Torneio Rio-SP, campeão de torneios pelo mundo inteiro, Dida construiu uma sólida e respeitada carreira no Flamengo, de onde saiu em 1963, após brigar com Flávio Costa. Na Portuguesa, mesmo veterano ainda conseguiu a monstruosa marca de 54 gols em uma temporada. Após se aposentar, voltou ao Flamengo, onde cuidou das categorias de base.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Pena ou Vergonha?

Não sei se é pena ou vergonha o que eu sinto por este Flamenguinho do Joel. Treinador medíocre, time minúsculo. Uma equipe que já foi gigante, mas que hoje atua como time de várzea, totalmente previsível e sem lampejos de querer ser grande novamente. E ainda tem torcedor que acha toda essa crítica exagerada. Tem gente que realmente concorda com Joel SantAnta, e aplaude as declarações pífias de que:

“O Flamengo vai chegar, vai chegar na briga pelo título. Não é que gostamos da derrota aqui. Mas não é vergonha (...) Mas, em dezembro, podem me cobrar. Vamos chegar. O time está mais aguerrido, rejuvenescendo, mais brigador, não tem aquela preguiça...” 



Não sou mais ou menos rubro-negro que ninguém. Nem sou o dono da verdade ou da razão. Só não concordo que, este grupo (bando?) comandado por esse distribuidor de colete, dirigido por esta diretoria amadora, tem condições de brigar por algo que não seja contra o rebaixamento. Desculpe, mas eu não vivo no mundo da lua ou de ilusão. Esse timeco não tem condições sequer de lutar por uma medalha no campeonato de garçons no Aterro do Flamengo.

Até quando você vai continuar a f#d&r com o nosso Flamengo, Patrícia Amorim?

Bruno Cazonatti

sábado, 23 de junho de 2012

FLAMENGÔMETRO Nº 128

FLAMENGÔMETRO Nº 128
ABERRAÇÕES MATEMÁTICAS
Chegamos à 33ª partida do ano e, curiosamente, o Flamengo chega nesta época do ano com seu melhor índice dos últimos quatro anos, mostrando que a lógica do futebol é tão caótica (Joel Santana's small box of suprises) que até a matemática acaba gerando resultados distorcidos. A vitória sobre os reservas dos reservas dos reservas santistas foi um vexame que rendeu três pontos, e lá vamos nós para Porto Alegre, pôr em teste a tradicional dificuldade do Joel em vencer jogos fora de casa, e do Flamengo em se comportar dignamente nas terras sulistas.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Insustentabilidade Rubro-Negra

Após duas extensas semanas debatendo sobre sustentabilidade, e finalizando relatórios sobre o mesmo tema, volto minhas atenções novamente para a insustentável situação em que o Flamengo se encontra. Sabem-se lá os porquês, mas o nosso time continua sob o comando de um medíocre treinador. Não, não é possível haver otimismo quando se vê um time grande jogando como se fosse minúsculo. E me desculpe você que realmente acha que é excesso de pessimismo, mas assim como a Rio+20, o Mais Querido é pouco ambicioso e tende à decepção.

Está duro de torcer e até de assistir ao Flamenguinho de Joel. As duas vitórias em casa são mentirosas e serviram para tapar o sol com a peneira. Claro que somar pontos é importantíssimo, mas chega a ser triste ver a atuação da equipe, que parece entrar em campo na base do vâmo-que-vâmo, contando com a ajuda de São Judas e da complacência da arbitragem.  Mas falar sobre isso é chover no molhado, não é mesmo? Até porque, acredito que todo mundo vê que o Flamengo não tem uma jogada ensaiada, nenhuma tática, e atua com um único esquema: chutão-pra-frente-e-o-Love-que-se-vire.

Mas o grande dilema é a “torcida” do Flamengo. Aqueles de sempre, que se dizem mais rubro-negros que os demais. Deixaram de tacar bomba, mas continuam minando o ambiente, bradando apenas para defender as suas regalia$. Não gritam pelo que é imaterial. O cala-boca orquestrado por dirigentes fazem os presidentes de arquibancada manifestarem as vontades que lhes convém ao bolso. Deixam de vaiar e cobrar os verdadeiros culpados, pois preferem levantar voz contra jogador que está prestes a bater uma penalidade que, miseravelmente, pode nos dar uma vitória cagada. Desaprendeu-se até a torcer pelo Flamengo...



Chegamos a um estágio em que a nossa diversão hoje é apenas secar a arcoirizada. Satisfazemos-nos vendo os minúsculos se estreparem, acomodamo-nos com os fiascos do nosso Flamengo, que cada vez mais está mediocremente se tornando pequenino. 


E não enxergar isso é que nem colocar a culpa nos eco-chatos pelos discursos a favor do desenvolvimento sustentável. O Flamengo é como a Terra sendo lentamente destruída pela ação do homem. Muitos fingem não ver, não crer, não se importar. Até o dia em que perceberem que, se não houver uma mudança de comportamento ou de uma nova postura, morreremos. Assim como a Rio+20, o Flamengo será um fracasso? Depende de nós...

Bruno Cazonatti

Transparência

Uma leitura e várias reflexões. Parei para analisar a forma com que as informações são veiculadas nos dias de hoje, e me deparei com um número gigante de informações desconexas, sem base, por puro e simples oportunismo. Bem vindo a era onde qualquer lixo pode ser jogado na rede, e o pior, absorvido por muitos que fazem daquilo verdade absoluta. Naturalmente que noticias oriundas de sites que possuem credibilidade tem seu valor, não obstante posso perceber que tal credibilidade tem sido questionável quando o assunto é : eleições no Flamengo. Aliás, eleição, em qualquer âmbito é um assunto que gera polemicas. A informação quando mal utilizada é prejudicial. Pois supõe-se que quem propaga a noticia está isenta de opinião pessoal. Existe uma linha tênue que separa a publicação de uma noticia tal e qual aconteceu, e sua opinião sobre a mesma. Entretanto o que mais nos deparamos por aí são noticias de cunho pessoal sendo divulgadas indiscriminadamente como verdades. Qual base foi utilizada para saber se tal candidato tem mais aceitação que outro? Foi realizada alguma pesquisa entre os sócios da entidade? Aliás, eu gostaria de saber qual o percentual de aceitação de nossa atual mandatária? Alguém já propôs a realizar tal pesquisa? Existe profissional capacitado para tal? Reproduzir suas opiniões de maneira a atingir a massa, pois parte dela não tem conhecimento profundo sobre o assunto, é usar de má fé para angariar apoio, e colocar na vitrine de maneira desonesta aquele o qual estamos apoiando. Quando se fala de Flamengo tudo toma maiores proporções, já que falamos de uma nação, com os mais variados níveis sociais e intelecto-cultural. Por isso se faz cada vez mais necessária a idoneidade para expor opiniões. Apesar de o trabalho do candidato estar voltado para quem vota, já que quem vota decide o futuro do clube, temos por trás disso tudo uma imensa torcida que participa ativamente da rotina Rubro Negra. Tenhamos mais seriedade em tratar qualquer assunto, principalmente político, pois estamos falando dos interesses de milhões de pessoas. O fato é que precisamos trabalhar para que culturalmente a torcida entenda a importância de se associar. E poder mudar a paroquial realidade política existente dentro da gávea. Enquanto isso vamos valorizar o que é verdade. Conhecer o que cada candidato tem de melhor a proporcionar ao Flamengo. A transparência é fator fundamental para que a relação seja honesta. Infelizmente não tenho coluna em sites grandiosos para propagar minha opinião. Mas tenho conhecimento no que falo, e respeito a capacidade de entendimento de cada pessoa, e desta forma não estabeleço como única verdade o que penso sobre cada candidato, apenas defendo o que vejo de melhor naquele que eu apoio.

 "A primeira vítima, da guerra, é a verdade".
 (Hiram Johnson, 1917, senador republicano e ex-governador da Califórnia (1866-1945)

Depreciar os demais para tornar-se evidente, não é qualidade, é medo.
É o que tem para hoje.

 Marcella Miranda.
#NadaImportaSemOFlamengo

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Patrícia, não esquece a minha parte

Está rolando uma história que o Flamengo resolveu contra-atacar o staff de Ronaldinho Gaúcho na mesma moeda. O clube entrou com uma ação pedindo os mesmos 40 milhões de reais que o dentuço e seu irmão querem arrancar dos cofres rubro-negros. Para chegar a esse valor, a diretoria bombástica se valeu de uma conta inacreditável.

A ação se divide em dois valores. O primeiro, de R$ 5 milhões, vem de o clube não ter conseguido fechar patrocínios devido ao fato de o jogador não levar o trabalho a sério e espantar os possíveis investidores. Claro que o clube não sabia de nada das noitadas e foi pego de surpresa. Afinal, se os dirigentes soubessem, teriam enquadrado Ronaldinho como devido, certo? Próximo.

O segundo valor é de R$ 35 milhões. Baseado em que? Em alguma cláusula de contrato? Em alguma conta de valores devidos que o jogador deixou na Gávea? Não. Os R$ 35 milhões de reais foram calculados de acordo com o tamanho da torcida - 35 milhões de pessoas, número arredondado (para cima), se nos basearmos em pesquisas recentes.

Com isso, a diretoria conseguiu chegar aos R$ 40 milhões, de forma a pensar que assim os Assis ficarão apavorados e aceitarão fechar qualquer acordo possível para se livrar do processo. Fico pensando que se a torcida fosse de 70 milhões, eles pegariam apenas a parte correspondente aos moradores do Rio para gerar o processo. Ou se fosse uns 20 milhões, completariam o valor com a mesma desculpa dos contratos não fechados. É uma matemática digna de quem jura de pés juntos que tinha preparado quatro modelos de camisa para vender e o primeiro começava com Tokio.

Enfim, como fui citado indiretamente nessa história, uma vez que sou um dos R$ 35 milhões, eu gostaria de solicitar minha parte no processo após a vitória certa (já que nossa diretoria não erra nunca). Peço ao Flamengo que, ao receber a grana, encaminhe meu R$ 1,00 para a minha conta. Ué, não estão me usando para processar o jogador e tentar livrar a cara da responsa de não ter conseguido arcar com os salários? Então façamos a coisa direito.

Quando eu receber o dinheiro, o usarei como entrada para comprar um tijolinho. Fico feliz em ajudar o clube a lutar contra esse jogador que não soube corresponder ao amor que lhe foi dado. Caso o Flamengo não aceite meu pedido, por favor mudem o valor da ação para R$ 34.999.999,00, pois não quero ser aquela "torcida" apenas na hora de falar bonito no jornal, mas que não vale nada na hora que precisam trabalhar para ela. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Calúnia do Rúbio Negrão


Junior Cesar, R171, Galhardo, David Braz, Wellinton, Alvim, Kleberson, Léo Moura, Felipe...

Sejemos cinseros e analfabéticos: de um homem conhecido como “Enceradeira”, eu não esperava nada menos do que uma faxina completa. E, felizmente, Zinho não conta apenas com seu bom nome, sua credibilidade, seriedade e competência. Ele ainda tem a seu favor o fato de o futebol ter se transformado num grande balcão de negócios, em que há gente EM SÃ CONSCIÊNCIA querendo contar com um Ué na sua zaga, e um Kleberson na sua meiúca.

A verdade é que estou achando a atuação do Zinho nada menos do que fantástica, principalmente porque ele está atuando fora das quatro linhas. Finalmente temos um diretor de futebol completo. Tão completo que não se limita apenas a contratar bem e pontualmente, mas também a descontratar objetivamente, apesar de, financeiramente falando, o Flamengo jamais conseguir fazer um bom “desnegocio”. Zinho, tal qual um “desolheiro” na busca de novos “destalentos”, vem detectando as carências da equipe, e se livrando impiedosamente daqueles que as causam.

E isso não é pouca porcaria, não, meus leais detratores. Não é de ontem que o Flamengo parece estar acometido da síndrome de Diógenes, mal que se caracteriza, entre outras coisas, pelo acúmulo de grandes quantidades de sujeira e materiais inúteis em casa. Não é de ontem que o Mais Querido adotou a mentalidade do Mais Odiado (Ronabo, of curse, digo, of course) do “Já que está, deixa”. Prova disso é que, de uns anos pra cá, a torcida tem vibrado mais com dispensas do que com contratações.

A grande realidade é que apesar de não contarmos com o melhor elenco do país, pelo menos temos o mais homogêneo. O que é excelente, porque enquanto o melhor elenco do país está ocupado pagando micos homéricos com seu time B, nós, que esperávamos já estar rebaixados na décima rodada, estamos segurando a onda até com muita galhardia.

Em tempo: Zinho, por favor, escute as sugestões do nosso querido e intrépido Roberto Gomes, e traga logo Peruzzi, Martinez, Díaz e Mena, PELAMOR!


Duplex Toc Zen

1 - “Renato desabafa após vaias da torcida: ‘É meia-dúzia de otários.’”Aparentemente, os outros 13.189 “vaiantes” espertos no Engenhão não o incomodaram tanto.

2 - De fato, o Renato vem me enchendo os olhos: De lágrimas.

3 - Renato, os otários não são os torcedores, coitados: Otário é o Clube que te sustenta.

4 - “Dane-se que ganhou, dane-se a posição de tabela. Demitiria o Joel, fácil.” – Jonas P.: Lógica irretocável. Vindo de duas vitórias, e bem na tabela, Joel sairia em alta, o que lhe garantiria a pole no primeiro pit stop de treinadores neste Brasileirão. E, quem sabe, até a liberação da famigerada multa rescisória.

5 - Sou contra liberar jogador de graça, mas...: No caso do Ué, eu abro uma exceção, uma champanhe e até um sorriso.

6 - A saída do já “prestigiado” R49 para o Galo não aliviou apenas o ambiente no Flamengo: Aliviou também a torcida, que durante um ano e meio teve que se desdobrar pra ser o 11º e o 12º jogador ao mesmo tempo.

7 - “Thomás, Matheus, Adryan e Frauches foram promovidos para os profissionais do Flamengo”: É hora de ver se a prata da casa é mesmo metal nobre ou apenas um vil metal.

8 - Não invejo o Corinthians: Prefiro me queixar de quatro volantes, QUATRO!, a reclamar de uma lanterna.

9 - “Lanterna, Timão perde outra e volta a ter pior início de Brasileirão”: Isto sim é ser proativo: brincar no Brão antes de ganhar a Liberta.

2008 - Amarelando: A lanterna no Brasileirão prova que o Corinthians não está focado no título inédito da Libertadores, e sim no bi da Série B.

11 - Ilusão só é boa enquanto dura: Como o Corinthians x Santos decisivo será disputado no interior, não há qualquer chance de o Peixe morrer na praia.

12 - E a patrulha do politicamente correto anda com a corda toda: Muito em breve, passaremos a ser chamados “rubro-afrodescendentes”.


13 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao):

O Framengo de hoje prova que a vida supera a ficção.

Confesso que a Eurocopa não me atrai muito. Quem sabe um dia, se o Brasil participar...

As duas coisas que mais enganam a gente são: 1) os políticos e 2) as primeiras rodadas do Brasileirão.

Faltam apenas 39 pontos e muita vergonha na cara.

Pelé: 3 Copas do Mundo, 2 Libertadores, 2 Mundiais de Clubes, o "Atleta do Século". Então ele começa a falar...

Se o mundo acabasse hoje, o Flamengo estaria garantido na Série A. Mas aí já estou sendo muito otimista.

A vantagem de frequentar o Twitter é sempre estar antenado com os acontecimentos: Dia dos Namorados, Dia do Céu, Dia do Riso, Dia do Bife...

Se o Corinthians realmente for pra final da Liberta, confirmará a tendência atual de crescimento dos clubes emergentes.

O Corinthians é a segunda maior torcida do Brasil na Libertadores!

Pela lógica do Cléber Machado, se o Corinthians vai jogar um jogo de 4 tempos na Liberta, o Flamengo vai jogar um jogo de 76 no Brão?

É isso aí: mata-mata é bola pro mato-mato.

O Corinthians quer porque quer vencer essa Libertadores só pra legitimar o "Título Mundial" que ganhou de presente da FIFA.

Quando vejo o que consegue o Tite, renovo minhas esperanças no Joel #BarangaTambémÉGente

O Bahia nos legou Joel, e agora a gente manda o Wellinton pra eles. Porque a vingança é um prato pra se comer frio.

Que eu nunca atravesse uma rua na frente do carro do olheiro do Bahia.

Com o Ué na zaga, o Lomba vai acabar na seleção.

O Flamengo quer contratar um jogador russo aí, mas não posso revelar o nome porque não cabe em 140 caracteres.

"'Quero apartamentos para não posar nua', diz filha de Renato Gaúcho." Isso é o que eu chamo de alto padrão moral.

"Milan celebra 'ato de heroísmo' de Berlusconi por não vender T. Silva." Ato de heroísmo é não vender o Negueba.

É um saco esperar os anúncios nos vídeos do You Tube, mas admito que são  tão bem feitos que às vezes até vejo até o fim.

O jogador que sai com 10 mulheres sabe que um bom desempenho depende do carinho e apoio da torcida, mesmo que seja de apenas 9 pessoas.

Aí a garota toma um banho de Chanel 5... e acende um cigarro.

"Mirella Santos e Ceará fazem tattoos idênticas para selar o relacionamento." Tattoos? Eu aconselharia um decalque lavável.

Parece que a Portuguesa já começou a campanha pelo bi da Série B.

"Novela Gabriela retorna à TV." Desta vez para falar dos perigos do bronzeamento artificial excessivo sofrido por Juliana Paes.

Dar amarelo pra jogador por retardamento não seria bullying?

Nosso time não é acéfalo: é bucéfalo.

Tô gostando da defesa do Flamengo. O Flamengo é o de azul, né?

"R49 tem outra atuação fraca pelo Galo." Nããããooo... SÉRIO????

Que raios de "melhores elencos do país" são esses de Santos e Corinthians, cujos times reservas só pagam micos?

E faço muito bem nada mais fazer.

FLAMENGÔMETRO nº 127



FLAMENGÔMETRO Nº 127
A LUTA INCANSÁVEL

Voltando a ficar sem computador e sem acesso à internet desde terça passada, só hoje estou colocando com o devido atraso o Flamengômetro que deveria ser postado antes do jogo contra o Santos. Ou seja, não precisei colocar nenhuma consideração sobre o pré-jogo, já que em nenhuma expectativa eu seria capaz de imaginar que o escrete de Joel Santana lutaria tão incansavelmente para perder para o reservas dos reservas dos reservas dos juvenis paraolímpicos do Santos F.C. E nem prever que Joel, não happy em colocar o Renato para estragar o meio-campo, resolveu insistir nesta substituição crazy para fazer com que a lateral-esquerda também fique inutilizada. A defesa bem tentou sua jogada ensaiada no finzinho, deixando o centroavante mirim santista livre, mas este cabeceou para fora. E assim o Flamengo prossegue invicto...

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos.

Enquanto o time vai capengando em campo, começa a ser discutida a situação de alguns dos medalhões cujo contrato se encerra agora no final do ano. De uma forma ou de outra, Renato, Kleberson e Leonardo Moura estiveram meio que na berlinda essa semana. Aliás, com a contusão do capitão, começam a ser dadas oportunidades mais concretas ao jovem Wellington Silva, egresso do Resende, numa contratação que se reveste de mais uma aposta em um nome pouco conhecido, nesses tempos de dinheiro escasso.

É uma política que pode dar resultados interessantes, se usada com critério e moderação. Nomes recentes como Aírton e Willians foram garimpados dessa forma, e ambos tiveram passagens vitoriosas. Outros nomes que compõem equipes campeãs também vieram a custo (relativamente) baixo, e souberam superar o descrédito inicial, construindo carreiras sólidas. É de alguns desses que começo a falar essa semana.

Boa leitura.

ZÉ CARLOS (1984-1991, e 1996-1997)
Chamou a atenção pelas boas atuações no modesto Rio Branco-ES (que chegou a derrotar o Cruzeiro no Mineirão), no Brasileiro-1984. Contratado pelo Flamengo como terceiro goleiro, ascendeu ao posto de titular após a saída de Fillol e uma contusão de Cantarele, já no ano de 1986. Seu impressionante reflexo, aliado à descomunal envergadura (era chamado de Zé Grandão), rapidamente o fez cair nas graças da torcida e da crônica. Viveu seu melhor momento no Brasileiro de 1987, com atuações antológicas que o levaram à Seleção Brasileira. Saiu em 1991, retornando ao clube em 1996, sem o mesmo brilho (ficaria por um ano). Campeão Estadual, Brasileiro e com passagem em Copa do Mundo, Zé Carlos é um dos maiores goleiros da história do Flamengo.

CHARLES GUERREIRO (1991-1995)
Não chegou a ser propriamente barato, pois veio trocado pelo volante Ailton e pelo meia Toninho (ex-Portuguesa). Mas chegou à Gávea completamente anônimo, e suas credenciais não animavam, com passagens por Paysandu e Guarani. Alguns mais atentos ainda se lembravam de um belo gol marcado contra o Botafogo, e pouco mais se sabia de Charles. No início, atuando como volante, pouco empolgou, mas sua passagem no Flamengo ganhou uma guinada quando passou a ser improvisado como lateral-direito, posição que já se tornava um problema crônico na equipe. Apesar da nítida deficiência técnica, Charles rapidamente caiu nas graças do torcedor, por conta de seu futebol extremamente voluntarioso e aguerrido, além de aplicado taticamente. No Flamengo Charles viveu o melhor momento da carreira (chegou à Seleção Brasileira), sendo importante nas conquistas do Estadual-91 e do Penta Brasileiro em 1992. Permaneceu na Gávea até 1995, quando começou a perambular por outras equipes, sem jamais repetir o sucesso flamengo.

MARINHO (1980-1984)
O Flamengo foi jogar em Londrina pelo Brasileiro de 1979. Jogo duro, empate (1-1) e uma atuação de gala de Marinho que encheu os olhos de Cláudio Coutinho. Assim começava a se desenhar a contratação de zagueiro, que não demorou a se firmar na equipe, barrando nomes como Nelson e Luís Pereira. Muito bom no jogo aéreo e detentor de uma técnica invulgar (embora sujeito a esporádicos apagões), chegava com enorme facilidade à frente, tendo marcado gols históricos e decisivos (Atlético-MG, na Libertadores-81 e Santos, no Brasileiro-82, ambos nos minutos finais). Titular da maior equipe da história do Flamengo, ganhou tudo o que disputou e chegou à Seleção Brasileira. Começou a perder espaço com a chegada de Cláudio Garcia (que preferia Figueiredo), e foi negociado com o Atlético-MG em 1984.

RONALDO ANGELIM (2006-2011)
Chegou ao Flamengo em 2006, credenciado pelo ótimo Brasileiro do ano anterior, onde chegou a ser indicado o melhor zagueiro da competição, defendendo o Fortaleza. Mas Angelim demorou a se firmar, vítima da bagunça administrativa em que o rubro-negro andava mergulhado. Preterido com Ney Franco (que escalou Irineu, Moisés e Thiago Gosling), quase foi negociado, mas voltou a ganhar chances com Joel Santana e cresceu assustadoramente de produção ao lado do experiente Fábio Luciano. Bastante técnico e com ótimo posicionamento (impecável no jogo aéreo), Angelim foi protagonista na conquista de vários Estaduais, de uma Copa do Brasil e do Hexa Brasileiro em 2009, quando chegou ao ápice da carreira ao marcar o gol do título. Caminha para a merecida aposentadoria (atualmente defende o Barueri), e já garantiu lugar reservado na memória da Nação Rubro-Negra.

JORDAN (1952-1963)
Após despontar no São Cristóvão, Jordan chamou a atenção dos grandes da capital, mas preferiu o Flamengo, seu clube de coração. Atuando como médio pela esquerda, lateral-esquerdo ou zagueiro, notabilizou-se pela primorosa técnica com que efetuava desarmes e dava sequência à saída de bola da equipe. Em diversas entrevistas, foi apontado por Garrincha como o seu marcador mais leal. Jordan formou com Jadir e Dequinha uma das mais célebres linhas médias da história flamenga, e teve trajetória longa e vitoriosa no rubro-negro, conquistando Cariocas (foi titular absoluto no timaço do segundo tri), o Torneio Rio-SP de 1961 e vários torneios nacionais e internacionais. Antes de Júnior, era considerado o melhor lateral-esquerdo da história do clube e por muito tempo foi o recordista de atuações pelo Flamengo. Deixou o rubro-negro em 1963, após desentendimento com Flávio Costa, mas, mesmo relativamente novo, preferiu encerrar a carreira, pois não admitia a hipótese de defender outras cores.

Semana que vem: meio-campo e ataque.

domingo, 17 de junho de 2012

30 e tantos milhões de otários

O framengo da caterva está, a cada dia, mais próximo ao fundo do poço.

Pregam que Ronaldinho desrespeitou A, B ou C, e eis que o "craque #not" Renato vem aos microfones chamar de otário uma meia dúzia que o vaiou.

Começo dizendo para este jogador que ele recebe para jogar, e que os otários que o vaiam ajudam a pagar seu salário. Renato tem que aprender alguma coisa sobre descer para o playground. Se não sabe brincar, se não aguenta vaia, fica em casa, ou volta pra Arábia. Mas não vem ofender a Magnética. 

Sim, quando ele fala em meia dúzia de otários, ele fala com uma maioria absoluta que não o quer de titular. Se tem aqueles que recebem presentes e benesses para não vaiar o time, para não reclamar dos sucessivos micos proporcionados por esta diretoria, existem milhões e milhões que NÃO O QUEREM NO TIME. QUE O QUEREM NO BANCO, OU TREINANDO EM SEPARADO. E acredite, Renato, não seis ou sete.

Fosse o framengo o Flamengo, essa diretoria ordenaria um pedido de desculpas do jogador para com quem paga seu salário. Fosse o framengo um clube sério, exigiria respeito de QUALQUER JOGADOR perante a torcida. Afinal de contas, a vaia existe no teatro, existe para os políticos...Então, enumerem-me um motivo sequer para um jogador que ganhou estaduais e uma parca Copa do Brasil tem o direito de nos chamar de otário?

Otário é este crube chamado framengo, que permite comportamentos inadequados de um jogador que não tem raízes na Gávea. Otário é o torcedor que continua a apoiar essa palhaçada que acontece no framengo em troca de camisas e ingressos. Otário é o torcedor que acredita na truculência como fórmula para resolver problemas (leia-se "você não concorda comigo, então tem que passar a concordar"). Otários não somos nós, Renato. Nós entendemos o Flamengo de uma forma que você nunca entenderá.

Portanto, senhor Renato, tenha um pouco de bom senso, ou de vergonha na cara, e peça desculpas à essa meia dúzia. Pois esses milhares de seis são a força propulsora do Flamengo. Quer merecer aplausos? Joga futebol, não joga com o nome.

Pois se depender dos milhares de meia dúzia, já teríamos Muralha, Luiz Antônio e mais meninos da base. Esses sabem, entendem e compreendem o que é o Flamengo na sua essência.

Quer respeito? Jogue.

Quer evitar vaias? Raça só não nos serve. Seja produtivo. 

E nada mais digo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eleição 2012 põe desapego de ex-presidentes à prova

Flavio Godinho, executivo da MPX; Rodolfo Landim, ex-executivo da BR Distribuidora e OGX; Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky; e Carlos Geraldo Langoni, ex-presidente do Banco Central do Brasil concordaram na última semana em participar de um conselho que projete parâmetros básicos para modernizar a gestão do gigante adormecido Flamengo.

O convite só surgiu porque ex-presidentes como Márcio Braga (foto) e Kléber Leite deram a abertura necessária, inclusive com espaço para que os excecutivos flamenguistas falassem. É muito em relação à história recente do clube, mas ainda é pouco. Mais gente com o mesmo perfil - profissionais de sucesso em suas respectivas áreas e sem nenhum interesse senão o crescimento do Flamengo - tem o interesse em se mobilizar para impedir que a gestão Patrícia siga mais três anos em compromisso com o atraso.

Mas esse tipo de gente dificilmente vai aceitar fazer parte de gestões que tem sua parcela de responsabilidade pelo eterno sono rubro-negro, marca esportiva com maior potencial e desperdício no Brasil há décadas. Se caciques e índios da tribo rubro-negra querem uma gestão mais comprometida com o profissionalismo, só o desapego por cargos e vantagens pessoais vai conseguir concretizar esse sonho. É informação e não opinião: é possível ainda esse ano ver uma chapa com muita gente boa como essa.

Márcio Braga talvez tenha sido um dos maiores dirigentes da era amadora do esporte enquanto Kléber Leite foi responsável pela maior contratação do futebol brasileira, ao tirar Romário do Barcelona em 95. Os dois também colecionam fracassos e erros indesculpáveis, que hoje servem para a gestão Patrícia se posicionar como a "menos pior" ao invés de a melhor. Ambos podem abrir espaço para uma nova era no clube. Basta que os dois e todos os demais conselheiros e ex-dirigentes abram mão de suas vaidades para apoiar novas idéias e a reafirmação do Flamengo como um clube sério.

Caso contrário, a vitória de Patrícia seguirá provável.

Flamengo Net

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