segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



PAPO DE SEGUNDA - Luciana Zogaib

ANSIEDADE MÁXIMA

Boa noite Nação,

Mengão só alegria neste início de ano. Auto-estima está lá em cima e a expectativa para um 2011 de vitórias é grande.

O time ainda está longe do ideal mas confesso que a cada rodada fico um pouco mais animada. Thiago Neves deixou sua marca e humilhou o Vasquinho. Renato comeu a bola e nosso meio campo promete. O jogo poderia ter sido um passeio mas o Mengão dormiu no segundo tempo e quase complicou a bagaça. Mas mantivemos 100% de aproveitamento sobre os pequenos.

O título da coluna remete a ansiedade pela quarta-feira. R10 estréia e a mulambada vai tremer. Não vejo a hora de ver o dentuço com o manto em campo e de preferência esculachando geral e botando a redonda no barbante. Quero ver aqueles dribles maravilhosos, as canetas desconcertantes, os lançamentos magistrais e os gols de placa. É isso que meu coração rubro-negro pede, mas sei também que o cara está sem ritmo e talvez eu tenha que conter a ansiedade um pouco mais. Mas o cara é "O CARA", joga muito, joga fácil, é diferenciado e portanto podemos sim esperar muito, esperar o melhor.

Galera, além deste espaço, tenho também meu blog e twitter que sempre divulgo aqui mas gostaria de convidá-los também a acessarem a coluna Flameninas do FlaNews, segue o link abaixo também. Vamos aquecer os debates rubro-negros.

SRN

Flanews: http://www.flanews.com.br/

Futeblog: http://luzogaib.wordpress.com/

twitter: http://twitter.com/luzogaib

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa

Flamengo em dois tempos

Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!

Tenho um raciocínio sobre futebol, que não necessariamente faz sentido, para jogos em que um time é muito superior ao rival no primeiro tempo: Se possível, aplica logo um 3x0, desce para o vestiário com tranqüilidade e joga a batata assando no colo do time adversário.

No meu pensamento, “3x0” – ou mais, claro – é o resultado capaz de fazer com que o técnico adversário se preocupe muito mais em fechar o time e impedir uma goleada. Qualquer outro resultado abaixo disso, ainda que tenha havido uma superioridade em campo como foi o Flamengo ontem, permite ao adversário a opção de tentar reverter o resultado mesmo que na base do “tudo ou nada”.

A partir daqui, começo o post dessa segunda.

O Mengão jogou certinho no primeiro tempo. Abriu as jogadas pelas pontas, trocou passes com muito mais qualidade do que nas partidas anteriores, virava bem o jogo fazendo o adversário correr atrás da bola e, tão importante quanto, não deu muito sossego ao Vasco quando eles tentavam jogadas ofensivas, com pelo menos um jogador na sobra pronto para o desarme.

Pelo primeiro tempo percebeu-se quanto o time ganha em qualidade na saída de bola optando por Maldonado a Fernando. Até mesmo Willians, menos sobrecarregado na ligação, se destacou no desarme embora ainda comprometa pelo excesso de passes errados.

Deivid se apresentou um pouco mais para as jogadas, Thiago Neves se mostrou em melhor forma avançando bastante pelo meio e pela direita, Leonardo Moura voava pela lateral entortando os adversários, a zaga não comprometia. O Flamengo tocava bem a bola, o Vasco não conseguiu jogar e os 2x0 do primeiro tempo saíram com naturalidade. Poderia ter sido mais, mas o Flamengo não criou muita coisa além para isso.

Aliás, que golaço do Thiago Neves... Como é bom ver atacante do Flamengo fazendo gols assim.

Mas veio o segundo ato, o segundo tempo.

E o Vasco que apanhou no primeiro tempo, mas não bastante para desistir do placar, começou a ganhar espaços, cedidos por um Flamengo estranhamento acomodado, satisfeito com um placar perigoso. E por pior que seja o adversário, o Flamengo não se pode dar ao luxo de imaginar que resolve qualquer partida no momento que quiser.

Ainda mais em um clássico.

O jogo que esteve fácil passou a ser equilibrado. E quando se esperava uma melhora, as substituições de Luxemburgo não surtiram qualquer efeito. Tomamos um gol que, a meu ver, se deu por uma falha individual – expondo inclusive uma das fraquezas desse time - e de repente passou a ser mais fácil garantir o resultado do que criar oportunidades para ampliar o placar.

Vencemos o clássico e mantivemos os 100% de aproveitamento. Por um placar mais apertado do que o imaginado depois do primeiro tempo, mas vencemos. Com aspectos positivos e negativos a serem ressaltados. Mais do que isso: A serem trabalhados.

Só que agora temos que passar uma borracha e saber que vai começar um novo Flamengo. Com as chegadas de Ronaldinho e Botinelli, passa a ser outro time, outro posicionamento, outra arrumação tática.

É importante saber que isso só se ajusta em campo, jogando. O entrosamento não surgirá já na próxima quarta feira contra o Nova Iguaçu. Vai demandar tempo e paciência da torcida.

Um time melhor? É o que se espera. Os craques já estão todos a disposição.

O resultado, nós veremos a partir de quarta.

Grande Abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

*************

P.s.: Pegando um gancho na entrevista do Júlio Mariz, Presidente da Traffic, ao jornal "O Globo", pretendo fazer um fórum de discussões sobre o tema "Plano de Sócios" para o Flamengo. Avisarei previamente também aqui no blog, mas a parada deverá rolar via twitter. Quem quiser me adicionar e já encaminhar temas que gostariam de ver abordados nessas discussões, aí vai: http://twitter.com/herminio_correa

sábado, 29 de janeiro de 2011


FLAMENGÔMETRO nº 31
UM SÓBRIO, POR FAVOR
Três jogos, três vitórias, mas Campeonato Carioca virou aquele teorema do "Brigar com Bêbado": se bater, ah, bater em bêbado é fácil... se apanhar, poxa, apanhou de um bêbado? É verdade que nosso rival e próximo adversário vem levando sovas de vários bêbados em fila, mas em CLÁSSICO TUDO SE NIVELA. E precisamos urgentemente de um teste para nosso time. Será que estamos melhorando, ou foram os adversários fracos demais para nos causar algum problema? Temos que entrar com máxima concentração para conquistar mais uma vitória. Eu preferia que eles tivessem vencido o Boavista, porque com a derrota já mudaram de técnico e barraram a dupla de chinelinhos, aliás talvez os chinelinhos-mor da história do futebol internacional. Agora virão motivados e renovados, com certeza mais preocupados em se defender. Cabe ao Mr. Luxemburgo e sua incrível Vander-legião manter a progressiva evolução já notada, e desta vez bater em alguém sóbrio (ainda que no momento os cruz-maltinos aparentem estar mais ébrios do que sóbrios).
Vanderlei já percebeu nosso principal buraco, que é o vácuo absoluto que reina na lateral-esquerda, e espero que preceba também que o David fonético (escreve-se "Deivid") só vem exercendo a função de ser a óbvia substituição de segundo tempo. Wanderley não é craque, mas já está merecendo jogar pela vontade, presença e sorte. Thiago Neves vai acabar voltando ao futebol que sabemos que tem, e Ronaldinho em breve se juntará ao esquadrão rubro-negro. O Flamengômetro no momento está marcando 59% (5 vitórias, 3 empates e 3 derrotas nos últimos 11 jogos, mas ainda precisamos subir ainda mais na escala. E que Luxemburgo honre a sua fama, e saiba trazer para os profissionais da melhor forma possível esta ótima fornada de juniores. Na zaga, o David Braz, ortográfico (escreve-se "David") está bem junto com o Wellinton, mas ainda acho que poderíamos trocar o último por alguma contratação mais experiente (André Bahia? ou a volta futura do glacial e magistral Juan?).

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Crise em São Sanuário. Que Chato.


*Texto descaradamente copiado do sócio honorário do FlamengoNet, Arthur @urublog Muhlemberg


Antes de mais nada quero deixar bem claro que sou um entusiasta, um defensor e um fã fiel do futebol carioca. A vida não é só zoação, tenho meus princípios e por mais que fique tirando onda de troll para mim não está sendo nada fácil ler os jornais sobre este estapafúrdio inicio de campeonato carioca para o nosso coirmão bacalhau. É difícil ler as notícias, sério, fico com as mãos tremendo e a barriga chega a doer. De tanto que eu rio e gargalho desses otários.

Não tenho absolutamente nada contra a mulambada da camisa feiona, mas como também não tenho nada a favor desses buchas estou me mijando de rir dessa ducentésima bilionésima crise na pocilga de São Janú. Rio à bandeiras despregadas como se estivesse assistindo a um jogo entre Flor x Foguinho pela última rodada do Brasileiro da Série C (O Flor tentando o Bi e o Foguinho precisando vencer pra não descer à Série D junto com o Ixpó).

Deixemos de ficção científica e vamos nos ater as fatos. Será que nós, rubro-negros imensos e invulneráveis, poderemos aprender alguma coisa com os infortúnios e o azar desgraçado desse pequeno ex-rival do outro lado do túnel? Mas é claro que sim, observem o caso do Felipe Sangue Ruim. Aquele que atirou o Manto Sagrado no chão lá em Volta Redonda nos idos de 2004 e desde então nunca mais jogou bola. Bola que pune os fanfas e os traíras com exemplar severidade.

Vocês lembram quando a galegada recontratou esse pária no ano passado? Nossos ávidos corneteiros, sempre prontos para um blowjob precoce e extemporâneo, meteram a boca e reclamaram da incapacidade de nossa diretoria em contratar reforços de tal quilate para as hostes rubro-negras. Eu me lembro bem de um comentário que li, aqui ou no Urubunews: Porra, maluco, imagina o Felipe nesse meio campo com Diogo, Kleberson e Renato? O Mengão ia arrebentar no Brasileiro! Fora Zico! Fora Patrícia!

É, eu imaginei. E concordo que o Mengão ia arrebentar. Ia arrebentar com as fuças no fundo do poço da porcaria da Segunda Divisão. Hosana, bate na madeira, pé de pato, mangalô, graças a Deus que lá na Gávea neguim não sabe contratar como no Vice. Pois se dominássemos a arte plebeia da compra de refugo e sucata como fazem os portugas já estaríamos inapelavelmente fodidos há muito tempo. Essa é a lição que podemos aprender com a decadência da nossa baranga de fé.

Talvez o jogo marcado pra domingo no inóspito Vazião (estádio de atletismo da prefeitura do Rio de Janeiro) vá ser o mais desprestigiado Flamengo x Vice da história do futebol brasileiro. Que a torcida bacalhoesca não vai aparecer todo mundo já tá cansado de saber, pois há mais de 10 anos que eles desistiram de comparecer aos jogos contra nós. As 7 derrotas seguidas em finais e os esculachamentos em regra por nós aplicados em Taças Guanabara, Taças Rio, Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil deixaram marcas profundas no lombo deles.

O meu grilo é se a van que transporta a mulambada do vice vai aparecer lá no Engenho de Dentro domingo. Sem querer tocar o terror, mas já tocando, há verdadeiro risco de W.O. e isso seria um ultraje ao torcedor que toma porrada na fila pra comprar ingresso. Todo rubro-negro em dia com suas obrigações com a justiça desportiva tem o direito de ver o vice ser goleado pelo Mengão. E seria uma puta falta de sacanagem se a nossa baranga desse um perdido em nós logo agora.

Estou muito preocupado. Reticências tem 3 pontos, tremas, já abolidas, tem 2 pontos, até exclamações tem um ponto. Só a porra do vasquinho tem zero ponto no Carioca. Espero que eles apareçam no domingo.

PS.: Galera, no ano passado o Urublog disputou o Shorty Awards, conhecido como o Oscar do Twitter. Mesmo disputando com twitters gringos com até 1 milhão de seguidores fizemos bonito e arrumamos um honroso 4o lugar. Esse ano estamos na disputa outra vez e muito a fim de melhorar nossa performance. Pra isso só posso contar mesmo com a enlouquecida e mobilizada Magnética. Quem já tem conta no twitter é só seguir esse link aqui e votar no Urublog, sempre justificando o voto, isto é, colocando alguma coisa depois da palavra because. Votos sem justificativa não são contados. Quem não tem twitter pode criar a sua conta gratuitamente por aqui e depois cumprir seu dever cívico votando no Urublog. Agradeço desde já a moral de todos vocês.

Siga o Urublog no Twitter: http://twitter.com/Urublog

Mengão Sempre

Crise em São Sanuário. Que Chato.


*Texto descaradamente copiado do sócio honorário do FlamengoNet, Arthur @urublog Muhlemberg


Antes de mais nada quero deixar bem claro que sou um entusiasta, um defensor e um fã fiel do futebol carioca. A vida não é só zoação, tenho meus princípios e por mais que fique tirando onda de troll para mim não está sendo nada fácil ler os jornais sobre este estapafúrdio inicio de campeonato carioca para o nosso coirmão bacalhau. É difícil ler as notícias, sério, fico com as mãos tremendo e a barriga chega a doer. De tanto que eu rio e gargalho desses otários.

Não tenho absolutamente nada contra a mulambada da camisa feiona, mas como também não tenho nada a favor desses buchas estou me mijando de rir dessa ducentésima bilionésima crise na pocilga de São Janú. Rio à bandeiras despregadas como se estivesse assistindo a um jogo entre Flor x Foguinho pela última rodada do Brasileiro da Série C (O Flor tentando o Bi e o Foguinho precisando vencer pra não descer à Série D junto com o Ixpó).

Deixemos de ficção científica e vamos nos ater as fatos. Será que nós, rubro-negros imensos e invulneráveis, poderemos aprender alguma coisa com os infortúnios e o azar desgraçado desse pequeno ex-rival do outro lado do túnel? Mas é claro que sim, observem o caso do Felipe Sangue Ruim. Aquele que atirou o Manto Sagrado no chão lá em Volta Redonda nos idos de 2004 e desde então nunca mais jogou bola. Bola que pune os fanfas e os traíras com exemplar severidade.

Vocês lembram quando a galegada recontratou esse pária no ano passado? Nossos ávidos corneteiros, sempre prontos para um blowjob precoce e extemporâneo, meteram a boca e reclamaram da incapacidade de nossa diretoria em contratar reforços de tal quilate para as hostes rubro-negras. Eu me lembro bem de um comentário que li, aqui ou no Urubunews: Porra, maluco, imagina o Felipe nesse meio campo com Diogo, Kleberson e Renato? O Mengão ia arrebentar no Brasileiro! Fora Zico! Fora Patrícia!

É, eu imaginei. E concordo que o Mengão ia arrebentar. Ia arrebentar com as fuças no fundo do poço da porcaria da Segunda Divisão. Hosana, bate na madeira, pé de pato, mangalô, graças a Deus que lá na Gávea neguim não sabe contratar como no Vice. Pois se dominássemos a arte plebeia da compra de refugo e sucata como fazem os portugas já estaríamos inapelavelmente fodidos há muito tempo. Essa é a lição que podemos aprender com a decadência da nossa baranga de fé.

Talvez o jogo marcado pra domingo no inóspito Vazião (estádio de atletismo da prefeitura do Rio de Janeiro) vá ser o mais desprestigiado Flamengo x Vice da história do futebol brasileiro. Que a torcida bacalhoesca não vai aparecer todo mundo já tá cansado de saber, pois há mais de 10 anos que eles desistiram de comparecer aos jogos contra nós. As 7 derrotas seguidas em finais e os esculachamentos em regra por nós aplicados em Taças Guanabara, Taças Rio, Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil deixaram marcas profundas no lombo deles.

O meu grilo é se a van que transporta a mulambada do vice vai aparecer lá no Engenho de Dentro domingo. Sem querer tocar o terror, mas já tocando, há verdadeiro risco de W.O. e isso seria um ultraje ao torcedor que toma porrada na fila pra comprar ingresso. Todo rubro-negro em dia com suas obrigações com a justiça desportiva tem o direito de ver o vice ser goleado pelo Mengão. E seria uma puta falta de sacanagem se a nossa baranga desse um perdido em nós logo agora.

Estou muito preocupado. Reticências tem 3 pontos, tremas, já abolidas, tem 2 pontos, até exclamações tem um ponto. Só a porra do vasquinho tem zero ponto no Carioca. Espero que eles apareçam no domingo.

PS.: Galera, no ano passado o Urublog disputou o Shorty Awards, conhecido como o Oscar do Twitter. Mesmo disputando com twitters gringos com até 1 milhão de seguidores fizemos bonito e arrumamos um honroso 4o lugar. Esse ano estamos na disputa outra vez e muito a fim de melhorar nossa performance. Pra isso só posso contar mesmo com a enlouquecida e mobilizada Magnética. Quem já tem conta no twitter é só seguir esse link aqui e votar no Urublog, sempre justificando o voto, isto é, colocando alguma coisa depois da palavra because. Votos sem justificativa não são contados. Quem não tem twitter pode criar a sua conta gratuitamente por aqui e depois cumprir seu dever cívico votando no Urublog. Agradeço desde já a moral de todos vocês.

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Mengão Sempre

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uma viagem no tempo



Fui convidado pelo amigo @badsnows para passar o fim de semana passado na cidade de Lages, sob a promessa de vinhos, cerveja, futebol e churrasco.

Devo dizer que a hospitalidade do amigo e sua esposa foram excepcionais. Um granito assado na lenha, uma picanha fatiada à moda da churrasqueira do sítio, e lá se foi o regime dos últimos tempos. Mas...havia algo especial na viagem. Digo, mais especial do que o especial.

Fui convidado pelo presidente da Fla-Lages, o Renato Ramos, para conhecer a sede da torcida e, of course, comer um galeto assado acompanhado de cerveja. Em lá chegando, dei de cara com tudo que um rubro-negro de estirpe sonharia em ter - por favor, Renato, não senti inveja..hehehe. Mas, voltando, me deparei com coleções de jornais, revistas, camisas, canecas, faixas, bonecos e outros itens de coleção. Tomei cerveja no mesmo banco onde se reuniram Djalminha, JB, Fabinho e outras peças do showbol. Estive numa casa rubro-negra. Daquelas que nem Spielberg conseguiria montar num cenário de ficção.


Me senti em casa, claro. Não somente por ser uma casa de Flamengo. Mas pela atenção dispensada pelo Renato, quase um Forrest Gump Rubro-Negro de tantas histórias, e por seu filho Fernando.

O que me emocionou mesmo foram 2 acontecimentos. Quando cheguei perto da coleção de livros, vi lá o Ser Flamengo. O Renato simplesmente tirou o livro do armário e pediu pra eu fazer uma dedicatória (nota do escriba para os que ainda não leram o livro: há 2 textos meus lá). Isso me deixou lisonjeado, claro. Todo mundo tem lá sua vaidade.

Após assinar a dedicatória, o @badsnows me chamou num canto e disse: "Alex, o Renato tem uma coisa pra você". O Renato, então, fez aquela pose de presidente e disse: "Pelo que o Mau me disse, faz 25 anos que você mora em Curitiba e não somente defende o Flamengo como aguenta toda a aporrinhação dos contras. Por isso, gostaria de te nomear Sócio Honorário da Fla-Lages, pelos serviços prestados ao Flamengo e por sempre se manter forte no amor ao clube".

Cazzo, andei 400 km, comi e bebi do melhor, e ainda levo uma dessas. Honestamente, há pouca coisa no mundo que vá superar essa noite.

Obrigado, Renato e Mau, pela noite de sexta-feira. Inesquecível para este coração rubro-negro.

E nada mais digo.

Alex do triplex no twitter: @alextriplex
Maurício Neves no twitter: @badsnows

Olho nele


* POR ALEXANDRE LALAS

Virou lugar-comum a comparação entre o time campeão da Copinha neste ano com o que levantou o troféu em 1990. Embora esta seja, de fato, a melhor geração que o Flamengo preparou desde aquela fornada que tinha Djalminha, Marcelinho, Paulo Nunes, Nélio e companhia limitada, a comparação não procede. E não procede por um principal motivo: Djalminha.

Clique aqui para ler o resto do texto.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Calúnia do Rúbio Negrão

(Chegando em casa só agora... O cinema e o boliche hoje estavam uma loucura. Sem falar do tempo precioso que se perde no trânsito. Mas vamos à Calúnia.)

Atualmente, não odeio mais os nossos cooirmãos. Já os odiei, mas isso foi há uns bons 10 anos, quando nos podiam oferecer algum perigo. O termo correto para o que sinto em relação a eles seria “indiferença”. Passaram da repugnância à irrelevância, estejam na segundona, terceirona ou com a taça da Série A na sala de troféus.

Como prova da minha sinceridade, no fim do ano passado mesmo mandei um vascaíno desta para melhor, onde ele nunca mais terá de amargar qualquer vice-campeonato. Sem falar que não soube da humilhação sofrida perante o Resende nem foi obrigado a ver o olé do Nova Iguaçu.

Se tirar um vascaíno deste mundo cruento não foi um bem para ele, que ao menos o bem feito para a humanidade me redima!

Só que um pária como eu, tolerado apenas na Flamengonet, e mesmo assim somente por alguns abnegados, chamar um clube de irrelevante, é uma coisa. Agora, um jogador profissional, ainda por cima estrangeiro, e mais por cima ainda com nome em inglês (mesmo que só o prenome) fazer igual é outra coisa completamente diferente.

Mas pra não deixar esta Calúnia descambar pro drama apelativo que concede parca audiência a certos programas vespertinos repletos de testemunhais tão falsos quanto repulsivos, vamos analisar a tragédia vascaína pelo lado positivo: como joga esse lateral Bruno Cortês do Nova Iguaçu! Apesar do nome tão reconfortante, demonstra ser de uma indelicadeza indesculpável com os adversários, a saber, o Gigante da Colina. Como este gajo de apenas 23 anos, e ex-jogador do Quissamã da Série B carioca, fez num único jogo o que Michel Bastos não fez numa Copa inteira, não sei dizer. Talvez o garoto que tem medo de dentista seja um futuro craque. Ou talvez a comparação com Michel Bastos não tenha sido boa.

Mas aos amigos cruzmalteses peço que não desanimem, porque o Vasco, mesmo apequenado por contínuas gestões equivocadas, continua sendo um gigante. Se a cidade de Reno, no estado americano de Nevada, é conhecida como “A maior cidade pequena do mundo”, o Vasco ainda segue imenso, passando a ser “O maior time pequeno do mundo.”

Divulguem.

Duplex Toc Zen

1 - Silêncio na favela: A torcida do Flamengo assiste, boquiaberta, ao vice-arquirrival rolar morro abaixo. Mas agora só a defesa civil não vai dar jeito. Pra resgatar, vão precisar também de um meio-campo e um ataque.

2 - “Machão da Gama?”: Machão é motoboy, que roda pela cidade com 15 litros de combustível inflamável entre as pernas.

3 - Frase da semana: “Mas ficar do lado do SP é a mesma coisa que ficar sozinho, pq na hora ‘H’, eles ‘dão pra trás’, vide 87.” – Lu Mattos. Eu não teria dito melhor.

4 - Piada pronta da semana: Ouvida num programa escrotivo: “O ataque do São Paulo se ressente de um homem de referência.”

5 - As voltas que o mundo dá: No semestre passado, a gente queria o Deivid mais recuado. Neste semestre, mais avançado. No próximo, mais avançado ainda, lá longe da Gávea.

6 - Injustiças: Odeio. Tudo bem, só algumas. Uma delas, gritante, é que o Deivid está sendo prejudicado por atuar como centroavante, nitidamente fora de sua posição original, que é a de homem no primeiro pau nas cobranças de escanteios pela equipe adversária.

7 - TNT: Espero que o Thiago, além de Neves, ainda faça chover. (A frase mais infame aqui escrita até hoje.)

8 - Juan 1 x 0 Egídio: Não sei se vocês perceberam, mas o gol da vitória da Ponte Preta sobre o SPFW foi justamente pelo lado dele, exatamente em cima dele. Quanto ao Egídio, não se preocupem: se o time do Flamengo encaixar do jeito que acho que vai encaixar, o garoto disputará a Copa de 2014. E pela seleção brasileira.

9 - Galhardo: De reserva de luxo no Flamengo a reserva de lixo na seleção.

18 - Diego Maurício: Ser discriminado pela torcida peruana não deve doer tanto quanto ser discriminado pelo próprio treinador.

11 - Neys extremos: A seleção sub-20 conseguiu reunir um grupo altamente heterogêneo, que vai de Ney Franco a Neymar. Se há perebas, há também gente boa, como um senhor zagueiraço chamado Juan, que além de jogar muito bem, ainda leva o companheiro de zaga nas costas. Aliás, o que seria "Uvini"? “UltraVagaroso Indolente Não Identificado”?

12 - Mais seleção sub-20: Entre os garotos convocados, até que há alguns que ainda têm jeito. Só precisam pegar mais corpo, experiência, perder o medo de divididas, aprender a cumprir funções táticas, e, se possível, RECEBER O DOM DE JOGAR FUTEBOL! Onde, eu não sei. Mas também querem tudo mastigado, né?

13 - E outra: O que a Conmebol fez no jogo Brasil x Bolívia foi caso de polícia. Como é que colocam uma seleção sub-20 pra jogar contra uma seleção subnutrida?

14 - De Muralha a Luiz Phillipe: Eu não sabia que o Luxa curtia numerologia. Achava que o negócio dele fosse mais com cartas. E pensar que o time campeão do mundo em 81 era formado por Velho, Peixe-Frito, Vampiro, Capacete, Galinho, Curinga, Furacão...

15 - Descontruindo Muralha: Mas já que o professor mandou, doravante Luiz Phillipe Muralha. Ou, quem sabe, pra blindar ainda mais o garoto, simplesmente “The Wall”?

16 - Flashion verão: Quem diria, o professor? Sempre tão garboso, acabou se rendendo à elegância definitiva das camisas polo rubro-negras... Agora, terno Armani só pra ir à feira.

17 - Depois dizem que boleiro é que é burro: Ópraisso! Acolocam cariocas e baianos pra jogar futebol às 10 da matina num feriado, na quentura de um sol desumano. Depois reclamam que o jogo foi malemolento, estudado, arrastado, ronceiro, uma baba... Colé! A garotada, oreba que ela só, louca por um falapau, de ficar só na prega, acabou foi de calundu. Esparro da porra. Inda bem que ganhou o mais bom.

18 - Gulosos: A prova cabal de que os nossos valentes juniores gostam de papar todos os títulos que disputam é o fato de não terem perdoado nem uma taça chamada... “São Paulo”.

19 - Rivaldo, 39: Uma coisa é ex-jogador em atividade. Outra coisa é ex-jogador vintage.

20 - Netvasco: Tudo bem que a Netvasco seja a nova coqueluche dos comentaristas aqui da Flamengonet. Mas por favor, não acessem todos na mesma hora pra não derrubar o site. Aquilo ali cai à toa.

E nada mais faço.


*Por João Lopes Simões Filho




FLAMENGÔMETRO nº 30
BONS AUGÚRIOS
E segue esta semana de um verão tórrido que nos trouxe mais um título para nossa sala de troféus. Parabéns aos garotos que espantaram o calor e superaram a ótima equipe do Bahia numa final prejudicada pelo horário esdrúxulo. Resta torcer agora para que esta base seja bem trabalhada em prol do nosso futuro, e que não caia vítima de empresários gananciosos nem de dirigentes mequetrefes.
Enquanto isso, nos profissionais, nosso desempenho vem melhorando, mas não vamos esquecer que num campeonato carioca o desempenho tende a ser melhor do que a média de um campeonato nacional contra adversários mais difíceis. Enquanto esperamos por Ronaldinho e Thiago Neves, que o grupo preparado pelo Luxemburgo se mantenha na rota das vitórias e da ascensão.



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos. Antes de mais nada, parabéns aos nossos jovens heróis, que já desde cedo vivem a emoção de conquistar um título com a cara do Flamengo: início claudicante, time se acertando ao longo do torneio, final dramática. E dentro de São Paulo é ainda mais saboroso.

Voltando a atenção pro time profissional, domingo teremos o primeiro real teste do ano. Ahn, quer dizer, em tese, né? É o Vasco, né...? Bem, independente da fragilidade e do péssimo momento do adversário (que tem proporcionado momentos muito divertidos), já dizia o filósofo contemporâneo que “clássico é clássico, e vice-versa”.

Assim, hoje quero deixar uma história de um jogo entre um Flamengo babando, em plena arrancada, e um Vasco vivendo um momento ruim. O resultado? Um dos jogos mais espetaculares da história do confronto. Boa leitura,

O Vira-Vira da Virada

1963, novembro. O carioca respira futebol, bebe litros de futebol nos bares, come futebol de churrasquinho, frito, à milanesa, vive os grandes eventos que se acumulam no final de um ano movimentado. Com efeito, o Santos acaba de golear o Milan (4-2) em noite lotada de quinta no Maracanã, provocando jogo extra, dali a dois dias. Só que, antes, Flamengo e Vasco medirão forças, em partida válida pela reta final do Carioca.

O Carioca de 1963 vem sendo um dos mais movimentados e emocionantes da história. É marcado pela decepção do Botafogo, bicampeão e favoritíssimo com seu elenco estelar (Garrincha, Nilton Santos, Zagalo, Manga), mas que não consegue administrar a estafante rotina de amistosos, a vida desregrada e as contusões de Garrincha e a venda de Amarildo para o futebol europeu. Sem o Botafogo, destacam-se a equipe certinha do Fluminense (Castilho, Altair, Escurinho, Procópio e o jovem C.A. Torres) e, principalmente, o jovem Bangu (Ubirajara, Zózimo, Paulo Borges, Bianchini, Parada), que vai atropelando seus adversários um a um, é a sensação da competição e o queridinho da mídia. Só se fala na “máquina suburbana”, já considerado por muitos o virtual campeão. Com efeito, o time pratica um futebol vistoso e muito eficiente.

O Flamengo sofre com dívidas e com a incapacidade de atrair jogadores renomados. O time não consegue repor a saída dos seus principais jogadores, negociados em cascata com o futebol europeu. Com isso, o Manto vai sendo trajado por uma série de jogadores medianos e pouco expressivos, e o rubro-negro perde o protagonismo em nível regional. Já se vão oito anos de jejum. Nem mesmo o título do Rio-São Paulo em 61, o canto do cisne da geração dos anos 50, é capaz de disfarçar o mau momento.

E a equipe que o rubro-negro põe em campo para a disputa do Carioca é reflexo dessa má fase. Seus melhores jogadores são os médios Carlinhos e Nelsinho e o lateral-esquerdo Paulo Henrique. Ladeando esse bom trio estão nomes como os atacantes Osvaldo Ponte-Aérea, Espanhol e Airton Beleza, o zagueiro Ananias e o goleiro Marcial, aposta trazida do Atlético-MG. O treinador Flávio Costa, considerado superado, sofre inúmeras críticas por afastar do elenco justamente seu melhor jogador, Gérson (Canhotinha) e o veterano ídolo Dida, enfraquecendo ainda mais um grupo já limitado.

Mas Flávio Costa consegue montar um time brigador e aguerrido. O Flamengo surpreende quando destroça o Botafogo no início (3-1) e engata uma série de vitórias. Mas logo perde jogos e pontos bobos e vai ficando pra trás. Na reta final da competição, está em terceiro, a quatro pontos do líder Bangu (a vitória vale 2 pontos). Normalmente, essa distância é inalcançável, e todos consideram a briga pelo título restrita ao time de Moça Bonita e ao Fluminense. Descartado, o Flamengo trabalha.

Uma seqüência de vitórias suadas contra pequenos mobiliza e anima o torcedor flamengo, que de alguma forma começa a enxergar uma alma vencedora naquele time mulambo. A Nação, sábia, parece pressentir quando as vitórias virão, mesmo de onde menos se espera. E transformará o jogo contra o Vasco, aparentemente disputado entre duas equipes já fora da disputa, num acontecimento épico.

O Vasco já não aspira a mais nada. Também vivendo um momento de entressafra, sem conseguir montar uma base de alto nível, possui uma equipe bem limitada, onde se sobressai apenas a vigorosa zaga formada por Brito e Fontana. O time de São Januário encontra-se numa acirrada briga com América e São Cristóvão, disputando o quinto lugar. A sua única motivação para o clássico é justamente o adversário.

Sexta-feira, 15 de novembro, 68 anos de Flamengo, 90 mil no Maracanã. A torcida flamenga é esmagadora maioria, e recebe seus heróis com extremo carinho, exalta seus representantes como craques. Vai começar o jogo que decide a sorte flamenga. Se quiser ainda manter suas chances remotas, não pode nem pensar em empatar.

Acostumados a vaias e apupos, os jogadores estranham, parecem anestesiados. E demoram a entrar no jogo. O Vasco, com os brios feridos, parte pra cima, começa num ritmo alucinante. E, com 16 minutos, já vence por 2-0. Incrédula, a Nação não acredita no que assiste. O Flamengo é inteiramente dominado pelo adversário, que faz Marcial trabalhar intensamente. Acuado, sem forças, inerte, o time agradece aos Céus quando a arbitragem trila o apito encerrando a primeira etapa. Nunca uma derrota por dois gols fora recebida com tanto alívio. Apenas dois gols.

Pode ter sido um esporro antológico de Flávio Costa. Pode ter sido a vergonha por ter sofrido um vareio de um time meia-boca, pode ter sido a fé da Nação, que mesmo com a escovada permanece ali, firme, pronta pra voltar a cantar, pode ter sido uma mãozinha de São Judas Tadeu, pode ter sido uma dessas coisas que só quem é Flamengo sabe e explica. O fato é que o Flamengo volta Flamengo do vestiário, entra salivando, porejando sangue, cada jugular vascaína vira canela. Como uma determinação messiânica, bíblica, o Flamengo se abandona contra a assustada área cruzmaltina. Com apenas um minuto, Aírton Beleza diminui, mais um pouco e Aírton Beleza empata. Jogador curioso, esse Aírton Beleza. Dono de uma queixada proeminente, temperamento difícil, mas faz gols com facilidade, normalmente de canela ou coisa parecida. Enfim, o artilheiro da temporada empata a partida, e ainda temos apenas 12’. Logo depois do empate, o atacante Geraldo avança e é derrubado por Brito, mas o árbitro ignora. Não faz mal. Vai virar, o estádio sabe disso, o Rio sabe disso.

Mas não vira. O Flamengo se torna vítima de sua fúria, e sua cidadela em abandono é explorada pelo perigoso atacante Mário, que num contragolpe põe novamente o Vasco em vantagem. O Flamengo está atrás do placar (2-3), e tem trinta minutos pra reagir.

Após o gol, o Vasco resolve optar pela defesa pura, simples e despudorada. Entrega-se obscenamente ao bicão e à porrada, chamando o Flamengo pra seu campo. É um erro que se mostra fatal. A Nação, como em tantas vezes, pega o time no colo e empurra. A raça dos heróis flamengos inebria o estádio, Carlinhos vai regendo os ataques da equipe, as chances de gol vão sendo empilhadas, a clava bate, bate, bate, até que aos 24’ o árbitro se redime e marca pênalti pro Flamengo. Na confusão, o enjoado Mário vai expulso, o jogo fica parado um bom tempo. Mas Osvaldo Ponte-Aérea dá uma porrada e empata. Com dez, o Vasco está entregue taticamente, mas não na alma. Um vascaíno jamais aceitará perder pro Flamengo nem em desenho animado. Mas os lusitanos pouco podem fazer, agora é o Flamengo, a Nação, São Judas, todo o âmago da essência flamenga que se amalgama e se mobiliza na busca por um gol. Um único gol. Vai virar, vai virar, todo mundo sabe que vai virar.

E vira. Vira quando Aírton Beleza arromba as redes de Marcelo, já na reta final da partida, tornando-se figura mitológica e personagem indelével na história do clássico. O Maracanã, acostumado a Pelé, Garrincha, Didi e tantos outros, curva-se ao futebol tosco e vencedor de Aírton Beleza, que com três rústicos gols crava Flamengo 4-3 Vasco. Um jogo sensacional, antológico, um dos mais espetaculares encontros entre esses rivais seculares. O Flamengo segue vivo, o Vasco retorna à obscuridade.

A vitória flamenga é tão retumbante que logo começa a ecoar. No final de semana, o Fluminense é surpreendido pelo Botafogo (0-3) e o Bangu, após abrir dois de vantagem, cede empate ao América (2-2). Ambos ainda são os maiores candidatos ao título. Mas seu favoritismo é apreensivo, tenso, nervoso.

Porque logo atrás, bufando, chegando, ali pertinho, está o Flamengo.

(PS – O Flamengo atropelaria o Bangu, 3-1, e, beneficiado por mais um tropeço tricolor, chegaria à última rodada na liderança. Com o 0-0 no Fla-Flu decisivo, o “jogo do século”, maior público entre clubes da história, o rubro-negro se sagrou campeão de 1963).

Same old town, same old story
















Foto de @viniciusflanet


São Paulo aniversaria, a MAIOR TORCIDA DO MUNDO comemora.

Parabéns, Flamengo, parabéns, garotada. Vocês nos encheram de orgulho.

Em 90, eles não eram nem nascidos.



O Flamengo entra em campo hoje as 10:00 contra o Bahia para disputar o titulo da Copa São Paulo de Futebol Junior, que poderia se chamar Juvenil, pois de uns tempos pra cá ela vem sendo disputada na modalidade sub18. A Copinha que como bem descreveu meu amigo Mauricio Neves no texto anterior ja foi vencida por nós no ano de 1990 sob o comando de Djalminha e Junior Baiano, grandes nomes daquele time. Mas isso ja tem muito tempo, esses garotos que entrarão em campo amanhã não eram nem nascidos e Djalminha e Junior Baiano hoje comandam o Mengão no showbol(e continuam ganhando tudo por lá também)

Confesso que esse time me surpreendeu. É um time que joga junto a muito tempo, ganhou o ultimo estadual juvenil invicto mas durante a competição cresceu muito, só pegou pedreira e foi tombando um a um até chegar a essa final. Quem viu o primeiro jogo contra o Mogi Mirim não acreditava que esse time faria a final, foi um jogo horroroso empatado em zero que não dava esperança pra nenhum rubro negro, mesmo o mais fanático. Ainda na fase de grupos batemos o fraquissimo Gurupi de Tocantins por 7 a 1 e depois ganhamos do São José/SP por 3 a 0. Mesmo com esses resultados o Mogi ficou em primeiro do grupo e entramos na segunda fase como um dos melhores segundo lugares. Assim encaramos logo um dos favoritos, que era o atual campeão brasileiro sub20, o Cruzeiro e depois de um jogo bem aberto e disputado empatamos em dois gols e levamos a melhor nos penaltis. Nas oitavas de final encaramos o São Paulo, atual campeão da Copinha e faturamos por 1 gol a zero, num jogo que valeu quem tinha mais folego. Mengão deu aquele sprint final e conseguimos um gol faltando menos de 10 minutos pro fim do jogo. Depois nas quartas encaramos mais um dos favoritos, a bola da vez era o Curitiba. O atual campeão da Taça BH entrou cheio de marra e nem viu a cor da bola, dessa vez a chinelada foi sem dó nem piedade, e o Mengão enfiou meia duzia nas redes curitibanas, que descontou duas vezes. Na semifinal o Mengão encarou talvez seu jogo mais dificil, contra um bom time chamado Desportivo Brasil, que eu não quero saber de onde veio e pra onde vai, sei que deram um trabalho danado e depois de um zero a zero suado e sinistro o Mengão também faturou nos penaltis, sempre com o goleirão Cesar pegando algum. E depois dessa maratona toda o adversário de hoje é o Bahia, que eu não posso emitir nenhuma opinião pois não vi nenhum jogo deles, mas se chegou até ali tem seus méritos, não deve ser bobo.

Essa garotada tem talento, posso citar alguns que gostei e que gostaria de ver no time principal um dia: o goleiro Cesar, que começou meio sem muita segurança, mostrando alguma fragilidade, foi só pegar alguns penaltis que mudou da água pro vinho. Simplesmente fechou o gol contra São Paulo e Desportivo com varias defesas dificeis. Os laterais, e gêmeos, Alex Santos e Anderson, ambos são muito bons, apoiam e marcam bem além de saberem fazer o ofício da profissão, que é cruzar uma bola na area. Inclusive eu subiria imediatamente o Anderson pra vaga do Egidio, ou pelo menos pra fazer a sombra na reserva, pois ta preparado pro profissional já. O zagueiro Frauches também é muito bom, além de ser um lider nato em campo, é o capitão certo pro time. Ali na marcação eu destaco o Luis Phelipe, o grande Muralha. Não consigo imaginar o porque de o Vasco ter liberado esse jogador pro Flamengo de bandeja, o cara é o volante perfeito, além de roubar bolas com precisão sabe o que fazer com ela, parece um meia jogando. Ele me lembra um Airton que sabe jogar o fino. Ainda no meio campo e parceiro do Muralha na marcação, tem o Lorran, canhoto de extrema habilidade e chute preciso. Meteu um golaço de fora da area contra o Coxa e quase fez outros também no mesmo estilo em outros jogos. Não dou um ano pro Luxa ta testando esses dois no profissional. São jogadores do estilo que ele gosta, marcam e sabem jogar. Vai faltar espaço pro Willians no profissional. Um dos caçulas do time, com 16 anos é também uma das maiores jóias, se chama Adryan. O muleque joga muito, noção precisa do que fazer com a bola, pensamento rapido. Tem tudo pra ser craque, e assim como o Djalminha, também usa a 10. Na frente eu destaco o Lucas, artilheiro do time com cinco gols e porque não o Rafinha, jovem de 17 anos que foi motivo de muita polêmica por parte de um ou outro zé mané, que dentro do clube pensa que manda em alguma coisa, e criou o maior fuzuê dizendo que a sua contratação diante o CFZ tinha sido prejudicial. O garoto mostrou na grama que não é por aí. Poderia citar também o Negueba, que ja atuou com os profissionais e o Thomás, mas o Thomás meteu cinco gols contra o Gurupi e parece que mascarou, parou por aí.


Muito se fala e se faz relação desse time com o de 90 pelo motivo do Sr. Luiz Augusto Veloso estar com o poder do futebol em ambas as situações, sendo que na ultima geração, o atual vice de futebol foi infeliz e em 93 vendeu os maiores craques daquele time a preços digamos não muito condizentes com o futebol deles. Mas acredito eu que o próprio Luiz Augusto deve ter refletido muito durante esses 21 anos que se passaram e viu que errou, e como foi um erro que ficou muito marcado com certeza ele fará de tudo para não repetir. Não consigo acreditar que esse raio caia duas vezes no mesmo lugar, nessa a experiência vivida vai contar muito.

Bem, o time deve começar com: Cesar, @aleexsantos02, @mborges18, Frauches e @andeerson92. Maicon, @muralha08, @michellorran07 e @adryantavares. @negueba_36 e Lucas. Devem entrar durante o jogo o @20rafinha e o @jaguaribethomas.

Sim, a garotada também ta antenada no Twitter.
Boa sorte mulecada. Comentem o jogo aqui.




Credito das fotos: VIPCOMM

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um chocolate de aniversário

Dia 25 de janeiro de 1990. A cidade de São Paulo estava de aniversário e decidiu comemorar no Pacaembu, em dose dupla. Às 15 horas, seguindo o script, a seleção paulista fez 3x1 na seleção carioca, amistoso transmitido pela Rede Globo. Mas o que se ouvia nas arquibancadas do Pacaembu era a torcida do Corinthians cantando, à espera do jogo de fundo: Flamengo e Corinthians duelariam por uma vaga na semifinal da então Taça São Paulo de Juniores.

E como cantou a torcida corintiana antes do jogo. Timão eô, Timão eô, berravam a partir do tobogã os maloqueiros sofredores pela graça de Deus. Afinal, estava no script que os gambazinhos venceriam os urubuzinhos. Mas quando a bola rolou, o garoto Djalminha rasgou o roteiro e improvisou. Driblou todos os corintianos, um por um.

Foi assim: com uma finta, papou todos os jogadores do Timãozinho. Aí veio Vicente Matheus e levou um chapéu. O boquirroto Roque Citadini tomou um traço desmoralizante. Luís Inácio Lula da Silva foi para a caçapa com um drible-da-vaca. Roberto Rivellino caiu de bunda diante de um elástico. Juarez Soares fugiu de vergonha. Então desceram todos os torcedores que estavam nas arquibancadas e Djalminha foi driblando, um totó ali, um olezinho aqui. Fez fila e fez gol de todo jeito, de bola parada, correndo, de cabeça, por cobertura.

Quando os corintianos olharam para o placar, estava escrito assim: Flamengo 7, Corinthians 1. Foi uma festa muito bonita, tinha chocolate para todo mundo. Dias depois, o Flamengo ganhou do Juventus com um gol esculachante de Júnior Baiano e ficou com a taça. Mas quer saber? Bonito mesmo naquele ano foi a chocolateria do Djalminha, distribuindo bombons para toda a Fiel.

Foi meio chato, porque estragou a festa da cidade. Quer saber? Bem feito. Ninguém mandou convidar o Flamengo.

Flamengo 7x1 Corinthians

25 de janeiro de 1990

Taça São Paulo de Juniores

Pacaembu – São Paulo

Árbitro: João Paulo Araújo

Flamengo: Adriano, Mário Carlos, Tita, Júnior Baiano e Piá (Selé); Edmilson, Rodrigo Dias (Fábio Augusto), Fabinho e Djalminha; Nélio e Luís Antônio. Técnico: Ernesto Paulo

Corinthians: Márcio, Joice, Robson, Santana (Duda) e Bezerra; Pardal, Ari Bazão, Luís Fernando e Alemão; Abelardo e Juarez (Wladimir).

Gols: Nélio aos 15, Djalminha (falta) aos 29 e Djalminha (pênalti) aos 42 do 1º tempo; Piá aos 5, Wladimir aos 9, Djalminha (pênalti) aos 17, Djalminha (de cabeça) aos 34 e Djalminha (de cobertura) aos 42 do 2º tempo.

Aquecimento do Nova Iguaçu antes do sacode de ontem

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA
Hermínio Correa

Vencer, Vencer, Vencer!

Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!

Depois de um ano tão conturbado quanto o de 2010, o Flamenguista enfim vive um momento de estado de graça, de auto estima elevada. Não quero, ao dizer isso, cometer nenhum exagero ou criar algum clima de “já ganhou” seja lá em que esfera for. Mas não devemos deixar de valorizar tudo o que foi alcançado pelo Flamengo nesse mês de janeiro, especialmente nessa última semana.

A começar pelo nosso basquete que ao vencer seus jogos contra Quimsa (ARG), Mavort (ECU) e Español de Talca (CHI), terminou sua participação como líder do grupo C da Ligas das Américas, conseguindo a inédita vaga a segunda fase da competição. Agora, o Mengão se junta a Capitanes de Arecibo (PUR), Halcones Rojos de Veracruz (MEX), Halcones de Xalapa (MEX), Peñarol Mar del Plata (ARG), Quimsa (ARG), Regatas Corrientes (ARG) e Uniceub/BRB/Brasília (BRA) na busca pelo título. Os próximos confrontos serão entre os dias 3 e 5 de fevereiro – caso o Flamengo caia no grupo norte – ou entre os dias 11 e 13 de fevereiro, caso esteja no grupo sul.

No NBB, depois da preocupante derrota sofrida para o Uberlândia na última terça, o Flamengo se recuperou com duas vitórias seguidas sobre o São José e Limeira, o que nos garante a liderança nesse momento. Apesar do pouco tempo a frente do comando, Gonzalo Garcia tem conseguido dar ainda mais experiência ao time do Flamengo, algo que deverá ser fundamental principalmente na próxima fase da Liga.

Falando de futebol e campeonato Carioca, mesmo ainda sem as estréias de Thiago Neves e Ronaldinho, o Flamengo está tranqüilo na liderança do grupo A da Taça Guanabara.

Mais importante do que vencer os adversários, é o fato de o time demonstrar padrão tático, jogadas ensaiadas, posicionamento em campo, ter opções no banco de reservas capazes de suprir uma eventual falta ou alterar uma forma de jogo. Luxemburgo enfim montou um grupo com bastante qualidade, capaz de brigar por títulos.

Nem tanto pelos resultados apresentados, mas pela evolução que se observa desde o primeiro jogo da temporada contra o Londrina até a tranqüila vitória sobre o América, o Flamengo gera confiança na torcida. Obviamente que há o que ser corrigido, setores que já debatemos e sabemos que precisam ser reforçados. Mas pelo o que já começa a apresentar, o time tem condições de nos dar grandes alegrias esse ano.

Mas, junto até da contratação de Ronaldinho, nada tem dado tamanha alegria ao Rubro Negro do que a garotada na Taça São Paulo de futebol Junior.

Digo isso porque ver o Flamengo brilhar na copinha não é apenas o amor pela camisa ou o simples fato de ser o Flamengo. Ver esses meninos brilhando resgata, no coração e nos olhos de cada torcedor, a máxima de que Craque, o Flamengo faz em casa.

Não sei qual o resultado dessa final de amanhã contra o Bahia, jogo aliás que deve ser encarado com o máximo de seriedade, trata-se de uma final e ninguém chega até aí por acaso.

O que sei é que esse Flamengo da copinha 2011, depois de enfrentar e derrubar um a um Mogi Mirim, Gurupi, São José, Cruzeiro, São Paulo, Coritiba e Desportivo Brasil, nos convence de que é merecedor de se tornar histórico, tanto quando o espetacular time de 1990.

Como Flamengo é Flamengo e a razão já foi pro espaço há algum tempo, amanhã cedo estarei no Pacaembu, torcendo pela conquista dessa molecada.

Grande Abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!

sábado, 22 de janeiro de 2011

O mapa do televisionamento 2011
Por Vinicius Paiva

Três anos atrás, realizei um estudo que mapeava a transmissão televisiva dos campeonatos estaduais, com o objetivo de identificar o percentual da população e a parcela do PIB a que cada campeonato estava exposto. De lá para cá, muita coisa mudou, e achei por bem atualizar os números daquele estudo. Vamos a eles:


ESTADO - PIB (R$) - POPULAÇÃO - ESTADUAL DA GLOBO

NORTE
Amazonas - 46.823.000 - 3.480.937 - RJ
Amapá - 6.765.000 - 668.689 - RJ
Acre - 6.730.000 - 732.793 - RJ
Rondônia - 17.888.000 - 1.560.501 - RJ
Roraima - 4.889.000 - 451.227 - RJ
Pará - 58.519.000 - 7.588.078 - RJ
Tocantins - 13.091.000 - 1.383.453 - SP

CENTRO OESTE
Distrito Federal - 117.572.000 - 2.562.963 - RJ
Goiás - 75.275.000 - 6.004.045 - GO
Mato Grosso - 53.023.000 - 3.033.991 - SP
Mato Grosso do Sul - 33.145.000 - 2.449.341 - SP

NORDESTE
Bahia - 121.508.000 - 14.021.432 - BA
Alagoas - 19.477.000 - 3.120.922 - RJ
Rio Grande do Norte - 25.481.000 - 3.168.133 - RJ
Sergipe - 19.552.000 - 2.068.031 - RJ
Ceará - 60.099.000 - 8.448.055 - CE
Pernambuco - 70.441.000 - 8.796.032 - PE
Piauí - 16.761.000 - 3.119.015 - RJ
Paraíba - 25.697.000 - 3.766.834 - RJ
Maranhão - 38.487.000 - 6.569.683 - RJ

SUL
Paraná - 179.270.000 - 10.439.601 - PR
Santa Catarina - 123.283.000 - 6.249.682 - SC
Rio Grande do Sul - 199.499.000 - 10.695.532 - RS

SUDESTE
Rio de Janeiro - 343.182.000 - 15.993.583 - RJ
São Paulo - 1.003.016.000 - 41.252.160 - SP
Minas Gerais - 282.522.000 - 19.595.309 - MG
Espírito Santo - 69.870.000 - 3.512.672 - RJ

TOTAL 3.031.865.000 (PIB) 190.732.694 (população)


Torneio - PIB total - População total - PIB(%) - População(%)
ESTADUAL RJ - 817.693.000 - 58.364.061 - 26,97% - 30,60%
ESTADUAL SP - 1.102.275.000 - 48.118.945 - 36,36% - 25,23%
ESTADUAL MG - 282.522.000 - 19.595.309 - 9,32% - 10,27%
ESTADUAL RS - 199.499.000 - 10.695.532 - 6,58% - 5,61%
ESTADUAL PR - 179.270.000 - 10.439.601 - 5,91% - 5,47%
ESTADUAL SC - 123.283.000 - 6.249.682 - 4,07% - 3,28%
ESTADUAL CE - 60.099.000 - 8.448.055 - 1,98% - 4,43%
ESTADUAL PE - 70.441.000 - 8.796.032 - 2,32% - 4,61%
ESTADUAL BA - 121.508.000 - 14.021.432 - 4,01% - 7,35%
ESTADUAL GO - 75.275.000 - 6.004.045 - 2,48% - 3,15%

Fontes: http://globoesporte.globo.com/futebol/campeonatos-estaduais/noticia/2011/01/globo-vai-mostrar-dez-campeonatos-estaduais-neste-ano-confira-o-seu.html (mapa das transmissões)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_estados_do_Brasil_por_PIB (PIB 2008)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_estados_do_Brasil_por_popula%C3%A7%C3%A3o (população 2010)

http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2010/12/29/tv-por-assinatura-acumula-crescimento-de-27-5-em-2010-revela-anatel (TVs por assinatura)

http://www.portalaz.com.br/noticias/municipios/108702 (percentual de parabólicas)

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/ethevaldo-siqueira/2010/06/09/A-EXPANSAO-DO-NUMERO-DE-ANTENAS-PARABOLICAS-NO-BRASIL.htm (número de parabólicas)


Deixo claro que a transmissão a que me refiro é aquela realizada exclusivamente pela TV Globo – tanto pela maior audiência quanto para fins de simplificação. Outros elementos serão abordados posteriormente.

A conclusão que o estudo de 2008 chegou foi que o Campeonato Carioca era o maior torneio estadual do Brasil em termos de população abrangida, pois era veiculado para 40,15% do território. O somatório dos “outros estaduais” superava o Campeonato Paulista: 34,75% para os “outros”, 25,11% para o torneio de SP.

Esta mesma estatística, quando atualizada, mostrou-se bastante diferente em detrimento do Campeonato Carioca. Em 2011, a soma dos “outros estaduais” (ou seja, torneios de MG, RS, PR, SC, CE, PE, PA e GO, cujos direitos pertencem à Globo) pela primeira vez superou a abrangência do Campeonato Carioca, em termos populacionais. 44,17% da população acompanhará ao campeonato de seu estado, contra 30,60% do Carioca e 25,23% do Paulista – que praticamente não sofreu alterações.

O principal motivo desta reviravolta é o aumento do número de estaduais veiculados pela Globo. Em 2008, por exemplo, a emissora não possuía os direitos sobre os campeonatos baiano e catarinense, algo que ocorre em 2011.

Naturalmente, em termos econômicos, a tendência também se confirma. Em 2008 a soma do Produto Interno Bruto (PIB) dos estados que assistiam ao Paulistão totalizava 37,04%, ante 33,80% do Carioca e 29,17% dos “outros”. Em 2011, a reviravolta aponta para 36,67% em favor dos “outros campeonatos”, contra 36,36% do Paulistão e apenas 26,97% do Carioca.

Chegamos à conclusão de que, apesar de seu caráter democrático, a veiculação de um número cada vez maior de torneios locais prejudica fortemente a visibilidade dos times cariocas – em especial o Flamengo. Isto porque grande parte dos estados que antes assistiam ao Campeonato Carioca pela TV são de maioria rubro negra, como Bahia, Goiás e Santa Catarina. O crescimento das torcidas locais nestes estados - verificado nas últimas pesquisas - é atribuído à maior exposição de seus times em TV aberta.

É lógico que existem fatores que pendem para o lado dos dois principais torneios estaduais. O primeiro deles é que hoje a Globo compartilha os direitos televisivos do Paulista e do Carioca com a Band - em 2008, compartilhava-se apenas o Paulista. Como não poderia deixar de ser, a emissora paulista privilegia a transmissão do torneio de seu estado. Quase todas as praças que assistem a um campeonato local pela Globo, veiculam o Paulista pela Band (com exceção de MG, BA e PE - http://bit.ly/hmttvU). No entanto, esta situação pode mudar com a estreia de Ronaldinho pelo Flamengo.

Outro fator que beneficia o Paulistão é o fato de o canal fechado Sportv transmiti-lo com exclusividade para todo o país. Dados recentes da Anatel dão conta que 10 milhões de domicílios brasileiros já possui TV por assinatura – boa parte deles com pacotes que incluem o “Canal Campeão”. Além de aumentar o contingente de telespectadores, o Campeonato Paulista aufere o benefício de ser veiculado a uma audiência mais qualificada, de classes A e B.

Já o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro aufere os louros de ser veiculado nacionalmente pela TV Globo via antenas parabólicas. Segundo a Rádio CBN, em 2011 o país atingiu a marca de 20 milhões de domicílios com parabólicas – cerca de 35% do total, uma enormidade. O ranking dos estados com maior percentual de domicílios atendidos pelas antenas seria:

1) Piauí 41%
2) Maranhão 34%
3) Sta. Catarina 32%
4) Minas Gerais 26%
5) Mato Grosso do Sul 24%
6) Ceará 20%
7) Pernambuco 19%
8) Amazonas 17%
9) Paraná 17%
10) Pará 14%
11) Rio de Janeiro 14%

Nota-se, portanto, que muitos estados não assistiriam ao futebol carioca se não fossem as parabólicas, casos de Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, etc. Isto aumenta drasticamente a veiculação do Estadual do Rio, apesar de os proprietários destas antenas pertencerem predominantemente à classe C.

Não há dúvidas que diversos fatores podem fazer com que os números acima não sejam absolutamente fiéis à realidade. Fora isso, a demanda por pacotes de pay per view não foi considerada – por constituir um nicho de mercado à parte. No entanto, os dados servem como base para se identificar que a transmissão de torneios locais vem se expandindo sobre regiões onde antes se veiculavam jogos de times do Rio de Janeiro. Sendo assim, é de suma importância que o Campeonato Carioca de 2011 confirme toda a expectativa criada, e que os times mantenham se reforçando e priorizando estratégias de marketing de modo a trazer de volta ao Rio os holofotes que até alguns anos atrás privilegiavam seus times antes de quaisquer outros.

O futuro das torcidas cariocas agradece.

E-mails para e coluna: viniciusflanet@gmail.com

Twitter: www.twitter.com/viniciusflanet (@viniciusflanet)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Atendendo à convocação de meu grande amigo Gilberto, grande irmão Rubro Negro e conselheiro do clube, venho pedir o apoio - especialmente da Nação Rubro Negra da cidade do Rio de Janeiro - para esse evento que ocorrerá no dia 26 de Janeiro.

Toda a renda arrecadada será revertida para ajudar no tratamento do nosso ídolo Moacir, que defendeu as cores de nosso Manto Sagrado entre 1956 e 1962, e há algum tempo vem travando uma grande luta contra o cancer, conforme já noticiado em maio do ano passado (http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2010/05/moacir-ex-fla-e-selecao-vive-drama-no-equador-diz-colunista.html).

Nós do FlamengoNET contamos com o apoio da Nação e desejamos a pronta recuperação da saúde de nosso ídolo.

Saudações Rubro Negras, sempre!

P.s.: Peço que continuem dando uma moral ao post do Simões Lopes, "FLAMENGÔMETRO nº 29"





FLAMENGÔMETRO nº 29
RECOMEÇO
Eis que 2011 finalmente começou. Ronaldinho Gaúcho no Flamengo, a lamentável tragédia na Serra, a surpreendente campanha dos juniores na Copinha, dois amistosos um tanto sem graça e uma estréia tranquila no Carioca. É cedo fazer qualquer prognóstico. Que Vanderlei e sua trupe se esforcem muito para apagar a triste memória do ano passado.



NOTAS FLAESTATÍSTICAS

1. Felipe, Léo Moura, David Braz, Wellinton e Egídio; Maldonado, Willians, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Diego Maurício (Vander). Esta seria minha escalação ideal, mas o Luxemburgo com certeza vai insistir no Deivid o máximo que puder.
2. FLAMENGO É FLAMENGO. Isto foi ouvido antes do Big Bang, antes do Fiat Lux, antes do Caos.

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

As segundas chances de Vanderlei Luxemburgo e Luiz Augusto Veloso


Estamos assistindo a dois personagens receberem uma segunda oportunidade para reescreverem seus capítulos na História Rubro-Negra. Curiosamente, há diversas coincidências entre o momento vivido hoje pelos dois principais comandantes diretos do futebol do Flamengo e situações que eles enfrentaram em suas passagens anteriores pelo clube.

Muitos já notaram as coincidências para Vanderlei Luxemburgo, que foi técnico do Flamengo em 1995, ano do centenário do clube. Teve a chance de dirigir Romário, a maior contratação do futebol brasileiro em muito tempo, então melhor jogador do Mundo. Vanderlei teve apenas um semestre para trabalhar, teve acertos e erros, perdeu os dois títulos que disputou – a Copa do Brasil e o Estadual – e acabou demitido depois de bater de frente com o astro maior do elenco.

Agora, no ano do centenário do futebol do Flamengo, Luxemburgo novamente poderá dirigir no Flamengo aquele que foi o protagonista da maior contratação do futebol brasileiro em um bom tempo. A data não está sendo tão celebrada quanto foram os 100 anos de Flamengo em 1995 e Ronaldinho Gaúcho não tem o status que Romário tinha na época, claro - mas são os equivalentes possíveis. Luxemburgo já falou disso, comentaristas já falaram disso, até mesmo Joel Santana já andou tirando uma casquinha do assunto. Vamos torcer para que o fim da história seja bem diferente.

E há ainda Luiz Augusto Veloso. Em 1993, ano seguinte à conquista do Penta, Veloso assumiu a presidência do Flamengo. O clube já vivia uma situação financeira não muito confortável, mas contava com uma geração de ouro chegando das categorias de base: o grupo que conquistou a primeira e única Taça São Paulo da história do Flamengo e que, em parte, chegou a participar da campanha do título brasileiro de 1992. Eram nomes como Júnior Baiano, Marquinhos, Marcelinho, Djalminha, Fabinho, Fábio Augusto, Paulo Nunes, Nélio. Porém, Veloso passou pelo clube sem conquistas e não conseguiu aproveitar aquele momento para fazer com que os garotos talentosos que tinha formassem a base de uma equipe vencedora nos profissionais. Parte deles até teve carreiras muito vitoriosas – mas longe do Flamengo. Ao clube, eles não conseguiram sequer deixar um legado financeiro; os dirigentes que passaram pelo clube naquela época não conseguiram nem mesmo lucrar com as transferências destes jogadores.

Veloso volta a assumir um cargo importante de direção do clube, novamente no ano seguinte à conquista de um título brasileiro. E, vejam vocês, pode estar novamente tendo a chance de trabalhar com uma geração especialmente talentosa surgida na base do Flamengo. Daquele time de 1990 pra cá, o Flamengo até revelou grandes jogadores – Júlio César, Juan, Íbson, Renato Augusto, Adriano. Mas – pode ser por contraste em relação à fraquíssima produção nos últimos anos - não lembro de ver aparecendo na base de lá pra cá, de uma só vez, tantos garotos que pareçam ter um bom futuro nos profissionais quanto estamos vendo nesta Taça São Paulo.

Eles são hoje mais novos do que eram aqueles jogadores de 1990 – hoje, os times da Taça São Paulo têm uma idade mais baixa. É preciso paciência para fazer a transição deles para o profissional, sem queimar etapas. Mas gente como Alex, Muralha, Anderson, Adryan e Rafinha pode dar bastante caldo mais pra frente. Luiz Augusto Veloso pode ter um papel decisivo para que isso aconteça. Que aproveite bem esta segunda chance.


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Será mesmo que a transação que trouxe Rafinha de graça para o Flamengo foi mesmo tão prejudicial ao clube quanto denunciam?


- ANDRÉ MONNERAT escreve também no SobreFlamengo (www.sobreflamengo.com.br e twitter.com/sobreflamengo)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sobre dispensas e contratações

Finalmente a temporada começa e todos os clubes já mostram caras novas ou ao menos o torcedor sente saudades de algumas mais antigas. Antigamente, não havia muito mistério. Mas o futebol mudou, evolui comercialmente e perdeu em significado, e hoje qualquer saída ou chegada de jogador é acompanhado de equações que parecem indecifráveis para qualquer planilha de excel. A época do passe era tão mais simples...

Em termos, a saída de um jogador tem no melhor dos mundos a venda. O clube que perde recebe dinheiro e o clube que contará com o atleta paga. Na prática, é comum uma saída de graça para minimizar um prejuízo com alguém que não emplacou. O pior dos mundos é uma saída em que o clube não ganha nada e ainda precisa pagar algo ao jogador. O Flamengo fez isso devendo luvas ao atacante Diogo e ainda pagando o valor do empréstimo ao Olimpiakos, sem que o Santos assuma nenhum ônus. Não é exclusividade da Gávea. O Corinthians paga a maior parte dos salários de Souza, emprestado ao Bahia.

Contratação pode parecer mais simples, mas não é. Com todos os clubes endividados nem sempre é possível comprar os direitos federativos então é comum a formação de times de aluguel, onde muitos chegam por empréstimo. Deixando o custo de cada transação de lado, já que é uma discussão à parte, eu costumo pensar no seguinte critério: se o jogador não está pronto para resolver na posição em que joga, mas pode estar algum dia deve ser comprado. Se o cara já pode assumir a posição com facilidade, então pode vir por empréstimo.

O pior dos mundos é trazer por empréstimo um jogador imaturo que irá amadurecer no período de empréstimo, mas vai alternar bons e maus momentos. O Palmeiras viveu isso em 2009, com um time formado por muitos jovens (Keirrison, Marquinhos etc.) que não conseguiram segurar a barra de um time que viveu uma década bem ruim. O Flamengo cometeu um erro parecido ao comprar apenas parte dos direitos do volante Airton e receber muito pouco pela saída de um jogador tão importante. Espera-se que tenham aprendido com o erro e já tenham alguma garantia com os direitos do jovem Vander, destaque no início da temporada.

Vale a pena acompanhar qual o critério de certos dirigentes nos dois casos. Eles não costumam aprender com os próprios erros.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Feliz ano novo

Mauricio Neves (@flapravaler)

Quando espocam os fogos nos primeiros minutos do ano, eu sempre penso: como assim? O ano novo é só a metade das férias do futebol. A vida como ela é, tal como a conhecemos, só recomeça com o primeiro jogo do Flamengo no primeiro campeonato. A partir daí é que começamos a conciliar compromissos com a tabela de jogos, mesmo que a gente tenha jurado em alguns momentos da última temporada que jamais faríamos a agenda em função do Flamengo outra vez.

A vida recomeça quando a bola rola, mesmo que seja um Volta Redonda. É um adversário que não diz nada, a quem dedicamos lembranças periféricas. A virada suada no campeonato carioca de 1981, gols de Zico e Nunes. A reabertura da Gávea para jogos oficiais em fevereiro de 1988, com o mesmo Nunes jogando e abrindo o placar para o Volta Redonda. Depois Bebeto empatou, Leandro virou – o último gol dele com o Manto – e Luís Henrique passou a régua, 3x1. Teve aquele dramático 3x3 no Raulino de Oliveira, em 1995, quando Charles Guerreiro marcou o primeiro dos dois gols que faria pelo Flamengo. Mas é só isso, pequenas lembranças de uma desgastada mente rubro-negra. O Volta Redonda é menos do que uma nota de rodapé em nossa história.

Até acho que o auri-negro (hm?) vai incomodar hoje. Estão treinando há três meses, é um time pronto fisicamente, e o Flamengo 2011 ainda é uma massa disforme. Não precisa ser vidente para prever que vamos nos irritar com Fernando Casalberto e Renato Saci, e que a bola vai sofrer para chegar até o Deivid. Mas não importa. Estaremos – no estádio, pela TV ou pelo rádio – com a mesma esperança de todas as aberturas de todas as temporadas: agora a coisa vai.

Feliz ano novo, rubro-negros.




Calúnia do Rúbio Negrão

Entre o craque em atividade, com plenas e totais condições de jogo competitivo, e o craque aposentado, gordo e desbragado (antes que pensem besteira, sugiro que vão ao Aurélio), o Flamengo optou por quem não anda em campo.

Entre o craque que se jurava flamenguista, e o craque gremista de coração, o Flamengo mereceu aquele que respeita a torcida e a Instituição. Aquele que mostrou que não é preciso ser rubro-negro para saber o que é o Flamengo.

Mas é difícil fugir à comparação aparentemente inevitável. Apesar de R9 e R10 terem feito opções diferentes em várias áreas de suas vidas, ambos representam o que de melhor houve no futebol brasileiro em anos recentes. A grande diferença é que enquanto o R9 é o melhor jogador que já defendeu as cores do seu clube atual, sendo aquele que transforma um time mediano numa boa equipe, o R10 é apenas mais um craque no panteão rubro-negro, e a cereja do bolo que será preparado por um Thiago Neves, um Bottinelli, um DM e um Léo Moura.

R10 não veio para resolver todos os problemas de um time ruim, e sim como o toque final, o diferencial, o fator de desequilíbrio de um time cheio de boas opções.

Resumo da ópera-bufa: enquanto R9 está no bagaço, R10 está fisicamente inteiro, completo, se é que vocês me entendem. Sem falar que, caso decida desfrutar a esbórnia, a comissão técnica do Luxemburgo precisará apenas proibir a entrada de mulheres, e tão somente mulheres na concentração.

O único senão, na minha humilde opinião, é que a contratação do R10 “estragou” a torcida do Flamengo. Por exemplo: o Thiago Neves, que seria recebido como um novo Pedro Álvares Cabral no Vasco da Gama, quase passou despercebido por aqui. Depois de receber o R10, não me imagino mais vibrando com a eventual contratação de Juan, Aírton, Luis Fabiano ou mesmo R9.

Depois do R10, o negócio passou a ser investir na base, só pra não ter de contratar barangas a granel. E felizmente a nossa base promete. Os garotos já demonstram personalidade suficiente para atuar no elenco profissional: na hora do gol, afastam os companheiros, correm para as câmeras, dançam, vão pra galera, e chegam até a fazer aquele “carão” das modelos profissionais...


Duplex Toc Zen

1 - Tabajara: Acompanhando pela TV a esculhambação, aliás, apresentação do R10 e do Love (esta com uns 4 anos de antecipação), levei um baita susto quando o Marrentinho Carioca apareceu no palco, bem ao lado dos dois. Menos mal que era só o Ivo Meirelles.

2 - Coitos interruptos: Eu já estava feliz da vida com a contratação do R10. Aí, quando li que o Corinthians tinha contratado o peruano, fui literalmente à loucura! Mas como nem tudo é perfeito, o peruano era outro.

3 - Dirigente: Mas jogada KaeLiana mesmo quem fez foi o Sanchez: estava entre Ronaldinho, Luis Fabiano e Luis Ramírez. Adivinhem quem veio?

4 - R9 ou R10?: Apesar de contar agora com o R10, o Flamengo 2011 está mais para o R9: imprevisível na frente, vulnerável atrás.

5 - Goleiro: Andrés x Felipe já se estranharam. Mas após o episódio do 1 milhão e 800 mil para o R10, fiquei duplamente feliz ao constatar que contratamos um goleiro de excelente caráter.

6 - Zaga: O Jean consegue ser perigosíssimo mesmo não sendo um atacante matador.

7 - Laterais: Após a saída do Juan, o Flamengo deixou de ter os dois melhores laterais do país. Agora tem o melhor e o pior. (E o segundo pior também!)

8 - Meia-armador: O nosso pollo já bate faltas como se fosse um galo. Se ainda por cima não perder seu tempo perseguindo galinhas, estamos feitos.

9 - Meias-atacantes: Ano passado não tínhamos. Este ano, ganhamos dois de uma tacada. Um, o mais famoso, ficou com a 10. O outro, vai se contentar com a velocidade 7.

99 - Meias-solas: Deivid e Wanderley.

11 - Meio-homem: O passado do Thiago Neves não me incomoda nem o condena. Quando se trata de créu, prefiro jogador que dançou a jogador que levou.

12 - Star Wars: Otimismo sim. Temos o R10. Leviandade não. Temos o R2D2, vulgo Deivid.

13 - Discrição: E o Juan, hein? Quem diria... Acabou indo pro SPFW. Ficou anos no Flamengo sem nunca deixar transparecer nada...

14 - “Flamengo é Flamengo”: Não bastasse já ter quase 40 milhões de torcedores, descobriu-se agora que até o próprio Flamengo também é Flamengo.

15 - Utilidade pública: As co-comentaristas do Echo que lamentam a falta de um zagueiro-zagueiro símbolo sexual devem clicar aqui.

16 - Cartilha futebolística: Daqui a pouco estrearemos oficialmente na temporada 2011. Pena que seja com o time B. Mas é melhor jogar a Série A com o time B do que jogar a Série B com o time A.

E nada mais faço.

Flamengo Net

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