sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TERRA ARRASADA

A ex-atleta Patricia Amorim pode ser uma ótima pessoa em família ou junto a seus amigos. Não opino porque não a conheço pessoalmente. Por outro lado, não tenho muita memória de sua carreira como nadadora nem sei qual seu grau de amor e, principalmente capacidade de renúncia, em relação ao Flamengo. Na verdade isso é secundário para esta análise.
Uma coisa parece óbvia: ela tem uma enorme competência para demonstrar antipatia, pouco caso, desprezo até, por tudo que diz respeito ao que é mais sagrado para quem ama o Flamengo: a alma rubro-negra, aquela que gera a raça, o sangue e a paixão. Espero que seja um simples problema de assessoria de imprensa ou de (in)capacidade de comunicação, mas a verdade é que isso pode estar contaminando o time, a torcida, todos enfim, e criando essa onda de pessimismo adicional.
Por exemplo, a frase infeliz e absolutamente fora de hora, sobre não entrar em campo e não fazer gol soou simplesmente como a cereja do bolo de um ano cheio de bobagens semelhantes. Para lembrar algumas:
· o alheamento ao futebol, durante os primeiros meses ( ou seria mais adequado dizer “desde sempre”? ), a ponto de deixar o departamento sem comando algum, ao Deus-dará.
· a forma fria, antipática e anti-profissional como decidiu e promoveu o desligamento do Andrade ( não julgo aqui a saída em si mas a forma de tratar um dos patrimônios do Flamengo ).
· Não contente, repetiu a dose com Toró.
· A forma absolutamente desrespeitosa como administrou o problema criado dentro da Gávea contra Zico.
· A distância imperial que resolveu manter da torcida – parece achar que não nos deve qualquer satisfação e está confortável nessa postura pouco inteligente de “esfolar” o torcedor que vai ao estádio, cobrando um ingresso absolutamente desproporcional em relação ao futebol que o time exibe desde o começo do ano.
· O lançamento da campanha do “tijolinho” na pior hora possível, quando o torcedor está triste, desencantado, revoltado e principalmente muito apreensivo.
· O abandono ou pouco caso com quase tudo que foi deixado planejado pela gestão anterior, como o museu ( finalmente lançado, com um ano de atraso ), as embaixadas, os patrocínios, o GEASE, o “Cidadão Rubro-negro”, etc.
· A história do estádio na baixada – na minha opinião, não parece ser coisa para ser levada a sério.
· ETC e etc.

Enfim, para uma criatura política, com pretensões de fazer carreira nessa área, ela, até aqui, deu uma demonstração bem clara de que não tem cacoete ( ou não está sabendo usa-lo ) para ser bem sucedida. O exemplo da eleição, a partir de tramas, acordos de bastidores e alianças com pessoas de péssima memória para a massa rubro-negra dá a entender que ela tem aquele jeito esquisito de perseguir objetivos incompreensíveis e indecifráveis, mesmo que seus eleitores ou aqueles que dependem de seus atos e decisões possam não ser beneficiados nunca.
O fim desse tipo de postura é sempre triste e inexorável e acaba deixando prá trás, no mais das vezes, o péssimo legado da terra arrasada. Que São Judas Tadeu proteja o Flamengo fazendo-a mudar radicalmente de atitude, seja para assumir um papel positivo e pró-ativo nos dois anos que faltam, seja para tomar um chá de semancol e pedir prá sair.
O Flamengo, definitivamente, não é mais para amadores, principalmente os incompetentes crônicos, sempre tão cheios de soberba. E esta definição vale para muito mais gente que manda na Gávea hoje.

Flamengo Net

Comentários