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O PESO DA CADEIRA DE PRESIDENTE.

Não sei bem porque resolvi escrever este Post. Acredito que motivado por fazer justiça, bem como, objetivando colocar os companheiros do Blog a par de detalhes que me são dados conhecer, por ser Conselheiro do Clube.

Marcio Braga era meu ídolo em decorrência de sua fantástica primeira gestão - 1977. Ele e a saudosa FAF (Frente Ampla pelo Flamengo, para os mais novos), tiraram o Flamengo de uma situação quase tão calamitosa quanto à de quando assumiu seu 5º mandato em 2004.

Na época, o que fizeram modificou, não só o Clube, como o futebol carioca. Os bichos foram extintos, sendo implantado um revolucionário sistema que remunerava os jogadores em 25% das rendas líquidas. Muitas outras medidas foram adotadas, não só no futebol. A consolidação das dívidas, para que pudéssemos nos enquadrar às exigências fiscais / tributárias da época, bem como, sabermos a real posição de nosso passivo, foi uma delas.

Depois, foi o que todos sabemos: um time inigualável e que faturou tudo que disputou durante o período de 1979 a 1983.

Quando MB assumiu em 2004, com meu voto, pois, mesmo desconfiado quanto à gestão que faria, em razão de não ter sido do meu agrado as duas últimas, optei por dar-lhe meu voto, por saber que o mesmo era o único que tinha o peso político necessário ao momento que vivia o Flamengo. Não via nos adversários tal requisito.

Ao assumir e decorrido o primeiro ano, comecei a achar que havia me equivocado em dar-lhe meu voto. Os resultados no futebol eram sofríveis, o caos estava se instalando no clube, com salários atrasados e decorrentes seqüelas... Não conseguíamos montar um time de acordo com nossas tradições, a imprensa começou a nos ridicularizar, a torcida a se afastar dos estádios. Resumindo, o caos chegara. Veio a catastrófica derrota para o Santo André e outros vexames. MB chegou a ser agredido com um soco. Atitude deplorável, mas que muitos aprovaram. Mesmo assim, conquistamos o campeonato de 2004 (o que só posso atribuir a ser MB um cara de sorte).

Ao término de 2004, desesperado com a situação recorrente em que se encontrava o Flamengo, deixei minha postura apartidária no Conselho, nunca apolitica, e resolvi começar a me enfronhar mais nos meandros administrativos do clube.

O ano seguinte continuou péssimo. A Petrobras não podia nos repassar as cotas de patrocínio por impedimentos legais. Salários atrasados, o time mal, totalmente desmotivado. Enfim, um ano para ser esquecido. Não ganhamos nada na primeira divisão.

Ao chegar o fim do ano, MB em uma atitude altruísta e isenta de qualquer vaidade pessoal, chamou Kleber Leite para assumir o futebol. As mudanças feitas / implantadas pelo mesmo, nos livraram do vexame maior: sermos rebaixados.

Posteriormente, ative-me aos números do clube, o que gerou meu Post datado de 26/12/2005 aqui no Blog, fazendo um balanço da gestão de MB, para os exercícios de 2004 / 2005.

Pois bem amigos, hoje temos a seguinte situação. O clube tem uma projeção de receita para 2006, na ordem de 59 milhões de Reais, temos o projeto da Arena da Gávea bastante adiantado, as obras do CT estão caminhando, temos um plantel bem superior ao de anos anteriores, vários investidores (pelo menos três), tem real interesse em investir no Flamengo, a Timemania - que MB foi o grande mentor junto ao governo federal - está para sair, reduzindo nosso passivo de 180 M (estimado) para 70 M, que é perfeitamente administrável.

Resumindo amigos, em minha opinião, se o time acertar, as parcerias acontecerem e forem geridas com responsabilidade e profissionalismo, prevejo um grande e próximo futuro de glórias para o Flamengo.

Como MB sempre gosta de ressaltar: "estamos sentados em dois potes de ouro": o futebol do Flamengo e sua fantástica torcida e os Esportes Olímpicos - do qual somos os maiores vencedores e fornecedores de atletas - atuando de forma independente e com patrocínios próprios para as diversas modalidades..
Eu acrescentaria um terceiro pote de ouro: as localizações de nosso patrimônio imobilizado - a Gávea, o Morro da Viúva e o Casarão de São Conrado - são inigualáveis. Que o diga Niv Vigdor.