sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

A cartola do cartola

Acabo de ler no UOL Esporte que o Luizão jogará com a camisa 111 este ano. Isso mesmo: 111. Idéia do departamento de marketing do Flamengo. De acordo com a matéria, a partir de agora será assim. Sempre um jogador com a idade do clube nas costas. O que significa que em 2007 teremos um 112, em 2008 um113 e por aí vai. Sei não. Confesso que fico um pouco receoso com esse tipo de medida. Não vejo necessidade. Temos um elenco razoavelmente bom, que pode render alguns frutos anos na temporada (pelo menos se os salários não atrasarem). Mas ainda não passou de uma esperança. E todos nós, rubro-negros de fé, estamos escolados no que diz respeito a essa palavra: esperança. Geralmente, quebramos a cara.

O que eu quero dizer? Bom, é o seguinte: acho que o Flamengo deve trabalhar com calma, sem pressa e, mais importante de tudo, sem alarde. Que se preocupe em arrumar a casa. Que o clube chame a atenção com boas campanhas, ou no mínimo com campanhas dignas, antes de tentar colocar em prática projetos mirabolantes. É o Kléber Leite de volta. É inevitável fugir da comparação, mas o Luizão não tem a mesma força que tinha um Romário em 1995. Um Romário que acabava de ser campeão mundial e eleito o melhor jogador do planeta. O impacto de uma camisa 100 às suas costas era outro. E deu um azar...

O Flamengo vai dar os números 111 e o 39 para dois jogadores que ainda nem entraram em campo. Sobre um deles, o Peralta, nem sabemos ainda do que é capaz. O outro já conhecemos. É tão eficiente em fazer gols quanto em mandar bananas para os clubes que defende. É capaz de largar tudo em março. Não sei se é este o momento ideal para invenções. Prefiro futebol.

Flamengo Net

Comentários