Grite.
Grite alto.
Grite alto: hexa.
Mas grite mesmo. Porque esse grito estava entalado há 17 anos e não queremos gritá-lo por 17 anos. Aliás, se for possível queremos gritar somente até a final da Libertadores de 2010 quando vamos inventar outra canção, digna da nossa monstruosa ambição de quem nasceu do nada para conquistar tudo.
Aliás, é essa ambição que define a importância do título mais épico que o Brasil já viu nos últimos 17 anos. Porque aqui e ali, torcedores já começam a falar de 2010, contratações, saídas, política interna e tudo isso porque com o grito do hexa vem um suspiro chamado hepta.
E é aí que a coisa tem que ser discutida. Os jogadores desse elenco marcaram de forma eterna seu nome no clube e em nosso mural de gratidão. Todos eles. Agora, eles e todos os profissionais da Gávea devem pensar o que querem fazer do hexa: um título imprescindível pro clube ou um marco para uma nova era vitoriosa que nos coloque ou novamente na solitária hegemonia de maior campeão de torneios nacionais
O hexa foi um capítulo maravilhoso desse livro infinito chamado Flamengo. Mas 2010 já tá batendo a nossa porta e precisamos definir a quem agradeceremos para sempre ou de quem esperaremos mais. Tudo que sei é que após aquele jogo controverso contra o Barueri, senti o golpe, mas não deixei a peteca cair. Empurrei para os jogadores e perguntei: acabou?
Agora, repito a pergunta para todos vocês, HEXAcampeões, com muito orgulho e com muito amor: Acabou?
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Já que o dia pede recordações, vou relembrar o final do meu texto O Encouraçado Rubro-Negro para responder a pergunta como gostaria: É bom saírem da frente. E tapem os ouvidos para não ficarem surdos. A gente tá chegando e não vai pedir licença.
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