O fracasso quase consumado na Libertadores é o reflexo da gestão pífia de um clube comandado com paixão, e não com profissionalismo. Quando se deixa a emoção estar à frente da razão – ou a politicagem acima dos princípios -, não há como querer ser grande novamente. E hoje o Flamengo só é grande por causa de seu passado e de seus torcedores apaixonados, pois vive mais à base de sorte do que de competência. Aliás, a Nação – e eu me incluo nisso, claro – é a torcida mais iludida do país. Nós, rubro-negros, realmente acreditamos que veremos novamente uma Seleção de Ouro 81, que surgirá da base um novo Zico, e que somos mesmo os fodões e não podemos perder nunca. Por isso, seguimos nos enganando com vexames históricos e ludibriados com os piores ataques do mundo, sejam eles compostos por Sávio, Romário e Edmundo, ou por Love, Pinguço e o Dentuço.
Não que o Carioca não seja valioso, pois deixa na história jogos inesquecíveis e eterniza ídolos como Rondinelli, Rodrigo Mendes, Tuta, Petkovic e Obina (meu Deuuuuus...). Mas, vale o quanto pesa? Contratam-se jogadores demasiadamente caros para apenas ser time grande no Rio de Janeiro? Já passou o momento de se satisfazer com pouca coisa, mesmo que essa coisa pouca seja a única que ainda nos resta.
|