quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

MENTIRAS, MEIAS - VERDADES, MICOS E URUBUS - REI

A técnica é nazista. Foi Joseph Goebbels quem ensinou que Propaganda tem um só objetivo: conquistar as massas. Qualquer meio que alcance esse objetivo é bom; qualquer meio que o impeça, é ruim". Foi ele também quem ensinou que uma mentira repetida muitas vezes acaba virando verdade. Funciona igualzinho quando se começa a veicular meias-verdades e a massificá-las, repeti-las ad nauseam, a massa acaba acreditando e, mais que isso, sendo conquistada pelo sentimento, normalmente negativo, que a mentira ou a meia-verdade tentou disseminar.
Não sei em que momento ou período a massa rubro negra passou a ser alvo de um objetivo nazista de conquista ou de propagação do caos. Eu mesmo confesso que me deixei convencer, ouvi tantas vezes que acabei acreditando na "teoria dos micos", aquela que diz que o Flamengo é um clube que coleciona vexames sem conta, um atrás do outro, passando a ser o único clube cujos fracassos, seja em contratações, dispensas, relacionamentos, clima interno ou prestígio não merece nada além do escárnio, da ironia e do desprezo. E não se trata apenas da "imprensa paulista", como sistematicamente é denunciado aqui mesmo neste espaço. No Rio mesmo há esse contínuo processo, em plena vigência. Um exemplo simples? Estava lendo uma notícia sobre o FlaXFlu. Dizia, numa parte secundária do artigo que o Fluminense é o maior campeão do Rio, com 30 conquistas, contra as 28 do Flamengo. Resolvi dar uma aprofundada nesse dado. E aí está a meia-verdade. Realmente, 30 títulos contra 28. Mas poderia ser completado com a informação de que o Flamengo surgiu 10 anos depois, e que no tempo em que conviveram, o Flamengo tem mais títulos que o Flu.
São gotas diárias como essa, repetidas aqui e ali, plantadas numa manchete a cuja fonte ninguém tem acesso. E aos poucos, a estratégia de Goebbels começa a fazer seus efeitos entre nós. Todos passamos a acreditar que o Mengão é o rei do mico. É bem verdade que uns e outros, dentro do clube, deram uma baita mão para essa gente. Mas se usarmos a técnica do urubu-rei, que voa alto e observa o todo, flanando sereno lá em cima, e não se preocupando só com o detalhe ou o específico, vamos parar de nos deixar levar.
Quanto ao "ministério da propaganda anti-Flamengo", já passa da hora de enviarmos nossos exércitos para destruir esse bunker. De lançarmos a ofensiva do dia D, que, no nosso caso eu diria que está mais para dia F. A nossa Normandia será conquistada quando deixarmos de comentar uma notícia que seja, que venha desses recalcados. Quando não acessarmos seus sites, nem para ler nem para comentar, nem para nada. Quando não comprarmos seus jornais e avisarmos que estamos trabalhando para que nossos amigos também não comprem. Nem sintonizarmos suas emissoras, fazendo com que seu Ibope despenque.
Eles tem que aprender que nós somos Flamengo. O resto? O resto é tudo alemão.

Flamengo Net

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