quinta-feira, 16 de maio de 2013

Flamengo cria o MengoCard para facilitar a compra de produtos pela sua torcida




Brasília, 16 de maio. Flamengo e Caixa Econômica federal apertaram as mãos e as novidades começaram a surgir. A primeira delas vem inspirada num projeto antigo do banco, que fez muito sucesso entre os contemplados com a casa própria através dos financiamentos da entidade: o Construcard. Com esse cartão, o usuário pode construir e realizar reparos na sua casa e parcelar os pagamentos em suaves prestações por até 90 meses.

Inspirado nesse cartão, o clube e o banco lançaram o MengoCard, uma ideia revolucionária e inédita no futebol mundial. Com ele, os torcedores cadastrados poderão comprar ingressos e camisas, e parcelar em até cinco anos (60 meses), em prestações baixas e garantindo uma boa verba para o clube (e para a Caixa, claro). Com juros de 1.7% ao mês e prestações decrescentes (que vão diminuindo o valor ao longo dos pagamentos), a ideia é facilitar aos torcedores a aquisição de camisas e demais materiais oficiais, atacando também a pirataria, uma vez que ficará bem mais fácil comprar o uniforme legítimo.

O MengoCard também valerá para ingressos de jogos que o Flamengo possuir o mando de campo. Como o futebol está passando por uma revolução e as arenas da Copa precisarão vender entradas por preços de ópera, agora o torcedor poderá parcelar os ingressos e pagar sem se preocupar.

Segundo o presidente da Caixa, José Ereda, a ideia é unir as forças e a popularidade do banco e do time para o projeto ter maior garantia de sucesso. "Hoje o Brasil tem um governo para todos e a Caixa faz questão de ser um banco para todos. Por isso, nada mais justo que nos unirmos ao clube mais popular do Brasil para essa missão. O Flamengo não é time de uma praça, mas do mundo. E o MengoCard será para todos os rubro-negros".

Com o MengoCard, o usuário também concorrerá a prêmios e brindes através de pontos de fidelidade, que poderão ser acumulados e convertidos em passagens aéreas e até em descontos para adquirir um título de sócio do Flamengo.

Para adquirir o cartão, o torcedor precisa se cadastrar no Nação Rubro-Negra e abrir conta na Caixa. O banco realizará uma rápida análise de crédito e o cartão poderá ser liberado em até 20 dias. Atuais membros do programa sócio torcedor do clube podem solicitar o seu em qualquer agência da Caixa Econômica Federal.

Isso que você leu acima é uma ficção. Ficção como os preços cobrados pela camisa, ingressos e demais produtos, como se a torcida fosse um monte de milionário. Como a Caixa chegou, e ela adora liberar um financiamento a juros baixos e longo prazo, quem sabe assim nós daqui de baixo possamos comprar uma camisa oficial sem deixar de almoçar por uma semana?

É só uma crítica aos preços altos. Não precisa correr pro banco para abrir conta.

E o presidente da Caixa, além de não se chamar José Ereda, NUNCA DISSE NADA DISSO (pelo menos não publicamente).

Sim, eu acho 200 reais por uma camisa cheia de patrocínios que estão pagando para estar ali um valor alto. É como ver comercial de produtos em TV por assinatura. Camisa limpa ou modelo macacão de F1 são vendidos pelo mesmo preço. Eu acho errado. Mas isso é a minha opinião.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

NOVO ENDEREÇO


Wallim Vasconcellos lança candidatura

O pontapé inicial na candidatura de Wallim Vasconcellos à presidência do Fla foi dado ontem, 28/08, no Cine Leblon, aqui no Rio de Janeiro. O evento, apresentado pelo humorista Claudio Manoel, do Casseta & Planeta, foi bem no estilo do candidato: sóbrio, mas com pitadas de humor. Em tom sério, mas sem ranço senhorial. 

                       Zicão e Wallim

Uma turma de peso, empresários de diversos segmentos do mercado, compõe a chapa. Entre eles Luiz Eduardo Baptista (Bap), Presidente da Sky, Rodolfo Landim, Presidente da YXC Óleo e Gás e Carlos Langoni, ex-Presidente do Banco Central e atualmente Diretor do Centro de Economia da FGV. Wallim, a exemplo desse grupo, ostenta um curriculo pesado: foi Diretor do BNDES, é membro de Conselhos Executivos de diversas empresas, como a Vale do Rio Doce e hoje dedica-se à dirigir a Iposeira Capital.

A apresentação do projeto foi a mais técnica e detalhada possível, e basicamente divide a gestão do Flamengo em 4 grandes núcleos: Fla Gávea, Fla Futebol, Remo e Esportes Olímpicos. Nos moldes de uma empresa, a meta é gerir o Flamengo tal qual uma S.A., o que implica estabelecer pilares como Visão, Missão e Valores. 

Grande destaque para o discurso do Supremo Magnânimo Zico, visivelmente emocionado perante a chuva de aplausos - de pé - que recebeu. No vídeo abaixo está o discurso do Rei:


Sobre suas condições de elegibilidade, Wallim e Bap foram enfáticos em reforçar que não há nada que fira o estatuto, e que a candidatura tem todo respaldo jurídico. O candidato Wallim também fez questão de rechaçar as críticas a quem acusa o grupo de querer fazer do Flamengo uma empresa ou mesmo entregar o clube nas mãos de Eike Batista - Flávio Godinho, um dos integrantes da chapa, é Diretor do grupo EBX, de Eike. 

Mais informações sobre a chapa "Fla Campeão do Mundo" no site http://www.flacampeaodomundo.com.br/

AVANTE FLAMENGO!
 




terça-feira, 28 de agosto de 2012

Calúnia do Rúbio Negrão


Queridos detratores: eis-me de volta ao Brasil, após uma prolongada lua de mel com o Dô (Dorival Júnior, para os menos íntimos) no Tahiti.

O nosso retorno ao Brasil prova que tudo o que é bom dura pouco (perguntem só aos mensaleiros), e também que “the dream is over” (perguntem só ao John Lennon). Só que mais deprimente do que voltar de um verdadeiro paraíso é desembarcar num deprimente Engenhão vazio pra ver o Botafogo jogar, mesmo que seja contra o Mengão.

Mas, vida que segue. Cá estou de volta à minha rotina de dormir os dias inteiros. Aliás, só estou conseguindo escrever esta Calúnia por conta do jet lag brabo que está acabando com meu hobby favorito. Afinal, como é possível dormir o dia inteiro se, de tantas horas num avião, o meu ritmo biológico pensa que eu sou o presidente do Brasil?

No mais, estou antenado com os acontecimentos pátrios graças exclusivamente à internet. (Revirei Papeete inteira, e posso assegurar-lhes categoricamente que não vendem o Jornal Extra no Tahiti.) Assim, sei do anseio por reabilitação completa que acometeu o nosso heroico Adriano. Ele realmente voltou, desta vez não só de corpo, mas também de alma. Ao que tudo indica, já começa a entrar em forma visando 2013, mais exatamente o Carnaval de 2013, até para que o reinado da folia continue nas mãos de um Rei, e não nas de um Imperador Momo.

Também sei que muitos flamenguistas já começam a pedir Liedson no lugar do Negueba, o que eu faria, confesso, sem pensar duas vezes, até porque nem pensaria a primeira.

E tô sabendo que o Welinton voltou a praticar aquele futebol vistoso e eficiente que nunca jogou na vida.

Que, ao que tudo indica, no fim do ano o time do Flamengo não cairá juntamente com o Conselho Gestor.

Que o STJD deu um tiro de escopeta no pé ao julgar o Flamengo pelas ofensas de sua torcida a um irrelevante jogador do Figueirense, porque agora, se alguma decência ainda possuir, terá de julgar todos os clubes, sem exceção, pelas ofensas de suas torcidas, sem exceção, às figuras nada irrelevantes do árbitro e seus auxiliares. (Bons tempos aqueles quando o torcedor ainda podia protestar nos estádios...)

Que o Brasileirão anda tão ruim e sem graça que o time “paraguaio” que puxa a carroça dos horrores nem é “cavalo”, mas apenas “burrico”.

Porque, sejemos cinseros e analfabéticos, quem conhece um pouquinho de futebol sabe que o campeão de 2012 vai pintar nas primeiras rodadas do 2º turno. Infelizmente, não deverá ser o Flamengo, que somente agora começa a se reerguer da hecatombe Joel, mas pelo que o Dorival vem conseguindo fazer Welinton, Negueba e Ramon jogarem, ao menos ganharemos alguma grana no fim do ano.


Duplex Toc Zen

1 - Evolução: Na era Joel, o empate com o Botafogo teria sido uma vitória, mas na era Dorival, soou como uma derrota. Que bom.

2 - O Botafogo não ganha de nós em brasileiros nem em estrangeiros: Porque o Cáceres tá jogando muito mais que o Clarence Chulapa.

3 - Que saco!: Aliás, aqui no Brasil, o Seedorf não vem se destacando exatamente pela bola.

4 - Justiça seja feita com as próprias mãos: Negueba e Thomas vêm cumprindo muito bem suas funções, mas ainda acho que o Ronaldinho as faria com muito mais paixão, porque já demonstrou (inclusive em vídeo) que tem um prazer absurdo em ficar só no vaivém.

5 - E não venham dizer somos viúvas do Ronaldinho: Pela grana que ele vai embolsar do Flamengo, estamos mais para ex-maridos.

6 - Com Adriano, finalmente o nosso ataque terá uma referência: Porque quem não enxergar o Imperador lá na frente é porque tá cego!

7 - O Imperador tinha que seguir o exemplo do Vasco: Começar a perder toda gordurinha acumulada.

8 - Da série “Os vices secretos do Vasco”: Em 1996, o Fluminense caiu pela primeira vez, mas permaneceu na primeira divisão graças a uma histórica virada de mesa. Foi então que o Vasco passou a ser vice também no quesito “Time da virada”.

9 - E o Fluminense vem fazendo direitinho o á-bê-cê do Brasileirão: Sempre com ênfase na “bê” e na “cê”.

2014 - Minha sugestão de nome para a bola da próxima Copa: “Corrupção”.


11 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

"Fifa abre recrutamento de voluntários para a Copa de 2014." Só pra não dizerem que todo mundo levou grana nessa Copa.

O Imperador não será nem sombra do passado porque ela agora tá bem maior.

Tudo é questão de referencial: não é o Adriano que tá muito gordo, é o Negueba que tá magro demais.

Com Adriano, o Flamengo finamente arrumou gordurinhas de sobra pra queimar neste Brasileirão.

Adriano só não está mais gordo que o Ronaldo porque o Ronaldo é um fenômeno.

"Chefão da F-1 de 81 anos se casa com brasileira de 35." Grande coisa. Quero ver é "Chefão do almoxarifado de 55 se casa com mulher de 40."

É impressão minha, ou o calção do Seedorf é mais comprido do que os dos companheiros de time?

A dupla caipira do Botafogo: Cidinho & Seedorf.

"Esquecido, Tiririca quer voltar à televisão." Moleza: basta se meter num escândalo que volta a aparecer todos os dias.

"Adriano saboreia biscoito de polvilho." Pô, GE! Vocês já foram mais sérios! Nem apuraram se o biscoito era doce ou salgado, caramba!

"Verônica Costa deve ser ouvida hoje pelo TJ-RJ sobre acusação de tortura." Pô, mas o som dela é tão ruim assim?

E nada mais faço, mas desta vez posso pôr a culpa no jet lag.

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos. O texto dessa semana atende aos pedidos dos colegas nos comentários, que me cobraram insistentemente para falar do assunto. Aí vai. Só não me venham com “pô, de novo?”. Eu avisei. Boa leitura.

CAÇANDO MITOS - PARTE 3

CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1987

O MITO
O Campeão Brasileiro de 1987 é o Sport. O Flamengo e o Internacional rasgaram o regulamento e se recusaram a disputar o cruzamento entre os finalistas do Módulo Verde e do Módulo Amarelo da competição promovida pela CBF.

OS FATOS
De todas as lorotas disseminadas pela seita antiflamenga, essa é de longe a mais chata e a que mais aporrinha os ouvidos do torcedor, uma ladainha que ninguém mais aguenta discutir, até por conta da desinformação. Nem eu mesmo estava com muito ânimo de falar disso, mas por conta de inúmeros pedidos vou tentar resumir o que aconteceu na saga do tetracampeonato brasileiro do Flamengo.

Em 07 de julho de 1987 o Presidente da CBF, Otávio Pinto Guimarães, declara que a entidade não reúne condições de organizar o Campeonato Brasileiro, já prevendo a mesma bagunça observada na competição anterior. A declaração é recebida sem muita suspresa, dada a cintilante incompetência vivida na gestão da falida Confederação.

Já em 11 de julho, os clubes de maior expressão, que já andavam mobilizados, anunciam que irão organizar seu próprio campeonato. Liderado por Márcio Braga (Flamengo), Carlos Miguel Aidar (São Paulo) e Paulo Odone (Grêmio), é criado o Clube dos 13, composto pelas doze maiores forças mais o Bahia (por causa das grandes arrecadações em seus jogos). A ideia é montar uma competição enxuta, com regulamento simples e de fácil comercialização para os patrocinadores.

Aí está a gênese da confusão. Otávio Pinto se licencia (viaja à Disney) e assume Nabi Abi Chedid, seu desafeto e com uma postura mais radical. Nabi anuncia que a CBF vai organizar o campeonato, ameaça o C13 de desfiliação e todo dia aparece com uma novidade. Campeonato com 20, 32, 48, 64 e 80 clubes. Até o simpático Botafogo de Ribeirão Preto pede uma boquinha, através de um bilhetinho do Presidente Sarney. 

A crise atinge seu ponto máximo em agosto. As partes radicalizam, a CBF define a competição com 64 equipes. O C13 também anuncia o seu torneio, a Copa União, apenas com os treze integrantes. O Flamengo, pelo campeonato da CBF, enfrentará o Botafogo na Primeira Rodada. Pela Copa União, jogará um Fla-Flu. A CBF proíbe os clubes de marcarem amistosos durante a realização de seu campeonato e vetam a participação de qualquer árbitro em jogos do C13. É o caos, a bagunça, e tudo leva a crer que haverá o irremediável impasse. Vários analistas cravam que não haverá campeonato. As Federações, apreensivas (e rachadas) começam a articular o impeachment da dupla Otávio-Nabi.

Em 03 de setembro, finalmente o acordo, costurado com Otávio Pinto, de visão mais maleável. O C13 cede e aceita montar um campeonato com mais três equipes, convidadas a seu critério. Haverá quatro módulos, e o campeão sairá do Módulo Verde, o campeonato do C13. Ao final do ano, é previsto um cruzamento com os finalistas do Módulo Amarelo (composto por equipes de porte mediano) para apontar os representantes brasileiros na Libertadores (VER IMAGEM ABAIXO, CLICAR PARA AMPLIAR). O C13 terá autonomia para organizar e vender seu campeonato, com a CBF dando apoio logístico (árbitros, delegados etc).

Pacificados (temporariamente) os ânimos, o C13 começa a formatar seu campeonato. Define grupos, fórmula de disputa, tabela. Fecha um contrato milionário com a Rede Globo e outros ambiciosos acertos com a Coca-Cola e a Varig. Antes mesmo de começar, a Copa União já está paga e dá lucro. A expectativa é grande, enfim um torneio com os melhores, e apenas os melhores times do país.

Mas a reação não tarda. Sentindo-se excluídos, prejudicados, perseguidos e discriminados, os times amarelos ameaçam uma enxurrada de ações judiciais, aliam-se a Nabi e tentam sabotar a Copa União de todas as formas. O Sport tenta anular na Justiça o contrato com a Globo. Perde. Tenta proibir as transmissões de jogos para Recife nos dias de seus jogos. Perde. O América-RJ abandona o campeonato, pois entende que, por seu porte e tradição, deveria estar no grupo de elite. Liminares e contra-liminares pipocam aqui e ali, mas enfim a Copa União parece pronta para iniciar.

Em 11 de setembro finalmente tem início a competição, com a partida Palmeiras 2-0 Cruzeiro. DURANTE a partida, a CBF (Nabi) desafia os clubes e divulga um regulamento que altera frontalmente o acordo que viabilizara a competição. Nele, é alterado o cruzamento entre os módulos, que passa a prever o campeão, ao invés do representante na Libertadores. Os clubes passam a ser obrigados a solicitar, com prévia antecedência, autorização à CBF para a transmissão dos jogos, e é proibido o televisamento para a mesma praça (cláusulas que inviabilizam o contrato com a Globo). A divulgação do regulamento APÓS o início da competição revolta os dirigentes do C13, que avisam que não irão mais participar do cruzamento nem mesmo para definir a Libertadores, além de ignorar solenemente as cláusulas do televisionamento. Há outro problema. O Regulamento anunciado pela CBF não foi validado por um Conselho Arbitral formado pelos clubes (conforme reza o CND, órgão máximo do esporte na época, em sua Resolução 16/87). É, portanto, nulo. Mais uma enxurrada de liminares e medidas cautelares vai se acumulando na Justiça.

A Copa União vai seguindo suas rodadas, sucesso estrondoso de público. O Flamengo, após arrancada sensacional e vitórias antológicas, conquista o Tetracampeonato Brasileiro, numa jornada que consagra em definitivo o craque Zico, enfim uma unanimidade nos quatro cantos do país, assombrados com sua mitológica recuperação.

Enquanto isso, o campeonato amarelo, após patinar em obscuras rodadas de futebol medíocre, muita pancadaria e cenas de pugilato, chega ao seu final, com a “emocionante” partida entre Sport e Guarani, que vai aos pênaltis. Após um bizarro empate de 11-11, os times resolvem abandonar o campo e anunciam que irão dividir o título, uma palhaçada que somente agrada ao SBT (que transmitia o circo), pois a pantomima estava atrasando o Show de Calouros.

Mesmo passíveis de punição por um ano por terem abandonado o campo (punição que o Coritiba sofreria dois anos mais tarde), os rebeldes amarelos querem que o Regulamento seja cumprido e haja o cruzamento. Só que não há Regulamento, pois a peça da CBF não foi homologada pelo Conselho Arbitral dos clubes. Por pressão do C13, o Conselho (formado pelos 32 melhores colocados do Brasileiro-86, voto qualificado, não unitário) é convocado e decide, por ampla maioria, que NÃO haverá cruzamento dos Módulos. A CBF alega que a alteração exigiria unanimidade dos votantes, ignorando que a medida somente seria cabível se o Conselho tivesse homologado PREVIAMENTE a competição, o que não ocorreu. O CND decide que o Conselho Arbitral é válido e o Campeão Brasileiro de 1987 é o Flamengo.

Aqui se encerra a questão, em seu aspecto esportivo.

Não me interessa o que pensam os magistrados de Pernambuco (para que time torcem?), é irrelevante que Sport e Guarani tenham jogado dois amistosos em 1988, carece de validade o que opinam os atuais especialistas esportivos incapazes (por desinteresse?) de escavar a história e assim contrariar suas convicções clubísticas e regionais (se o campeão tivesse sido o Inter? O barulho seria o mesmo?)

Concluindo e resumindo. O C13 não rasgou Regulamento nenhum. Em nenhum momento aceitou-se cruzamento de módulos para definir o campeão, a CBF sabia disso e anuiu. Com a bola rolando, tentou uma manobra e foi rechaçada. De fato e de direito (esportivo) o Flamengo é o ÚNICO Campeão Brasileiro de 1987.

Essa questão já estava pacificada, salvo um ou outro asterisco que algum detalhista ainda se dignava a publicar em seus periódicos. Até que uma diretoria arrivista do São Paulo resolveu ressuscitá-la para vender camisas e exercitar sua eterna veia “wannabe”. Uma parcela facciosa, regionalista e pouco afeita a pesquisas (wikipedia?) da mídia comprou a falácia e o assunto voltou a ganhar corpo.

Não sei, mas algo me diz que deveriam ter ficado quietos. O tempo dirá.

(continua)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Empatar não significa empacar

O clássico entre Flamengo e Buátafogo só valeu pelo primeiro tempo. Jogo aberto, ousadia e vontade de vencer. Mas daí veio o intervalo e as equipes voltaram sem tesão algum para a segunda etapa. E, na boa, ficar reclamando do árbitro não é a nossa praia não. Péricles Bassols pode ser horroroso mesmo, mas botar a culpa no cara é praticamente tirar a responsabilidade dos jogadores pelo individualismo (Passa bola, Thomás! Toca, Adryan! Acorda, Ibson! Chuta, Love!) e pela ansiedade do treinador (Calma, Dorival!). Ou seja, não foi o juiz que nos fez deixar de ganhar dois pontinhos, mas sim a incompetência do time.


Entretanto, apesar do 0 x 0, o desempenho do Flamengo não me desagradou. Ok, deixamos de subir na tabela diante de um time minúsculo, porém, há de se destacar que temos hoje uma equipe estruturada e com um padrão tático definido. Há evolução, isso é óbvio. E temos que levar em consideração que as peças são as mesmas, e que o Dorival não pode fazer mágica. Se bem que o Welinton é praticamente um milagre, né não? Bom, mas não dá pra achar que o Flamengo vai ganhar todas as partidas. Assim como não posso crer que a bola vai sempre encontrar a trave.

Mesmo que ainda falte depenar a galinha mineira, o primeiro turno da competição já acabou. Há tempo para se alcançar o topo da tabela, pois ainda tem ponto pra caramba em disputa. Mas reforço: não acredito em milagres, só em mudança de postura. E isso já está acontecendo. Assim, título é quase impossível (os líderes mantém a regularidade e estão muito à frente), mas dá até pra acreditar numa vaguinha rumo a Libertadores. Todavia, mordiscar um lugar na Sulamericana não é de todo mal. Afinal, isso já é lucro para quem estava objetivando fugir da zona da degola...

Bruno Cazonatti

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

FLAMENGÔMETRO nº 140




FLAMENGÔMETRO nº 140
O SEGUNDO IMPÉRIO?
Cada vez mais gosto do trabalho do Dorival Junior. O time ganha aos poucos um padrão tático, mas a principal melhora ainda é defensiva. Em termos de ataque, continuamos lentos na condução da bola, e com um desperdício alto demais de boas oportunidades. De qualquer maneira, a melhoria é evidente. Sobre a volta do Imperador, acho que a vantagem do atual momento é que ele não chega como salvador da pátria e nem para ser a estrela da companhia. Nas atuais condições, será uma opção de segundo tempo e terá bastante tempo para voltar à forma - desde que assim o queira. Após a vitória sobre o Vasco, é chegada a hora de continuarmos na curva ascendente e enfrentar o Botafogo, um time que alterna subidas e descidas neste campeonato até o momento liderado pelo surpreendente Atlético Mineiro. A sensação é que estreamos no campeonato domingo passado, visto que este ano o Flamengo raramente teve "cara de Flamengo". Hora de brigar por mais três pontos e continuar melhorando.

Vale mesmo o quanto pesa?

Adriano voltou. O Imperador, que hoje mais se parece com um Rei da espécie Momo, retornou ao Flamengo para alegria de alguns e apreensão de outros tantos. Um jogador que caminha naquela linha tênue entre o amor e o ódio, que parece sempre precisar de novas chances e oportunidades para provar se realmente vale o quanto pesa, independente de quantas calorias pese em cima de uma balança.

Há de se analisar bem o sentimento por Adriano. Mesmo com toda desconfiança, no fundo da cabeça existe aquela vozinha que faz o papel de consciência, pedindo calma porque o histórico do atleta é algo que deva ser respeitado e levado em consideração. Putz, mas não é este mesmo histórico que nos remete ao Baile da Chatuba, Mulher Fruta amarrada em árvore, abandono e pezinho queimado em moto lâmpada? 

Tem também o lance da memória curta, do imediatismo e a passionalidade da Nação. Imagine para a molecada nova, os rubro-negros mais garotos que não viram craques virarem ídolos do clube e tinham que se contentar com Souzas e Obinas como referência. Pois é, para os que não viram in loco Zico e Cia, Romário e etc, acredito que Adriano seja "o cara" para essa nova geração. E é mesmo, claro. Pois é óbvio que o Impera arrebentou em 2009, esculachou a arcoirizada e nos ajudou a ganhar novamente um Brasileiro. Ora, mas não foi este mesmo cara que abandonou o Flamengo no ano seguinte, quando retornou para Itália (mas ele não estava infeliz por lá?) e abriu mão, não somente do Tetra Estadual, mas daquela Libertadores mamão com açúcar? Pois é...

Quem é esse Imperador que, novamente, volta ao Ninho? O Didico queridão que carrega o nosso Flamengo no coração, ou o AAdriano que faz tratamento psicológico na Vila Cruzeiro e no Barra Music, usando a Gávea apenas na hora do recreio? Será um cara que chega para aproveitar essa nova chance de mostrar o seu valor, ou a estrela cheia de regalias e condescendência pra chegar atrasado em treino, faltar e tumultuar o ambiente que, enfim, parece mais calmo?

Eu também não sei. Já fui muito contra, mas repensei e tive a crença de que ele voltaria a ser aquele tanque que atropelou os zagueiros no caminho do Hexa. Hoje fico realmente ao lado do tempo, esperando e torcendo muito por dias melhores. Tanto para ele, quanto para o nosso Mengão.

Bruno Cazonatti
@cazonatti

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

21 de agosto - Um dia especial

O 21 de agosto de 2012 comemorou 8 anos do meu segundo encontro com a Mari, minha esposa. E me lembro, como se fosse hoje, de ter dito pra ela um "você vai ser minha namorada", e ela rir. 

Deu no que deu. Alice tem 3 anos e 5 meses, pesa 5 e noventa e quilos (ela fala exatamente assim), e estamos juntos, batalhando todo dia por um amanhã melhor.

No mesmo 21 de agosto de 2012, a Nação ouviu, leu e viu a volta de Adriano ao Flamengo. Muito estão comemorando, muitos sendo reticentes, e sim, why not, tem uma turma do contra.

Repetirei o que disse numa lista de discussão do Mais Querido: "Se ele vier e fizer gols, não nos surpreenderá. Se vier e fizer um monte de merda, idem." Nossa fé nele diminuiu, não pelo futebol, mas pela falta de compromisso nem tanto com o Flamengo, mas com ele mesmo.

Torço de coração pra que ele nos seja útil. Mesmo com os informes dele estar acima do peso e mancando. Não foram 3 nem 4 que me disseram isso. Mas não vou entrar nesse mérito. É pontual que temos que torcer pro cara se recuperar bem, ser um que agregue, e acima de tudo que queira jogar futebol em alto nível.  A camisa 10 precisa de alguém, e bola ele tem pra ser o cara. 

Não posso nem vou pedir pra ninguém acreditar, pois eu tenho minhas dúvidas. Mas precisamos apoiar. Urge sermos rubro-negros na essência, e mantermos o sapatinho máximo da humildade (Mulhemberg, Arthur, 2000 e sempre in Urublog) para alcançarmos nossos objetivos.

Tenham fé. Tenhamos fé. Ainda temos 63 pontos para disputar. Acreditar é preciso.

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Hoje, 22 de agosto, é meu aniversário. Quem quiser me dar um presente de responsa, daqueles que só os bem vestidos sabem escolher, pode clicar aqui e escolher uma das peças da moda casual do Flamengo, lançada ontem pela Olympikus. Não ficarei nem um pouquinho zangado. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Calúnia do Rúbio Negrão

Diário de viagem, quinta-feira, 16 de agosto de 2012.

Ainda tô no Tahiti, mas é Flórida! Quando pobre arruma uma lua de mel com o treinador do seu time de coração, é prenúncio de desastre natural!

Daí que choveu brabo por aqui. A tempestade tropical Ibson estragou a caminhada promissora que eu e o Dô (já estamos com uma certa intimidade) faríamos rumo ao topo do Monte Orohena, o qual carinhosamente apelidamos “Tabela do Brão”. Palmeiras desabaram sobre nós, mas, felizmente, escapamos ilesos para a próxima batalha.

Ocorreu que ontem pela manhã, o empresário do Dô telefonou lá do continente, muito interessado num aborígene que atende por Fernandinho. Queria porque queria mostrá-lo ao mundo, como se o jovem promissor fosse um souvenir taitiano pronto para fazer furor na Europa.

Pois é. Deu no que deu, e agora temo que a nossa linda lua de mel esteja chegando ao fim, porque o Dô precisa retornar ao trabalho, ao mundo real, ao tempo integral.

Diário de viagem, domingo, 19 de agosto de 2012.

Ainda chateado, porém confiante na seriedade do Dô. Voltaremos para o Brasil amanhã à tarde. Aproveitamos a manhã nublada para fazer as malas, e roubar tudo o que não estava aparafusado na nossa suíte.

No começo da tarde, recebemos a boa notícia do retorno de Cáceres, o paraguaio falsificado, que vem se revelando um legítimo puro-sangue. Naquele momento, tivemos a certeza de que não levaríamos gol contra o Vasco, e que o temível “Ué” não voltaria a assolar a terra, pelo menos a terra do nosso lado do campo.

No fim do jogo, comemoramos bastante os 3 pontos com uma garrafa de cerveja local de baixíssima carbonatação, sabor encorpado e morna. A alegria só não foi completa porque o exame de urina do Dô sumiu.

Diário de viagem, segunda-feira, 20 de agosto de 2012.

Boas novas! Decidimos prolongar a nossa lua de mel por mais alguns dias! O Dô pensou muito, e concluiu que seria melancólico deixar a ilha justamente quando os nativos estão exultantes graças à Emperor Fest, que acontece várias vezes por ano (não tem data fixa). Toda a nação fica em polvorosa e, tomada pela nostalgia, recorda as antigas glórias do Empire of Love, antegozando futuros improváveis êxitos.

Curiosos que somos, buscamos mais informações na internet, e descobrimos que o tal Imperador está completamente curado, apesar de não ter sido especificado exatamente do quê. 

Mas é claro que fiquei muito feliz, até porque após meu conturbado divórcio litigioso do Joel Santana, eu bem que estava merecendo uma pouco de alegria e tranquilidade. O Tahiti é um verdadeiro paraíso, e... EI! PERAÍ! AQUELE É O LÉO MOURA ENTRANDO NO HOTEL? 


Duplex Toc Zen

1 - Parece que o Ibson esqueceu o seu futebol no Santos: O problema é que o Flamengo já ligou pra lá, mas não tão encontrando.

2 - Léo Moura e Ibson cavaram suas expulsões por um motivo nobre: Suprir a ausência do Ronaldinho no time, tentando ser aquele  um a menos.

3 - Aliás, nunca foi Ronaldinho e mais dez: Eram “Dez menos Ronaldinho.

4 - Ingrata surpresa: Palavra que quando eu soube que o Cáceres iria servir à Seleção paraguaia pensei que tinha sido convocado pelo Mano.

5 - Nossos dois Welintons: Um ex-trocador, e outro ex-entregador.

6 - Habemus treineirus: Nada como um DJ pra ditar o ritmo da galera.

7 - Trocadilho infame do século: Antes, era “Do rival”. Agora passou a ser nosso. #OPiorQueJáFizEver

8 - Pela minha vasta experiência em futebol, cravo seco: O único time que não tem a menor chance de conquistar o Brasileirão 2012 é o Atlético-MG.

9 - O Fluminense está com sorte de campeão: E não é sortinha de jogo de futebol, não. É de campeão de jogo de dados!

2º - Como o Vasco considera a disputa com o Flamengo um Brasileirão à parte...: Vice de novo!

11 - É o Vascão descendo a colina: Digo, ladeira.

12 - “Adriano promete vida nova e compromisso profissional com ele próprio e o Flamengo”: Não, não estou postando notícia velha. Ele disse isso ontem.

13 - Tô meio pessimista quanto à volta do Adriano, porque pra dar certo não depende mais de milagre: Depende só dele.

14 - Venda casada: Espero que o Flamengo tenha comprado o “Pacote Adriano” sem os opcionais.

15 - O Imperador voltou?: Brindemos a isso!


16 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao):

"Taxista devolve R$ 20 mil que médico deixou." Depois a gente fica surpreso quando médico esquece bisturi dentro da barriga do paciente...

"Casal que não se vê há 15 anos tem filho." Ah, só se forem cegos!

Adriano está a um passo de fechar com o Flamengo. Só tem que ver quando ele vai conseguir andar de novo para poder dá-lo.

#SerPobreÉ trabalhar mesmo sabendo que a grana não vai dar.

Contra o Palmeiras, o Ibson provou pro Dorival que quando não ele joga, o time cai muito de produção.

O Valdívia só colocou a camisa depois do jogo porque era do Léo Moura. Se fosse outra toda suada, não colocaria nem a pau!

"O empate com o Coritiba tirou do Vasco a chance de voltar a ser vice-líder do Campeonato." Calma que até o fim do ano eles chegam lá.

"Sou muito mais feliz sendo Andy Botwin, alma despreocupada, pegando todos os restos que a vida tem a oferecer." - Andy Botwin (Weeds)

"Passes de Dedé, Nilton, Fellipe Bastos e Éder Luís são penhorados." Hoje a vantagem é do Mengão, porque os jogadores do Vasco tão no prego.

Hoje o Flamengo jogará com meio time pendurado pelos cartões amarelos, e o Vasco com meio time pendurado pelo Romário.

Meu Flamengo x Vasco inesquecível é aquele em que eles foram vices... Aquele, em... Ahn... No Maracanã... Foi em... Aquele...

O Dorival é tão bom que até o R49 tá jogando bem no Atlético-MG!

Só digo isto: Uékembauer.

"Consulta de Adriano com Dr. Runco já dura 40 minutos." Pô, isso é uma consulta ou uma lipo?

O gol que o Léo Moura perdeu, até o Deivid teria feito.

E nada mais faço. E menos ainda no Tahiti.

Alfarrábios do Melo


Saudações flamengas a todos.

Essa semana, deixo mais um texto da série que desmistifica algumas das mais populares falácias disseminadas pelos iridescentes ensandecidos. Agora, algumas passagens de alguns dos nossos títulos brasileiros. Há link para vídeos nas partes em negrito. Boa leitura.

CAÇANDO MITOS - PARTE 2

CAMPEONATO BRASILEIRO 1982

MITO 1
O Flamengo foi, como de costume, ajudado pela arbitragem na Final de 1982 (1-0 no Grêmio). Teve um lance que o Andrade tirou uma bola de dentro do gol com a mão. Um escândalo.

O FATO
Primeiro, é bom contextualizar. O Flamengo, campeão do mundo, era o franco favorito para conquistar aquele que foi, pelo nível, talvez o melhor campeonato brasileiro de todos os tempos. E justificou plenamente seu favoritismo. Passou por cima de TODOS, eu disse TODOS os principais times brasileiros da época. Morumbi, Beira-Rio, Olímpico, Brinco de Ouro, todos viram e bateram palmas pra máquina de jogar bola orquestrada por Zico. O Galinho, aliás, foi o goleador, o craque e o destaque da competição.

Isto posto, vamos à análise da lenda. O Flamengo vencia o Grêmio por 1-0 no jogo-extra. Início do segundo tempo, escanteio pros gaúchos. Tonho cobra, Newmar escora de cabeça, Raul divide com Paulo Isidoro, a bola sobe e depois começa um batebufo no caterefofo histórico, todo mundo se empurrando, metendo mão, pé e cara na bola. Quando parecia que jogadores, bola, juiz e tudo o mais iria parar dentro do gol, uma mão aparece, dá um tapinha salvador e tira a bola da confusão. Zico dá uma bicuda e acaba com a zona.

Os gremistas juram que a bola entrou, influenciados por uma narração precipitada de Luciano do Valle e pelas “análises” do paulista Juarez Soares e do botafoguense Márcio Guedes. O FATO é que, apenas com as imagens da TV, não adianta argumentar, porque as imagens não são conclusivas e permitem interpretações tendenciosas. O que não é o caso DESTA FOTO:


Percebe-se nitidamente (clique para ampliar) o braço esticado de Raul e a mão do goleiro tirando a bola. Andrade (que involuntariamente andou acendendo a polêmica, dizendo que “não se lembrava” do lance) está com os braços junto ao corpo.

Ah, e bola dentro do gol? É só pegar o vídeo, pausar no momento do tapinha e olhar os pés dos jogadores. Tem um do Flamengo dentro do gol, mas ele não participa do lance. Todos os outros estão em cima da linha. Então, não há como falar em bola dentro do gol. Torcida, falácia, mimimi.

O Flamengo foi o campeão brasileiro aquele ano, aliás esse título o tornou defensor de TODOS os títulos em disputa no planeta. NENHUM time repetiu esse feito até hoje.
Concluindo, essa é a derrota mais chorada e a mais lamentada da história do Grêmio, cuja torcida se orgulhava de seu time “macho” que não arregava pra ninguém. O Flamengo foi lá e meteu-lhes diante de seus próprios olhos. Nunca se esquecem, sempre recordam com melancolia essa doída derrota. O árbitro portou-se corretamente e não influiu no jogo. Vamos ao próximo lance, ainda desse campeonato.

MITO 2
Nas Oitavas de Final, o Flamengo perdeu para o Sport em Recife por 2-1. O árbitro anulou escandalosamente o gol que classificaria o time pernambucano. Foi a maior garfada da história, sempre contra os pobres, fracos e indefesos nordestinos.

O FATO
Não quero gastar muita linha com esse caso, por conta da inexpressividade do adversário.

Um regulamento estapafúrdio deu ao Sport a vantagem de decidir em casa o matamata contra o Flamengo, que tinha a melhor campanha da competição (só era contado o desempenho na fase anterior). No jogo de ida, o Flamengo venceu o adversário e a fortíssima chuva, abrindo 2-0, uma vantagem razoável para defender em Recife.

Mas na capital pernambucana o Flamengo não jogou bem, e acabou falhando muito na defesa. Levou 2-1, mas conseguiu administrar a “vantagem” sem maiores riscos. Tudo dentro do esperado, sem maior relevância histórica.

Entretanto, outro dia uma reportagem de uma TV pernambucana resolveu ressuscitar a partida falando em "garfada, roubo", entre outros verbetes onanísticos típicos.
 
É que, em um dado momento, um pernambucano recebe na frente e toca na saída de Raul, que espalma. O ponta Edson vai buscar a sobra, mas o jogo já está parado (perceba-se a movimentação de Leandro). Edson dá sequência mesmo assim, e a bola vai parar dentro do gol. Rádios e tevês indicam que o auxiliar marcou saída de bola, algo realmente absurdo pelas imagens.

Mas, antes que se invoque a memória de Frei Caneca, Felipe Camarão, dos praieiros ou de Lampião, é bom tomar conhecimento de um pequeno fato, “estranhamente” omitido na reportagem: O FLAMENGO TAMBÉM TEVE UM GOL MAL ANULADO, um impedimento mal marcado de Leandro, como se pode ver fartamente divulgado em jornais e revistas da época (fotos ao lado, clicar para ampliar).
 
Além disso, falta mencionar que os refletores da Ilha do Retiro foram parcialmente apagados no segundo tempo, recurso costumeiro em campeonatos varzeanos ou centros menores, onde se pratica um futebol menos qualificado. Ironicamente, o artifício pode ter prejudicado a visão do auxiliar justamente no lance tão choramingado pelos nordestinos.
 
Concluindo, o árbitro não estava em seus melhores dias, pelos relatos da imprensa na época. Contudo, sempre que uma equipe de um centro menor aparece com algum soluço de expressividade, e é remetida de volta ao seu lugar, sobrevêm essa cantilena de “pobrezinho”, de “pernambucaninho contra esse mundo mau”, de conspiração, piuí, buá. Ainda mais quando é o Flamengo, o time da mídia, do papa, do Frank Sinatra, da Madonna, do Obama...

Agora, cuidado, torcedor flamengo. Cuidado com a carteira. O Sport pode querer roubar 1982 também na “mão grande”.

Vamos ao próximo e último caso de hoje.

CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1992

O MITO
O Flamengo subornou alguns jogadores do Botafogo na Final de 1992. O resultado estranho do primeiro jogo e o churrasco do Renato Gaúcho após a partida provam isso.

O FATO
1992 foi um campeonato bonito, o Flamengo mostrou uma superação típica, e com um time limitado, contestado e aguerrido conseguiu ganhar dos favoritos Vasco, São Paulo e Botafogo, cravando um penta sob o comando do Maestro Júnior, o craque da competição.
 
Evidentemente, o torcedor botafoguense, fiel ao seu papel de derrotado, andou falando coisa feia depois da decisão. Dá pra imaginar a cena, a frase dita como um murmúrio, o choro contido com dificuldade.
Gaúcho e Renato eram amigos. Fizeram uma aposta, quem perdeu pagou um churrasco pro outro. Pegou mal o tom descontraído da coisa, torcedor tinha razão em se chatear (se o Flamengo perdesse, o Gaúcho não seria perdoado também), Renato (que era o melhor jogador do rival) foi afastado. Daí a dizer que houve algo além disso é exercitar visões lisérgicas do mundo.

Aquele time do Botafogo jogava um futebol bonitinho, como sempre superlativizado por uma imprensa sempre receptiva (até pelo número de cronistas simpáticos à causa). Mas que pipocava nos momentos decisivos. E desenvolveu uma particular freguesia diante do Flamengo de Carlinhos. Em um período de um ano, Flamengo e Botafogo se enfrentaram seis vezes, com três vitórias flamengas e três empates. O Flamengo, além do Brasileiro, tirou-lhes dos dois turnos do Estadual do ano anterior.

Suborno? Essa hipótese fantasiosa só encontra eco em alguns becos mais escuros. Até porque o Flamengo já começava a viver sérios problemas financeiros (houve ameaça de crise por causa de atrasos salariais às portas da decisão) e não tinha como subornar ninguém. Ainda mais um adversário com forte histórico recente de freguesia.

E, convenhamos, para enfrentar Vivinho, Odemílson, Pingo e Chicão Orelhão precisava de mala preta?

(continua)

domingo, 19 de agosto de 2012

Unidos, complicamos


    Créditos: Maurício Val (VIPCOMM)

Há jogos e jogos. Os baluartes da gatomestragem rubro-negra se acostumaram a identificar, nos primeiros minutos dos jogos, o que acontecerá até o apito final do juiz.

A foto ilustra o que precisamos pra aporrinhar a paciência alheia. Com um grupo fechado, e com um treinador afim de trabalhar, podemos atrapalhar muitos planos de muitos times. Como bem disse o @AlexandreLalas, falta um meia pra acertar o passe final. Se acharmos esse cara, complicaremos de vez pra todo mundo.

Não vou cornetar nem elogiar. O Flamengo hoje foi Flamengo. Como deve ser sempre. E gostei muito do presente antecipado de aniversário (é, faço 44 dia 22 de agosto).

Unidos somos fodásticos. E se for no sapato zero, somos melhores ainda.

Tenham fé. O campeonato começou de vez.

Sem mais.

p.s: Lugar de bandido é na cadeia. Que as autoridades enfiem os assassinos do torcedor numa cadeia sem saída. Lugar de torcedor é nos estádios. E, ultimamente, tem sido em casa. Isso tem que parar de uma vez por todas, e o clube tem que se posicionar. Somos TODOS torcedores, e se o clube nos quer dentro dos estádios, torcendo, que ajude a tirar das arquibancadas esses marginais que se acham dono do Flamengo.

Flamengo Net

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