COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André MonneratLuxemburgo diz que problema nas bolas paradas "não é só do Flamengo". Será?
Espero que o discurso não corresponda ao que o treinador realmente pensa do desempenho de sua defesa nos chuveirinhos adversários.
Oportunamente, o blog Esquemas Táticos publicou uma estatística mostrando como acontecem os gols neste Campeonato Brasileiro. Em seu levantamento, que pega todos os gols das seis primeiras rodadas, 9,62% dos gols saem de "faltas indiretas"; se somarmos com escanteios, sobe para 23%. Enquanto isso, no Flamengo, 37,5% dos gols foram sofridos depois de cruzamentos em cobranças de falta. O percentual pode subir para 50% se colocarmos na conta o gol que o Bahia marcou a partir de um lateral cobrado direto pra área.
São números que mostram que não, o comportamento da defesa do Flamengo neste tipo de jogada não está na média. E estou me limitando aos números do Campeonato Brasileiro, mas poderíamos ainda lembrar de outros momentos importantes da temporada - como a eliminação da Copa do Brasil graças a dois gols sofridos desta forma em Fortaleza.
Não posso acreditar que Luxemburgo realmente acredita no que fala. Deve ter dado estas declarações apenas para tentar não dar força ao tema e tirar um pouco da pressão de seus jogadores. No dia-a-dia, vai trabalhar intensivamente para resolver o problema.
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Se tem tantos problemas atrás toda vez que o adversário cobra uma falta pra dentro de sua área, o Flamengo está longe de causar a mesma preocupação para seus adversários: nenhum de seus gols na competição saiu desta maneira.
- ANDRÉ MONNERAT escreve também no SobreFlamengo (www.sobreflamengo.com.br e twitter.com/sobreflamengo)
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