quinta-feira, 16 de junho de 2011

SEM GLÓRIA

Difícil entender o embasamento que está por trás de uma decisão que define um campeão não a partir de uma trajetória de vitórias e conquistas grandiosas, em estádios sempre cheios e contra adversários de potencial equivalente, e sim de artimanhas, subterfúgios, pegadinhas e meias verdades.

Porque um título em uma competição tem seu valor pela jornada, por um conjunto de conquistas ao longo do tempo, não é um objetivo em si próprio.
Uma conquista é um processo e não um bem ou uma propriedade. Por essa razão, quando uma autoridade decreta que um campeão é aquele que não participou do processo, que não obteve as vitórias em campo, não bateu os principais adversários, não esteve sob os holofotes da mídia e não se apresentou às principais platéias do país, que valor isso tem?
Fica claro que se trata de bairrismo, de uma ação entre amigos, buscando ter o título a qualquer custo, apenas pelo prazer de se auto-proclamar campeão. Não há glória, não houve conquista.

Mais: a manutenção desse título, mesmo sem o mérito, ao lado da definição de que também é campeão aquele que fez por merecer o título, em que contraria a pretensão desse grupo que se considera ungido, como um Messias do sertão? Fica clara a farsa, é apenas uma vingança contra a magnitude e o brilho do adversário, que ousa ser o preferido também nos seus próprios quintais.

O Flamengo tem o registro público e o reconhecimento de todos aqueles que não se deixam levar pelo oportunismo e pela paixão cega, mas que se movem pela razão e pela racionalidade. Esses reconhecem as vitórias e, principalmente, a conquista do mais querido. Nosso oponente, que nem adversário chega a ser, ainda tem o título, decretado por um torcedor ou conterrâneo, que usou o regionalismo mais rasteiro para proclamar um resultado vazio. Não há glória ou honra na decisão nem em sua conseqüência.

Flamengo Net

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