quinta-feira, 9 de junho de 2011

REIS, RAINHAS E DILÚVIOS


Ando muito cansado de políticos e políticas omissos(as) desfilando sua incompetência por todos os principais cantos da nação. A política me interessa muito, mas nunca quando ela se torna um fim em si mesma, relegando o bem comum a posição secundária. Isso vale para tudo, ou quase tudo. Neste dias inacreditáveis, esse cansaço vem aumentando exponencialmente. E me deixando muito, muito pessimista. Tenho maus pressentimentos com relação ao futuro, vejo cada vez mais pessoas erradas nas posições necessárias para atingirmos os objetivos mais fundamentais e o lugar em que merecemos estar. Claro que há exceções, mas são cada vez mais raras e esparsas. Cada vez mais me convenço de que as motivações e idéias de quem nos lidera nada têm a ver com esses objetivos e essa posição destacada que almejamos. A tolerância com relação ao mal-feito, à incompetência e à inação vão se tornando lugar-comum. Há sinais, aqui e ali, de que não se trata apenas de falta de preparo. Talvez, mesmo, estejam é preparados(as) demais.
O mais desesperador é que quem deveria estar vigiando e se opondo, quem deveria exercer o contra-ponto e o contraditório, se apequena, se cala e quem cala, consente.
Temos um ambiente propício aos aventureiros e franco-atiradores. Ao salve-se-quem-puder. Coisa de fim-de-feira. Uma grande pena, porque o potencial é muito grande, o céu é o limite e só depende de gente séria e bem-intencionada.
Todos os projetos parecem ser apenas para fins pessoais ou do grupo que comanda. Não importa o que vai acontecer a médio e longo prazos, só o que interessa é o aqui e o agora. Trata-se de um projeto de poder pelo poder, com todos os benefícios adjuntos que este possa proporcionar. Faz-se uma ação de impacto aqui e outra acolá, muito de vez em quando, e a grande maioria cai nesse conto do vigário e vai relevando, vai aceitando, vai deixando a vida lhe levar.
Onde vamos chegar? O que será da nação? Considerando esses delírios atuais de cunho imperial, vale lembrar a frase atribuída a Luiz XV: “Aprés moi, lê déluge”.
Precisamos fazer nossa Revolução Francesa.

Flamengo Net

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