sábado, 12 de março de 2011





FLAMENGÔMETRO nº 40

IMPÉRIO OU REPÚBLICA

Confesso que em relação ao tema Adriano eu concordo paradoxalmente com ambas as posições que estão nos dividindo em "Republicanos" e "Monarquistas". Concordo que Adriano é um supercraque, de pele e raízes rubro-negras, e que está morrendo de vontade de virar passageiro do "bonde". Mas também concordo que infelizmente ele traz consigo uma penca de problemas, e não me refiro à sua vida particular, à qual não me diz respeito, mas sim em sua irresponsabilidade em impedir que os problemas pessoais invadam a sua vida esportiva. Já no final do Brasileiro de 2009, veio aquela história esquisita de pisão em lâmpada, e uma contusão iô-iô que ia e vinha. O Ronaldinho é muito mais craque e não falta, não chega atrasado, não fica agarrado a desculpas pra levar a vida na flauta. Minha preocupação com a volta de Adriano não é tanto o cara em si, mas sim a competência dos atuais diretores em administrar os problemas que poderão acontecer. Se tivéssemos um Domingos Bosco, sem problema, mas com Capitães e patota, eu me reservo ao direito de ter medo. E poramordedeus, alguém tem que colocar juízo na cabeça do Adriano, porque o maior prejudicado pelos problemas é ele mesmo. Luxemburgo não o quer, e é um direito do técnico pensar assim, mas agora que o fantasma imperial vai ficar assombrando a Gávea, sabemos que bastará algum tropeço, pras cornetas começarem a soar com mais força.
Deixando o extracampo de lado, voltemos ao "intracampo". É um incômodo pensar que um time com tantos craques esteja sofrendo tanto para vencer adversários risíveis; desde que o Ronaldinho estreou, o Flamengo venceu todos seus jogos no Estadual por apenas um gol de diferença; quando conseguimos abrir vantagens mais folgadas, os senhores Wellinton e Jean cuidam de manter nossa taquicardia alta. Espero que o entrosamento ajude o time a encontrar os atalhos para o gol, mas acho que Luxa ainda não descobriu uma formação definitiva. O time só melhora quando as substituições são feitas. A formação com muitos meias habilidosos deslocados para o ataque dificulta a escalação de centroavantes fixos, porque nos faltam segundos volantes mais seguros para compensar a opção ofensiva. Com TN7 e R10 juntos, só resta a alternativa de colocar um no ataque, o que deixa apenas uma vaga para usarmos um centroavante fixo (Wanderley, Diego Maurício ou Deivid), ou um atacante mais veloz para explorar as pontas (Negueba ou Vander). Estamos com um excesso de jogadores na frente, mas os problemas na retaguarda continuam ( a inexperiência da zaga, a falta de um lateral-esquerdo e a pouca visão de jogos dos volantes). Não estou sugerindo que o Flamengo venda vinte de uma vez só, até porque precisamos de um elenco robusto para disputar a Copa do Brasil, cujas datas vão intercalar com o final do Carioca e o início do Brasileiro.
E deixo aqui uma dúvida que me atormenta: Por que o Renato "Atômico" não consegue acertar um único chute que não seja em cobrança de falta????
Enquanto isso, a matemática do Flamengômetro segue impressionante, por três partidas seguidas estamos no patamar de 95%: melhor que isso só chegando a 100% (o que significaria 11 vitórias em 11 jogos). Temos agora mais um clássico pela frente, e nosso nível de exigência aumenta. Antes de pensar em Adriano, temos que pensar no que temos agora.

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