O mundo do futebol e da política vive de coincidências. Das perturbadoras até as descaradas.
Pergunte a qualquer candidato a governador ou presidente da última eleição se ele foi financiado por alguma empreiteira. Vai ser difícil achar algum herói que dê uma resposta diferente. Construtoras contribuem com todas as vertentes e coligações possíveis e, certamente, não é por ecletismo ideológico. Contam com esse apoio para conseguirem novos contratos e sustentarem seu negócio.
Não tenham dúvidas de que há mesmo investidores interessados em bancar esse estádio. Nenhum deles por amor ao Flamengo, mas por ambição mesmo. E quando acabarem, isso aí será da instituição. Seu estádio, sua casa e seu karma. Seja lá como for.
O Flamengo precisa de um estádio seu. O Maracanã é sustentado pelo clube e usado por grupos políticos como máquina eleitoral há décadas - em 16 anos já elegeu um deputado e um prefeito - e o clube colabora com isso enquanto não mostrar firmeza em adquirir sua casa. Mas para ter uma, o Flamengo tem que pensar em mais do que simplesmente arquibancadas.
Ou alguém imagina o "Caxiazão" recebendo shows internacionais e amistosos da seleção?
Desse jeito, é melhor esperar o Maracanã mesmo. Por coincidência ou não, aposto que ele reabre antes desse estádio ganhar nome. Vai saber.
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