COLUNA DE SEGUNDA-FEIRAHermínio Correa
O difícil momento Rubro Negro
Olá pessoal, Saudações Rubro Negras!
Não há dúvidas do grave cenário em que vive o Flamengo, dentro e fora dos gramados.
Quando a maior torcida do mundo vê seu ídolo máximo apresentar uma carta aberta em um site, no meio da madrugada, dizendo que “morreu no meu coração esse Flamengo de hoje” é sinal de que o caos está próximo.
E na triste manhã da última sexta feira, ele se instalou.
Verdade é que esse caos já vem sendo anunciado – arrisco a dizer - há anos. O problema maior é que essas observações estavam muito mais visíveis para aqueles que vivenciam o dia a dia do clube – sócios, imprensa, funcionários - do que para sua torcida.
Talvez por isso poucos tenham entendido a importância, o efeito quase messiânico, que o retorno de Zico representou quatro meses atrás. Como já foi precisamente explanado por muito aqui neste blog (Alex, Monnerat, Lalas, Dantas) tratava-se de algo de grande importância para a vida estrutural do clube.
E assim, aos poucos, o que antes era mais evidente aos poucos sócios do clube, fica exposto de maneira crua a milhões de estarrecidos Flamenguistas: A crise institucional do Flamengo é da magnitude de sua torcida.
Infelizmente, nesses anos de torcedor, vi o Flamengo maltratar muitos de seus ídolos. Nem é preciso ir muito longe para relembrar os fatos. Mas é difícil imaginar que sua estrutura política pudesse impor ao Zico uma única opção, senão a de abandonar suas idéias, seus planos de um Flamengo melhor.
Abro aqui um pequeno parágrafo dizendo que, enquanto homem forte do futebol, Zico cometeu seus equívocos. O simples fato de ser Zico não lhe subtraiu o risco de errar. Errou o que, e como, qualquer outro dirigente já errou na história do futebol.
Por outro lado, embora o Flamengo seja grande desde sempre, existe um divisor de águas em nossa historia: Antes e depois de Zico. E aos seus pés devemos o prazer de ter conquistado o Brasil e o mundo.
Algo que Hélios, Leonardos, Patrícias, não alcançaram. Nenhum destes, nunca, contribuiu para a história do Flamengo como Artur.
Não preciso enumerar fatos, opiniões. Desde sexta elas estão aí, expostas, seja aqui no próprio FlamengoNet ou no texto apresentado no blog da Frente Libertação Ampla Rubro-Negra ou ainda no texto no blog do PVC. Cabe ao torcedor Rubro Negro usar seu censo crítico, seu discernimento e repensar o que precisamos fazer para conter a sangria da qual o Flamengo se encontra refém há tantos anos.
Dentro de campo...
Outro expoente dessa crise é o Flamengo das quatro linhas.
Contra o Botafogo criou-se muitas oportunidades, principalmente no primeiro tempo. Mas infelizmente o aproveitamento vem sendo abaixo do esperado. Para piorar, saímos novamente atrás do placar e o que poderia ser uma vitória para dar um novo rumo se tornou em mais um mísero e preocupante empate.
O desempenho do segundo turno já é, em números, próximo ao de rebaixamento. Fruto de seguidos mal resultados e de ser uma das equipes com maior número de empates em todo o campeonato.
E o comando técnico está na iminência de ser novamente trocado.
Quarta, com ou sem mudanças no comando da equipe e mesmo com toda crise política, vamos a campo contra um adversário direto contra o rebaixamento.
Uma grande preocupação para quem vai preparar a equipe deverá ser com configuração tática do sistema defensivo, já que o Atlético Goianiense usa essencialmente de contra ataques como esquema de jogo. Permitir os espaços vazios entre o meio campo e a dupla de zaga pode dificultar as coisas para um Flamengo mais do que necessitado dos três pontos.
Ainda que o espírito e a auto estima Rubro Negra esteja novamente atingida por gente que se vê dona do Flamengo, sei que esse clube tem solução. E ela certamente passa por nós, que verdadeiramente amamos esse clube.
Um grande abraço, até segunda e Saudações Rubro Negras, sempre!
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