Empatamos um jogo no Olímpico em que poderíamos perfeitamente vencer se Victor, aquele goleiro que para o Dunga é pior que o Doni, não fizesse uma defesa indefensável. O resultado foi justo para um time cheio de jogadores fora de forma. De bônus, a presença de algumas jogadas ensaiadas.
Não dá para negar que o Flamengo de Silas evolui. O ataque marcou sete gols em três jogos, fato impensável na era Rogério. O problema é a velocidade dessa evolução. O técnico insiste em condicionar atletas que já deveriam ter chegado em forma ou pelo menos conseguir ter um mínimo de condicionamento no nono mês do ano.
É um erro semelhante ao do último técnico. Comandar o Flamengo em pleno campeonato Brasileiro como se estivéssemos em pré-temporada. A trágica decisão da Conmebol só tornou qualquer circunstância acima da libertadores mais inalcançável. Porém, é o atual campeão brasileiro e é indesculpável que o time insista com quem não vem dando certo.
Ainda a passos lentos, Silas tem afastado alguns desses jogadores. Parece ter barrado Jean de vez, Michael perdeu espaço e já vetou a entrada de Renato e Pet juntos. Mas ainda é pouco. Renato nunca foi quarto homem de meio de campo e está muito distante de um rendimento que sequer o coloque no banco. Ao mesmo tempo, o Flamengo é um time lento na saída de bola e que só tem Diogo como o responsável pelas jogadas individuais e arrancadas.
Silas tem um mês de cargo e é besteira pedir sua saída para qualquer junior da vida. Zico não vai demití-lo. Então ou apoiamos ou apoiamos. De troco, pedimos apenas que Silas seja mais flexível em suas escalações. Já encheu ver gente se arrastando com a torcida tentando empurrar.
|