quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Apesar de eu não ser nada pequetito, soy cumpridor. Isso quer dizer que cumpro todas as leis à risca, principalmente a minha favorita: a lei do menor esforço.
Assim, eis-me aqui novamente pegando carona na Calúnia da semana passada, e prosseguindo com o meu “Microdicionário Holístico Futebolístico”.
E antes que me perguntem, não, ainda não fui convidado a me candidatar à ABL. Mas isso não quer dizer quase nada, uma vez que aquelas múmias imortais não têm a nossa percepção de tempo. Podem levar anos pra se levantar das cadeiras e me dar um telefonema.
Quanto ao MHF, espero sinceramente que siga iluminando e esclarecendo aqueles poucos que ainda acreditam que o futebol nada mais é do que um esporte.
Boleiro: 1. aquele que dá bolo em treinos. 2. aquele que se mete em bolo com a mulherada. 3. aquele que come muito bolo e fica gordo feito um porco.
Chororô: indignação expressada por dirigentes, jogadores e torcedores que lhes confere um aspecto menos másculo que o da Angela Ro Ro.
Carta branca: é o que o jogador recebe do treinador para baixar o sarrafo.
Cartão amarelo: é o que o jogador recebe do juiz ao baixar o sarrafo.
Cartão vermelho: é o que o jogador recebe do juiz após dois cartões amarelos.
Bilhete azul: é o que o jogador recebe do clube após alguns cartões vermelhos.
Lista negra: é onde o jogador entra após o bilhete azul.
Arco-íris: é o torcedor sem time certo e sabido.
Gol-Contras: jogadores de linha ou de gol contrários à marcação de gols; aqueles que detestam ou evitam tentos. Ex.: Hoje, Val Baiano perdeu mais um caminhão de gols.
Finta de corpo: ocorre quando um oponente ilude o outro utilizando o corpo. Ex.: Maria da Silva Chuteira deu uma finta de corpo em Fulano, e receberá uma pensão alimentícia em torno de tantos e tantos reais.
Pegada: aquilo que certos jogadores encarregados da marcação fazem no adversário quando o juiz não está olhando.
Jogador presepeiro: atleta que passa o ano todo esperando pelo Natal só para poder se acabar no peru.
Jogador bom de grupo: aquele encarregado da organização de atividades comemorativas grupais mistas após os jogos.
Jogador individualista: aquele proibido pela esposa de participar das atividades comemorativas grupais mistas realizadas pelo jogador bom de grupo.
Jogador carregador de piano: diz-se de jogador de técnica apenas razoável, que não conseguirá a tão desejada independência financeira no futebol, mas que pelo menos já sabe no que vai trabalhar quando pendurar as chuteiras.
Jogador carniceiro: atleta que adora um churrasco. Ex.: Renato Gaúcho era um baita carniceiro.
Jogador cara de boomda: aquele que comemora gols, inclusive decisivos, com uma expressão facial de quem perdeu tudo o que tinha na última enchente. Um grande expoente da filosofia boomdeira é o argentino Román Riquelme, que tem em seu compatriota Walter Montillo o principal difusor da mesma em solo brasileiro.
Jogador polivalente: diz-se do boioleiro (mistura de “boleiro” com “boiola”) que joga nas duas, e até nas três, se realmente for valente.
Jogador mercenário: aquele que comeu o amor ao clube atrás do armário.
Jogador focado: aquele que passou a usar óculos só para poder ler as letrinhas miúdas dos contratos.
Jogador cheio de pernas: 1. qualquer um que possua mais do que as duas pernas regulamentares. Ex.: Serginho e Aloísio Chulapas. 2. m.q. Perna de pau.
Jogador de marcação: aquele marcado pela torcida como o culpado de tudo de ruim que acontece com o time, mesmo quando não joga. Ex.: Se perdemos do Grêmio hoje, a culpa será do Jaílton.
Jogador craque: diz-se de qualquer ex-atleta que não teve a oportunidade de ser um craque quando ainda atuava, e que, ao pendurar as chuteiras, tornou-se comentarista esportivo. Ex.: Os craques Marcelinho Carioca, Neto, Batista, Dario Maravilha e Caio.
Jogador de seleção: qualquer um que seja convocado para a seleção brasileira de futebol. (Qualquer um mesmo!) Ex.: Felipe Melo e Hulk são jogadores de seleção.
Treinador de seleção: qualquer um com discernimento suficiente para jamais convocar jogadores do naipe de Felipe Melo e Hulk.
Treinador em processo de fritura: diz-se de técnico churrasqueiro inveterado.
Jogador de esquema: aquele adaptável a qualquer esquema necessário à consecução de determinado resultado em uma partida de futebol: mala branca, mala preta, caixinha, etc. Ex.: Val Baiano é jogador de esquema.
Jogador limitado: aquele atleta que tem limitações visíveis. Ex.: Carlos Alberto Pintinho era um jogador limitado, mas Andrade matava a pau.
Jogador rodado: atleta que já rodou de vários clubes.
Jogador matador: quando se refere a jogador de linha, significa fazedor de gols contumaz. Quando se refere ao goleiro, o significado só pode ser literal.
Jogador veterano: 1. em time carioca, ex-atleta em atividade, e causador de micos. 2. em time paulista, baita jogador, e genial jogada marketing para captar recursos para o clube.
Time carioca: instituição desorganizada e falida, sempre a caminho da bancarrota.
Time paulista: exemplo de organização e planejamento, mesmo quando não é.
Dar de três dedos: quando um atleta quer revidar os apupos da torcida, mas teme ser punido pelo STJD caso mostre apenas o dedo médio, ele dá de três dedos, como na saudação dos escoteiros.
Tiro livre direto: quando o atleta executa desafeto mediante arma de fogo, e não vai preso.
Tiro livre indireto: quando o atleta ordena que um preposto execute o desafeto mediante arma de fogo, e continua sem ir preso.
Bola vadia: como? Com todas essas Marias chuteiras, travecos e pensionistas alimentícias profissionais, a bola é que é vadia?
Mesa-redonda: infomercial geralmente exibido nas noites de domingo.
Dar efeito na bola: quando o jogador exagera na dose e acaba enfrentando um day after dos diabos.
Na veia: quando o atleta prefere injetar a cheirar.
Time copeiro: cambada de alcoólatras.
Sub-23: campeonato paralelo inspirado pelo governo paralelo do Lula no mandato Collor, que reúne jogadores com menos de 23. Como é permitido utilizar dois atletas com mais de 23, Andrade e Serginho Chulapa já estão sendo sondados pelo Flamengo.
Xodó: jogador amado pela torcida, mas odiado pela bola.
Homem de referência: Zico, sempre, claro, porra.
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Rúbio Negrão
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