quarta-feira, 4 de agosto de 2010

De cara para a janela

Renato Abreu, esperança para o restante do Brasileiro
Estamos aí, a duas semanas do fechamento da janela internacional de transferências para o Brasil, período em que as especulações tomam conta do noticiário, mais até que as preocupações com a parte técnica e tática da nossa equipe. Pra quem me segue no Twitter, sempre digo que temos um elenco na média dos 20 clubes que disputam a competição - o que de certa forma, é ruim, já que demonstra  a fragilidade do "mais emocionante campeonato nacional do mundo".

O elenco atual me parece bem frágil comparado ao do ano passado, mas não custa lembrar que, quando as contratações de Álvaro e Maldonado foram feitas, também neste período, foram dadas como arriscadas - Maldonado vinha de lesão, Álvaro estava encostado no Inter - e o time acabou campeão por conta da estupenda arrancada final (e pela incompetência dos adversários diretos, mas isso não é problema nosso).

Eu costumo ser um cara mais cético que a maioria dos amigos rubro-negros que tenho. Não vou ficar aqui me iludindo, achando que com esse elenco, nossas chances de conquistar o título nacional são estupendas, porque elas realmente não são. Para que isso acontecesse, precisaríamos de uns quatro ou cinco bons reforços (um zagueiro pra ser titular, um meia pra ser titular  e um meia pra ser opção e dois atacantes pra serem titulares), o que provavelmente não vai acontecer, nem antes da janela ser fechada, nem com contratações nacionais.

Por outro lado, penso que o momento não é de desespero. Sei que todo mundo aqui queria ter um time com um ataque minimamente competente no seu ofício básico, fazer gols. Mas temos que incentivar os caras que estão lá correndo com o manto. Não adianta a torcida vaiar com 10 minutos de jogo, ou deixar de apoiar. Nossa função é torcer.

Quanto ao Rogério, eu já desisti de reclamar. Outro dia, li um artigo que mostrou um outro ângulo da questão. E acabei concordando com alguns pontos: 
  • Vai adiantar mandar o Rogério embora e trazer outro treinador pra dirigir o mesmo time que está aí? 
  • Qual treinador vai fazer a "mágica" de apresentar a bola a Cristian Borja e Val Baiano? 
  • É mais vantagem investir um dinheirão num treinador (e sua comissão técnica mais-que-cara) ou usar o que se pagaria por mês pra pagar dois ou três bons reforços?
A gente precisa lembrar que dinheiro não dá em árvore e não temos um patrocinador disposto a gastar dinheiro sabe-se lá de onde pra contratar a torto e a direito. Pelo contrário: estamos em um momento de austeridade e precisamos torcer para que Zico acerte nas contratações que foram feitas.

Apesar da minha implicância pessoal com Renato Abreu, a quem acho um jogador supervalorizado por parte da torcida, sei que no atual cenário, será um reforço muito útil se jogar no nível que fez entre o final de 2005 e a temporada 2006. Também acredito que Leandro Amaral, mesmo "bichado" (as aspas não são minhas, são dos rivais), vai ser muito útil, já que seu contrato pressupõe que ele precise jogar em um certo nível para receber um salário melhor. 

As outras contratações são pra lá de discutíveis. Jean é um zagueiro apenas razoável e só está jogando porque a novela David ainda não terminou (Fabrício saiu por conta da vontade da Traffic e Wellinton dispensa comentários). Val Baiano foi uma aposta equivocada da diretoria e, a não ser que aumente muito sua produção, vai se tornar uma reedição de Denis Marques (atacante ruim e com salário alto). Cristian Borja é mais uma daquelas contratações que devem ser atribuídas ao editor do seu DVD...

A janela está no fim. Ainda que, para desespero dos setoristas, a farra de especulações tenha terminado, falam muito (ainda) em Lugano e Deivid. Prefiro aguardar o Zico falar.

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Não vi o jogo de domingo, só os melhores lances, mas a falta de cacoete dos nossos atacantes consagraram o Fernando Prass. Uma bicuda ali naquele bate e rebate resolveria o problema. Mas nego só quer fazer gol bonito.

Falando nisso, algum amigo pode me explicar direito uma coisa? O Guilherme Camacho é meia, certo? Então, porque é que ele, quando entra, só joga de volante? Ele vai pra lá por conta própria ou mandam ele jogar de volante?

Domingo é contra o Corinthians, em São Paulo, um jogo que historicamente nos damos bem. Vamos de azul e amarelo, e pelo que tem sinalizado o Rogério, no 3-5-2. Sei lá, não sei se é a melhor opção. Eu iria no 4-4-2 tradicional, com dois meias (Vinícius Pacheco e Pet) e dois atacantes (Diego Maurício e um cone).

Por falar em cones no ataque, pra jogar Borja e Val Baiano, era melhor Paulo Sérgio e Diego Maurício. Melhores e com salário menor.

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