quarta-feira, 7 de julho de 2010


TERREMOTO
Acredito que nada parecido aconteceu a nenhuma comunidade como a do Flamengo. Penso e puxo pela memória e não consigo lembrar nada semelhante. Nunca vi ou li sobre nenhuma situação sequer parecida com essa pela qual estamos passando. Digo “estamos” porque se trata de um problema policial do Bruno e da família dele e da Eliza. Mas os reflexos vão muito, muito além.
Só para começar, a mensagem do Leo Moura no twitter já dá uma pequena noção de que uma parte grande desse grupo pode ter problemas psicológicos que podem ou não refletir no desempenho do time. Estou dizendo isso como leigo, mas estou tentando usar a lógica como base de raciocínio.
Também não sei que tipo de conseqüências isso vai trazer para as crianças flamenguistas, aquelas que ainda são maleáveis, que podem ser influenciadas e que podem ficar impressionadas a ponto de....bom, talvez seja apenas um pressentimento ruim.
Imagino que a Patrícia Amorim e a maior parte de sua equipe estejam na mesma situação em que ficaram as autoridades haitianas logo após o terremoto. Por onde começar? Como agir? A quem recorrer? Esse almoço com o Ronaldinho Gaúcho me parece uma tentativa de criar algum fato positivo, para dar alento aos milhões de “haitianos” que somos nós, que tampouco sabemos o que será do time, do Campeonato, do futuro das finanças, já tão precárias que seria um desastre se os patrocínios começassem a minguar. É possível ou provável? Espero que não. Mas tenho receio.
Noto, na leitura dos Posts e dos comments, que todo peso da esperança da nação está sendo concentrada sobre os ombros de Zico. Talvez não lhe bastem nossa torcida, nosso apoio moral e nossa confiança absoluta. Zico não é sobre-humano. Tem o Flamengo no sangue e a índole e o caráter de que tanto temos sentido falta. Mas não pode tudo.
A presença ativa de alguns outros símbolos, como Leonardo e Junior, pelo menos durante essa travessia, talvez tornasse os próximos meses menos complicados. É uma sugestão.

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