sábado, 17 de julho de 2010

Pelo Mundo Flamengo: 7 razões porque eu não quero Ronaldinho Gaúcho
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Paulo Lima / Nova York - @mundoflamengo
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Noventa por cento do blog vai me odiar já pelo título, mas não vou demorar com a tortura. Serei curto e grosso.
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1 – Ronaldinho Gaúcho, por seu histórico recente, tem comportamento que será similar ao que “Imperou” na Gávea até há pouco tempo e que Zico, no discurso, diz quer abolir de lá: privilégios, atrasos, noitadas e etc.;
2 – Ronaldinho Gaúcho está totalmente fora de forma e, em tese, precisa muito dela para render o que sabe. Como há pelo menos dois anos o cara não quer saber de ralação, o futebol desapareceu. Assim, precisará de alguns meses para jogar bem, tempo que não sei se será esperado com tranquilidade;
3 – Ronaldinho Gaúcho terá um salário astronômico. Mesmo que não seja pago pelos cofres do clubes e que se torne um fenômeno de marketing, tenho dúvidas se o custo-benefício não seria maior se, com o mesmo montante investido, direcionássemos as atenções para a contratação de dois atacantes de ofício, um meia e um zagueiro. No final das contas, a passagem de Romário pelo Fla prova: o melhor marketing é o marketing do resultado;
4 – Ronaldinho Gaúcho chegaria como a estrela da companhia. Sob a liderança de um técnico inexpressivo, o time jogará única e exclusivamente em função do jogador. Ainda mais com um elenco limitado, recheado de moleques. Sabemos que o Flamengo naufraga quando isso acontece. Mesmo nos últimos Brasileiros que ganhamos, os craques não centralizavam a alma da equipe.
5 – Ronaldinho Gaúcho, se contratado, vai adorar se fixar no Rio de Janeiro. Mas, a julgar pelas suas sempre conturbadas transferências, não duvido que forçaria um contrato de seis meses para trocar o Fla por outro clube no fim do ano. Afinal, quem não quer férias remuneradas – milionárias - de seis meses? Férias são férias...
6 – Ronaldinho Gaúcho, ainda que sob Zico, não é exatamente o modelo que a direção quer transmitir aos jovens da base. É rico, solteiro e pega todas – vida boa, claro, mas desregrada para um jogador de futebol. Se a idéia é um “choque de ordem moral” pós-Bruno, Ronaldinho está a anos-luz de ser o carro-chefe;
7 – Ronaldinho Gaúcho certamente crê que, no Rio, e jogando o Brasileirão, será menos cobrado por ter o nome que tem no futebol mundial. Ou menos perseguido pela mídia do que era na Itália. Assim que acabar a vida boa e assinar com o Flamengo, tudo muda. Tende a cair no mesmo erro de Adriano.
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Aguardo as muitas réplicas. E pedradas.

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