quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por água abaixo




Em menos de quatro meses de mandato, a ex-nadadora presidente do Flamengo conseguiu:

- perder de forma oficial a taça das bolinhas (o título da Copa União, nem ela nem ninguém tem competência para tirar do Flamengo)
- perder o tetra estadual para um freguês de carteirinha
- ser eliminada na primeira fase da Libertadores em um grupo sem nenhum time de expressão no continente

O cenário é desanimador:
Tenho receio do que pode acontecer:

Andrade deve ser demitido amanhã, junto com os três auxiliares que têm, todos funcionários do clube, mesmo que um milagre devolva o Fla à Libertadores. Ou seja, depois de multiplicar por 10 o sálário do treinador, e, por conseguinte, a multa recisória, a diretoria vai demiti-lo menos de quatro meses depois. E, junto com o técnico, serão demitidos outros três funcionários de carreira do clube.

Minha pergunta:
Patrícia e sua trupe pagarão do próprio bolso as despesas da demissão?
Pagará com a receita do clube?
Ou, simplesmente, não pagará e contribuirá para o aumento da dívida já monstruosa do clube?

Pelo que se comenta, Celso Roth, amigo pessoal de Marcos Brás é o favorito para dirigir o time. Um treinador com passagem péssima pelo clube, há menos de cinco anos atrás, e, cuja especialidade é começar bem o trabalho para ver a coisa afundar inapelavelmente meses depois. Também pelo que se comenta, Marcos Brás, o amigo do Roth, está na berlinda e com a cabeça a prêmio.

Muita gente da diretoria quer o cargo.

Apenas para lembrar, ao lado da ex-nadadora, na campanha que culminou com a eleição dela, estavam baluartes da competência como George Helal e Luiz Augusto Velloso, entre outros menos votados.
Nomes que, num passado recente, comandaram o futebol do clube e quase o levaram para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

Portanto, é grande a chance de Roth e equipe serem contratados por influência de Brás, e demitidos poucos meses depois, quando a cabeça de Brás finalmente for cortada. Seriam mais multas recisórias a pagar.

Também a julgar por comentários, matérias e depoimentos, o clima entre jogadores e diretoria é horrível.

O atual staff rubro-negro mostra-se péssimo na condução das crises. São de amadorismo e incompetência ímpares. Ou seja, muito provavelmente, assistiremos a uma debandada de jogadores durante a Copa do Mundo. Será o desmantelamento de um grupo que conquistou, goste-se ou não dos jogadores, um Campeonato Brasileiro no ano passado, entre outros títulos. E, a julgar pela inexperiência desta administração, não se deve esperar grande coisa para repor as peças que partirem.

Enfim, o momento não poderia ser pior. O Flamengo está entregue, a princípio pelos próximos três anos, a pessoas sem a menor capacidade de conduzi-lo. É bem provável que, no Campeonato Brasileiro que se aproxima, nossas esperanças resumam-se às arrancadas de Vinicius Pacheco e aos gols de Bruno Mezenga e Denis Marques.

Dá medo.

Andrade, o grupo de jogadores e a comissão técnica, todos eles têm uma grande parcela de culpa pelo fiasco rubro-negro neste período pré-copa. Mas, não dá para negar que a responsabilidade maior pesa em quem dirige o clube: a presidente Patrícia Amorim. Que não tem comando, não tem projeto, não tem competência, não tem habilidade política e nem ideia do que precisa fazer para manter o Flamengo aonde ela pegou: no topo do futebol brasileiro.

Patrícia Amorim, cujo grande feito até agora, nos quatro meses de gestão, foi contratar César Cielo, um dos grandes nomes das piscinas em todos os tempos!

Aliás, pensando bem, quem precisa de Libertadores quando tem um campeão olímpico e recordista mundial nos quadros?
Força Cielo!
Viva Patrícia!
Morra Odorico, ladrão de galinha!
Às piscinas, rubro-negros!

Flamengo Net

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