segunda-feira, 12 de abril de 2010

Depois do Vice da Semi, vem aí o time do Quase

por Victor Esteves, direto do Buteco do Flamengo

Tão cedo não vamos ouvir falar no time dos Cruzados. Agora só no campeonato brasileiro. E com direito a todo chororô possível. Bola na trave, gol legitimamente anulado aos 5 m, meio pênalti sendo marcado, tudo que temos direito para alguns dias de encarnação profunda e deliberada nos bacalhaus que conhecemos. Porque se na quarta o resultado não for bom, o ânimo se esvairá rapidinho.

Assim a pergunta é : Deu para fazer alguma observação dessa pelada disputada hoje ? Nem adianta falar do erros do Love, se o homem faz 16 ou 17 gols em 17 jogos. E o Michael ? Provou que é habilidoso e tem personalidade, o que prova a quantidade de erros que teve, mas que não o desanimaram a continuar tentando.

Maldonado não apareceu tanto, mas isso me parece melhor do que ver Toró sendo atacante. Mezenga fez algumas boas jogadas, mas não chegou a entusiasmar. Álvaro, de novo, chegou atrasado em uma bola cruzada em um escanteio. Juan voltou a ser o marrentinho que não joga e se irrita fácil.

Léo Moura valeu pela cavada do pênalti. Willians alternou boas e más participações. Bruno foi vencido duas vezes, mas a trave ajudou numa delas. Na outra, difícil cobrar dele resistência contra a “carimbada”que foi o gol do Vasco. Angelim jogou o seu feijão com arroz, e deve ter garantido a vaga no jogo de quarta. Toró…. Temos mesmo que falar dele ? O Andrade deu uma declaração de que ele tem lugar no time porque é um sujeito que bota a cabeça numa dividida. Duvido que isso fosse critério pra efetivar um jogador naquele time inesquecível que só tinha UM volante (que era ele, com uma categoria que só quem viu pode falar).

Talvez a melhor observação seja mesmo sobre a arbitragem. Não a de hoje, com tantos lances discutíveis, alguns a nosso favor. Mas sobre como o time deve reagir aos dois tipos de arbitragens completamente diferentes que enfrentamos nos jogos locais e na Libertadores. Deve haver um papo geral com a equipe sobre isso. O Flamengo usa muito o recurso de cavar faltas. É válido com juízes brasileiros, embora as vezes os jogadores desistam da jogada esperando a falta ser marcada. E é válido quando o Flamengo tem batedores de categoria em campo. Mas não funciona, por exemplo, na competição sul americana.

Eu não contei, mas não é possível tomar tantos cartões amarelos assim. É claro que no calor da partida é difícil segurar a onda, mas os jogadores tem que saber diferenciar o inevitável do dispensável. Falta feia no meio campo ? Pra quê ?

Por fim, fica uma idéia para ser discutida. Na gestão do Horta, na década de 70, houve um grande troca troca entre os times do Rio, o que acabou levando na época um grande ídolo do Flamengo, Doval, para o tricolor, e trazendo o baiano Toninho para o Mengão. Será que o Fluminense não quer trocar o Leandro Eusébio pelo Toró, não ? E o time que comprou o Philipe Coutinho, não quer deixar ele estagiar no time que pode disputar a final do Interclubes ?

Porque, se dependermos do Adriano, vamos ficar sujeitos a tantos fatores extra campo que a paciência da torcida está se esgotando…

Victor Esteves

Flamengo Net

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