domingo, 28 de fevereiro de 2010

Discutindo a maneira de jogar… porque os times se superam contra nós ?

* Victor Esteves, da mesinha do Buteco do Flamengo.

Amigos da nação rubronegra, depois deste sábado onde enfrentamos o time que só teve uma vitória no campeonato inteiro, me peguei pensando o que acontece quando os times jogam contra o Flamengo. Alguém pode negar que o Macaé, em certos momentos da partida, principalmente no primeiro tempo, jogou melhor ?

Depois tomou um vareio, e o Flamengo dominou o jogo. Mas antes, cada bola que saía da nossa defesa era um “bate e volta”. Uma das teorias que já fiz para explicar esta constante “ressurreição de mortos” que o Flamengo inspira foi a de que os jogadores do time adversário estão sempre jogando a partida da vida deles. Se jogar bem contra o Flamengo podem aparecer para os grandes clubes e dar uma guinada em suas carreiras. Essa teoria se esfarelou com o tempo. Depois pensei que é o nosso jeito de “jogar futebol”, abdicando das faltas e tentando ser vertical, jogar para a frente o tempo todo, visando o ataque. Mas aí tivemos um time super marcador, passaram por ali Willians, Toró, Aírton, Ibson e mesmo assim os adversários se destacavam quando jogavam contra nós. Continuo aceitando sugestões de explicações. Mas a impressão é que se jogarmos contra um time de várzea, vamos ter dificuldades até o nosso jogo ”encaixar”, ou o nosso técnico mexer no time.

Mas pelo menos, pudemos concluir que temos sim um elenco, ainda que me pareça carente de bons atacantes reservas. Grata surpresa, para quem nunca o tinha visto jogar, esse Ramon. Em poucos toques, além do meio gol, o Ramon provou ser bom de bola, e, se melhorar o preparo físico, vai barrar alguém no meio campo do Mengão. Além do luxo de termos Pet e Kleberson na reserva, ainda temos o inexplicável Fernando. Esse cara entrou no time e nos dois primeiros jogos, jogou muito. Depois sumiu. Como quem sabe não esquece, fica outra pergunta de um milhão de dólares : O que aconteceu com esse cidadão ? Tá jogando fora de posição, ou vai ter sempre uma carreira irregular por onde passar ? Ontem, podia ter sido o primeiro a ser substituído que não ia fazer falta nenhuma. Junto com o Mezenga, foram duas nulidades em campo. O mesmo Mezenga que fez dois gols em uma mesma partida e nos deu esperança de que teríamos um bom banco para o ataque. Já não dá para dizer o mesmo.

E o Juan ? Será que ele tem ainda algum problema físico ? Estamos ficando cansados de esperar que as viradas de bola de uma lado para outro, tão constantes no nosso time, possam dar início a um ataque fulminante do Juan. Inexplicavelmente, essa jogada não tem acontecido. E do pouco que deu para ver do Alvim, já deu para perceber que o Juan tem uma sombra agora (pelo menos até o amadurecimento do Jorbinson). Ainda bem que ele se conteve e não fez biquinho nem cara feia quando foi substituído. Quase…

Por fim, temos que falar do Love, se o assunto é a “maneira de jogar”do nosso time. Ele parece que também é um jogador de “pacote”. Para contar com jogadas inesperadas e surpreendentes, parece que vamos ter que nos acostumar com as jogadas bizarras e, de outra forma, também surpreendentes, como os pênaltis mal batidos ou as tentativas de fazer tabela com os pés do adversário. Pessoalmente, gosto muito do Love, do seu sangue rubronegro, de suas entrevistas com a dose certa de humildade, de sua picardia (pena que a cobrança de falta rápida não foi contra o Botafogo, ia ser um chororô de uma semana), de sua entrega em campo, da maneira como se coloca e se desloca. Enfim, um grande reforço para este semestre. Mas desaconselhável para quem tem coração fraco.

E, antes tarde do que nunca : O Andrade continua escalando mal e substituindo bem. Mérito para ele, pelo jeito de orientar a equipe e de conhecer o que seus jogadores podem fazer em campo, mudando o panorama da partida. Mas pode ser por aí que resida a explicação da minha indagação original.

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