sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Destinos do Mengão. Debate Presidencial Ao Vivo!


*Por Arthur Muhlemberg




Galera, nessa sexta às 4 da tarde vai rolar o debate com os candidatos à Presidência do Flamengo no programa A Voz da Nação. Ontem, falando com meu camarada João Carlos, comandante do programa, recebi o honroso convite para ser o mediador desse debate. Fiquei amarradão e disse que ia pensar. 5 minutos depois liguei pra dizer que topava, lógico. Então geral ta avisado, hoje às 4 da tarde todo mundo ligado na Rádio Bandeirantes AM – Rio de Janeiro, 1330 kHz. O debate será transmitido em pool também pela Radio Tamoio AM – 900 kHz e pela Rádio Tupi AM- 1280 kHz. Quem ficar a fim pode enviar perguntas aos candidatos pelo telefone (21) 2543-1360.

Aproveito a brecha pra postar aqui no FlamengoNet um texto que eu escrevi sobre as eleições pro jornal Lance, que foi publicado no dia 1º de novembro. Acho que tem tudo a ver.

A Constituinte Rubro-Negra

É indiscutível que a eleição do Flamengo do dia 7 de dezembro é a mais importante dos 114 anos do clube. Não apenas pela necessidade premente do maior clube do Brasil se adequar ao século XXI, através da implementação do regime profissional pleno, regime que desde 1936 é restrito a alguns atletas olímpicos e aos profissionais do futebol. Mas, principalmente, porque o mandato do próximo presidente do Flamengo coincidirá com os preparativos para os dois maiores eventos esportivos da história do país, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

Ai do clube que não tiver dirigentes preparados para se beneficiar da caudalosa corrente de investimentos públicos e privados que irrigará não só os combalidos cofres dos clubes, mas também a árida política nacional de esportes. Para tal é preciso que o dirigente esteja qualificado para lidar em igualdade de condições tanto com o poder público como com os demais players do bilionário mercado de esportes e entretenimento (que a cada dia são mais a mesma coisa). E clubes como o Flamengo, que é além de popular é também um formador de atletas, tem responsabilidade redobrada nessa questão.

O Flamengo precisa oxigenar e renovar seu quadro social. Para tanto se faz urgente uma profunda modernização da sede social da Gávea, hoje incapaz de atrair até mesmo os velhos sócios, imaginem os novos. Também é fundamental que o Flamengo seja capaz de rentabilizar a sua jóia mais preciosa, a torcida, contingente de 35 milhões de consumidores que até hoje nunca foi devidamente explorado. Para isso é preciso implantar métodos de marketing e gerenciamento compatíveis com o mercado, o que implica em mudança no já ultrapassado estatuto de 1992. Mudanças no estatuto que demandam uma formidável articulação política.

Resumindo, o caderno de obrigações do próximo presidente do Flamengo requer uma abordagem pra lá de profissional. É mais do que evidente que a situação do Flamengo exige muito mais do que a condição de amador e dirigente voluntário tem a oferecer.

Enquanto sócio e torcedor me agrada imaginar a idéia de que os seis candidatos remanescentes na disputa pudessem firmar um pacto em torno de um nobre compromisso: a reforma estatutária do Flamengo. Essa é a mudança que permitirá a modernização da gestão do clube.

Sem um novo estatuto não haverá implantação de unidades autônomas para gerir o futebol, o remo, os esportes olímpicos e a parte social, dirigidas por profissionais recrutados no mercado, com metas a cumprir e prêmios por desempenho. Sem um novo estatuto não haverá como o Flamengo se adequar à nova Lei das Sociedades. Conseqüentemente o Flamengo se afastará ainda mais das verbas federais de incentivo e continuará a perder espaço para os clubes com gestão empresarial. E estes são apenas dois itens da imensa lista de vantagens que o Flamengo abre mão em função do arcaísmo de sua lei maior.

Sob essa perspectiva, a próxima eleição assume um caráter ainda mais dramático e decisivo. Eleger o próximo presidente será o equivalente a eleger uma assembléia constituinte para definir o futuro do Clube de Regatas do Flamengo. Os níveis de absenteísmo observados no pleito de 2006 são simplesmente inadmissíveis. Espera-se que os cerca de 5600 associados em condições de votar atentem para a importância desse momento e exerçam seu direito. Ou melhor, que cumpram seu dever. E votem.

Flamengo Net

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