sexta-feira, 13 de novembro de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

O time para o jogo de domingo



Há o que se discutir sobre a escalação que Andrade vai escolher para mais esta decisão. Com o desfalque de Juan, haveria a opção de usar Éverton Silva (minha preferência, pois manteria a zaga, que funcionou bem contra o Atlético, inalterada), de abrir Angelim para a lateral esquerda ou até mesmo jogar num esquema de três zagueiros. Há ainda a incerteza sobre a participação de Maldonado e Fierro, mas neste caso a dúvida é apenas mesmo se o volante chileno vai voltar ou não - se ficar mesmo de fora, está claro que o substituto será Toró.

Mas o que deve pesar mais no resultado do jogo não é nem a escalação do time - afinal, está claro pra todo mundo que o time do Flamengo é superior ao do Náutico, sejam quem forem os escolhidos para entrar em campo -, mas a postura dos jogadores. Contra o Atlético-MG, num jogo que foi encarado por todos - torcida, comissão técnica, jogadores, diretoria - como verdadeira decisão, o time deu um show de determinação e  concentração; apesar de mais acuado em alguns momentos, não vacilou e soube sempre o que fazer dentro do campo para sair com o resultado que queria. Pois é importante que se entenda que, daqui pra frente, se a ideia é mesmo ser campeão, todos os jogos devem ter o mesmo peso daquele de domingo passado.

Dos quatro jogos que restam, este será o único em que o Flamengo vai encarar um adversário que ainda tem pelo que lutar no campeonato - e só isso já deveria ser suficiente para se perceber que não haverá moleza. Fora isso, o Estádio dos Aflitos é um ambiente hostil, com um campo que não tem as condições ideais, onde há até um histórico de problemas dos visitantes com a polícia local. É bom lembrar que o Náutico teve 8 de suas 9 vitórias em casa; por lá, o Palmeiras levou de 3x0, o Atlético-MG só conseguiu um empate. Se o time não estiver ao mesmo tempo tranquilo e determinado em seu trabalho, pode sim ter problemas.

E esta semana tivemos uma pequena amostra da importância que teve, ao longo deste período de recuperação do time no campeonato, o fato dos salários e prêmios terem estado quase sempre em dia. Bastou que o atraso nos pagamentos se tornasse um pouquinho mais, digamos, relevante, e surgiram as notícias de estresse na rotina do time. Ainda bem que, ao final, saíram todos sorridentes, com seus merecidos envelopes pardos na mão. Esperemos que não aconteça mais nada do gênero e que todos se mantenham com o foco sempre no lugar certo, tanto durante os jogos quanto na preparação. Faltam só quatro rodadas, a diferença é pequena entre todos que estão na disputa e qualquer coisa - qualquer coisa! - pode acabar sendo decisiva.

• ANDRÉ MONNERAT trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo (sobreflamengo.blogspot.com e twitter.com/sobreflamengo).

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