domingo, 30 de agosto de 2009

Nosso Mundo é Flamengo - O fim do Mundo

Max Amaral*

Já reparou a quantidade de filmes-catástrofe que tem inundado os cinemas nos últimos anos?

Sem forçar muito a memória, dá para lembrar de Independence Day (1996), 12 Macacos (1995), a série do Exterminador do Futuro (que começou em 1984), O dia em que a Terra parou (2008), Eu sou a Lenda (2007), A Guerra dos Mundos (2005), O Dia depois de Amanhã (2005), Armageddon e Impacto Profundo (1998) e por aí vai.

Pois bem: ontem, assisti a mais um da série: “Presságio” (2009), com o Nicholas Cage. Mas estou curioso, mesmo, é em relação ao filme que será lançado no fim do ano, “2012”, com o John Cusack (21 de dezembro de 2012, para quem não sabe, é a data que um antigo calendário Maia prevê para o fim dos tempos).

Bom, eu tenho uma teoria de que tantos filmes - e livros, e histórias em quadrinhos, programas de TV, novas igrejas, etc - falando sobre o fim do mundo pode ser, na verdade, uma espécie de premonição coletiva da raça humana. Estamos nos aproximando do (real) armagedom e lá no fundo, inconscientemente, estaríamos sentindo isso.

A população humana no Planeta já ultrapassou todos os limites do conveniente (vamos ser 7,5 bilhões em 2012, dá para acreditar?), temos o aquecimento global, o sério problema energético, doenças se espalhando mais rápido do que podemos combater (olha a gripe suína aí), o Lula, fanatismo religioso crescente, enfim, todos os sinais de que as coisas não andam bem.

E temos o Flamengo.

Ali também, os sinais são ruins. O time ainda não engrenou no campeonato, seus dirigentes passam a impressão de que são crianças da pré-escola quando têm que negociar com qualquer um – vide os casos do Emerson, Love/Palmeiras e Bruno Paulo, não dá para dizer qual candidato é pior que o outro para as eleições do fim do ano, as prima-donas do elenco continuam dando as cartas, contusões e suspensões sem fim não nos deixam nem saber qual é a verdadeira cara do time. E estivemos desconfortavelmente nos aproximando da zona de rebaixamento (apesar da boa vitória de hoje, sei lá qual futuro nos aguarda).

Só que, ao contrário de todos os filmes catástrofe que listei aí em cima, as razões para o pandemônio são conhecidas há muito tempo. Não estou falando de alguma surpresa desconcertante que pega todos os protagonistas com as calças na mão.

Não temos comando. Não temos uma administração séria, profissional. Não temos uma estrutura econômica forte, o que torna o Clube refém de seus próprios jogadores e empresários. A bagunça em campo começa com a bagunça nos gabinetes dos dirigentes da Gávea. Um bom desempenho do time em campo hoje - ou até mesmo uma sequência de bons desempenhos - vai acabar mais cedo ou mais tarde simplesmente por causa da falta de uma real estrutura de apoio.

Sim, o fim está próximo.

A não ser que o mocinho (no caso, a Torcida), consiga uma reviravolta mirabolante no último momento.

Segunda feira se esgota o prazo para que novos sócios se inscrevam no Flamengo e tenham, assim, direito a votar nas eleições de 2012. Essa pode ser a nossa chance de fazer com que as previsões Maias se confirmem e esse mundo de barbaridades termine daqui a 3 anos, fazendo com que uma nova era para o Mais Querido se inicie.

Se não der certo, acho que vai ser mesmo o fim dos tempos...


Max Amaral é arquiteto, flamengo, doido por ficção científica e acha que todo mundo deveria ir assistir District 9. E escreve também no Mundo Flamengo (www.mundoflamengo.com).

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