domingo, 26 de julho de 2009

Sobre o "Dossiê Cuca"

Eu já falei sobre a forma como gente que "solta" informações usa a imprensa segundo seus benefícios. Cada jornalista tem a obrigação de tomar cuidado com as informações que publica para não ser usado. Todo jornalista.

O Dossiê Cuca foi algo que me chamou a atenção nesse sentido. O repórter Eduardo Peixoto publicou uma extensa matéria citando causas e mais causos sem nenhuma fonte que se identique. Todos os fatos foram descritos por pessoas que permanecem anônimas e o mais interessado só pôde dar seu lado quase 24 horas depois da matéria publicada. Ouvir os dois lados é o beabá de qualquer jornalismo, esportivo inclusive.

Pergunto: quais foram as fontes do repórter?Por que elas não se identificam? Por que não dão a cara à tapa e explicam todos esses problemas? Quem foi que passou a informação de que Cuquinha ouvia as conversas por trás da porta? Será que muitos profissionais transitam na Gávea e são capazes de ver essa cena? Ou será que foi alguém do alto escalão? Por que o ex-técnico não foi ouvido e deu sua versão para cada um dos fatos citados na matéria?

Perguntas que ninguém faz, mas já geram outros argumentos : "Temos que separar jornalistas esportivos de fofoqueiros".

Finalizando, meses atrás já tinha ouvido esse papo de que o Cuca falava mal abertamente de jogadores pra repórter. Cheguei a confirmar isso por e-mail a um leitor do blog. O conteúdo da entrevista que o técnico deu para Renato Maurício Prado sobre o Adriano já era de conhecimento todo mundo que cobria a Gávea. Cuca pisou na bola feio em querer desabafar com repórteres. Isso explica seu desgaste, mas não justifica a tentativa de criarem um bode expiatório. Tem bem mais gente culpada pela nossa situação. E eles querem que você pense que são a solução.

A imprensa esportiva podia nos ajudar a saber quem são eles. E não tornarem isso mais difícil.

Flamengo Net

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