quarta-feira, 10 de junho de 2009

Resenha de quarta

Em casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão”
Esse ditado popular que se aplica muito bem à situação pela qual atravessa o Flamengo nos últimos anos - e cada vez mais evidenciada pela atuação recente de alguns setores da imprensa, como foi bem observado pelo Alex do Triplex no post de ontem e pelo Tiago Cordeiro no post de hoje.

Como se já não bastassem os problemas que todos já conhecemos (salários atrasados, contratações despropositadas, loteamento do departamento de futebol para empresários), esta semana um fato chamou a atenção: nada menos que QUATRO dirigentes deram versões diferentes para a ausência do Adriano no treino de segunda - motivada por uma audiência em relação a pensão alimentícia ou algo do gênero.

Que nossos (pseudo) dirigentes são useiros e vezeiros em dar declarações estúpidas (e quase sempre, quando menos oportuno o momento, mais estúpidas são as declarações), isso nós já sabemos. Porém, neste caso, o desencontro de informações foi tamanho que pareceu orquestrado. Ninguém é tão inocente a ponto de não saber que, com ou sem justificativa, Adriano vai ter suas regalias. Se são justas ou não são, já é motivo de uma outra discussão e um outro post, mas que vão acontecer, muito por conta da frase que intitula a resenha de hoje, e que no caso do Flamengo, pode ser adaptada para em casa que falta comando, todo mundo grita e ninguém tem razão”.

Rumo ao Sul
Semana passada eu falei aqui que, mesmo sabendo das dificuldades envolvidas em Recife, a vitória no último domingo seria possível. E tanto seria que, sem muito esforço, o time fez dois gols em 10 minutos. Não vou ser desagradável e voltar a falar de apagão, nem de não me recordar de ter visto um time levar quatro gols em sete minutos, nem da falta de compromisso do trio Bruno, Leo Marra e Juan. Esses três pontos já foram, tem que ser recuperados em uma outra oportunidade.

No domingo, o jogo é contra o Coritiba, lanterna do campeonato. Vamos com o time desfalcado, esperando se o Cuca vai dessa vez colocar o Everton Silva pela lateral-direita, ou se vai insistir com o Wellinton na zaga. Como sempre observa o Alex, nosso desempenho na capital do Paraná nos últimos anos tem sido pífio. Espero que, dessa vez, o time possa surpreender até aos torcedores mais céticos, como eu, e arrume alguma coisa no Alto da Glória.

Se eu estivesse no lugar do Stival: Diego; Airton, Fabrício e Ronaldo Angelim; Everton Silva, Toró, Ibson, Zé Roberto e Everton; Adriano e Emerson (podem tacar pedras, mas a minha função é essa mesmo, abrir pra discussão sadia - e lembrando que o Willians tá suspenso e não joga domingo).

Pra fechar a resenha...
1. Pra quem ainda não leu o post (excelente) por sinal, do Rica Perrone falando do que a força da torcida do Mengão é capaz, seria bom dar uma lida. É um resumo do que, basicamente, meus companheiros de blog (tanto os articulistas como os comentaristas) escrevem aqui sempre. (com a diferença que o Rica é são-paulino e, teoricamente, tem uma visão muito mais isenta). Mas é aquela história: se o elefante soubesse a força que ele tem, seria ele o rei da floresta.

2. Amanhã começa a final do Brasileiro de basquete. Pra cima deles, Marcelinho, Duda e companhia...

3. Entrevista do Sócrates, falando sobre o Zico. "O melhor jogador do Brasil (na minha geração) era o Zico. E era mesmo. Era melhor do que todo mundo, porra! Melhor do que eu. O Zico era foda. O Zico decidia, velho. E, sendo o melhor, ele era o rei. Quando há um rei, o resto briga para chegar perto do rei. Quando não há rei, todo mundo se mata. Vira tudo súdito". Pra quem quiser: http://www.revistaboemia.com.br/Pagina/Default.aspx?IDPagina=148

4. Mantendo a campanha para que o grito de "MEEEENGOOOOOO" volte pras arquibancadas, seja mais frequente, fazer o velho Maraca balançar. Como sempre foi. E como nunca deveria ter deixado de ser.

(*) Anderson Lopes, ou DJ Mangueira, como é mais conhecido, tem 35 anos, nasceu e vive em Cabo Frio, litoral norte do Rio de Janeiro. É DJ, treinador de futsal, multimídia e tem como primeira lembrança rubro-negra os jogos que ouvia no fusca verde do velho "seu" Adelson, em 1979.

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