Definições, preocupações e palpites
Depois de um longo período sem ocupar este espaço, volto a escrever aqui no Blog em um momento de definições para o Flamengo. É um ano de eleição, e, como sabemos, tudo que envolve a política do clube reflete diretamente dentro de campo. As articulações que vão se formando interferem diretamente no andamento do trabalho do Cuca e de seus comandados.
Outra definição importante é a chegada da janela de transferências para a Europa. A preocupação de boa parte da torcida é com a situação de Ibson, cujo empréstimo termina no dia 5 de julho. Atualmente, pelo que vem jogando, a diretoria deveria fazer todo o esforço possível para contratar o jogador. Outros jogadores, que estão em curva descendente, como Juan e Leo Moura, também tem sondagens para se transferir.
Além destes, do elenco principal, o volante Jonatas e os atacantes Maxi Biancucchi e Josiel tem contrato encerrando nas próximas semanas. Do Jonatas é desnecessário falar: será um alívio para as combalidas economias do clube deixar que ele volte para Barcelona. Problema do Espanyol, não nosso.
Maxi é outro que também sairá sem deixar saudades: fez poucas atuações eficientes e acabou sendo subaproveitado tanto por Caio Junior quanto por Cuca.
A situação do Josiel é um pouco diferente. Não é nenhum craque, mas é um atacante que pode ser útil no elenco – até porque não temos mais jogadores da posição, depois dos empréstimos de Obina e Paulo Sérgio e da iminente saída do Maxi (não levo em consideração nem Arthuro nem Aleilson, que nunca vi jogar; nem Zé Roberto, que pra mim, não é atacante).
Não sei em que pé ficou o empréstimo. Sei que tem muitos dos companheiros aqui do blog que querem ver o cara pelas costas. Eu penso que a situação dele deveria ser analisada melhor (o clube tem até 31 de julho pra resolver).
Quatro rodadas: não tá ruim, mas pode melhorar
Quanto ao campeonato, a situação na tabela está bem razoável. 7 pontos em 12 possíveis não é uma marca ruim – em que pese não termos conseguido ganhar o Avaí em casa, e termos perdido o jogo pro Cruzeiro da maneira que perdemos. Uma vitória domingo, no péssimo gramado da Ilha do Retiro, diante de um Sport em crise, com treinador novo (nosso velho freguês Emerson Leão) não é nada de outro mundo, e nos coloca em uma condição boa, já que temos mais um jogo fora, contra o Coritiba, antes de pegar Internacional e Fluminense.
O desfalque do Kleberson – outro que vem jogando bem – acaba resolvendo um problema do Cuca. Ele pode simplesmente colocar o Everton Silva na ala direita, deixando o Leo Moura livre pra jogar (descompromissadamente, como tem jogado) em qualquer ponto do meio-campo, e, dependendo da proposta, colocar o Toró para liberar ainda mais o Ibson; ou avançar o time ainda mais, colocando Zé Roberto ou Erick Flores.
Podemos projetar um time pra domingo com Bruno, Everton Silva, Airton, Ronaldo Angelim e Juan; Willians, Toró, Leo Moura e Ibson; Adriano e Emerson. A falta de um meia de articulação e de mais um zagueiro que chegue pra jogar incomoda, mas não são jogadores fáceis de encontrar por aí. E vamos ganhar domingo, é só jogar certinho.
PS: Só pra não passar batido, nosso basquete tá mais uma vez na decisão do campeonato brasileiro. Os jogos contra o Universo/Brasília são sempre encardidos, mas nosso time tá sobrando na turma. Quem puder dar aquela força nos jogos na Arena Multiuso (e porque não, em Brasília também), vale a pena.
PS 2: Também tô na campanha do Alex do Triplex, amigo de velhas histórias. Não sou tão radical como ele em relação às musiquinhas. Mas acho que nosso velho e bom "MEEEENGOOOOOO" deve voltar pras arquibancadas, ser mais frequente, fazer o velho Maraca balançar. Como sempre foi. E como nunca deveria ter deixado de ser.
(*) Anderson Lopes, 35, nasceu e vive em Cabo Frio, litoral norte do Rio de Janeiro. É DJ, treinador de futsal, multimídia e tem como primeira lembrança rubro-negra os jogos que ouvia no fusca verde do velho "seu" Adelson, em 1979.
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