Minha homenagem ao Josiel
Demorei a me resolver sobre o assunto de minha coluna desta semana. Pensei em me deter na dupla de laterais-alas-pontas-meias-sei-lá-o-quê Léo Moura/Juan, e como o jogo de domingo será mais uma oportunidade de que a vida segue no time do Flamengo mesmo sem eles lá, um de cada lado. Considerei também falar no anunciado "Reffis carioca" que, ao que parece, será montado na Gávea; trata-se de mais um investimento pontual em estrutura (como já haviam sido a nova sala de imprensa da Gávea, os vestiários reformados, a academia para as categorias de base em Vargem Grande), o tipo de coisa interessante que Delair tem conseguido tocar pra frente desde que assumiu o lugar de Márcio Braga. Delair parece simplório de vez em quando, mas ao menos entende determinados tipos de ação que o clube precisa a longo prazo e aparenta sempre ser bem intencionado. Pode não ser o suficiente, mas já é alguma coisa.
E, em campo, as reclamações sobre ele podem ser de vários tipos - mas não de desinteresse, desleixo, preguiça. Seu contrato está pra acabar, ele sabe que vai embora. Mas, mesmo assim, está lá - parecendo sempre interessado em entrar em campo, sem nunca demonstrar estar em contagem regressiva pra deixar o clube. Para este domingo, ele até já deu declarações dizendo que verá sentido se Cuca optar por Aleílson, já que seu contrato está acabando e o treinador tem que também pensar no futuro. O tipo de coisa que dá mesmo pra esperar dele - mas podem crer que, se for o escolhido, vai jogar normalmente. Se vai fazer gol ou não, vai saber - o cara é de lua. Mas vai tentar fazer seu papel, da melhor maneira possível, como todo profissional deveria fazer.
- ANDRÉ MONNERAT trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo.
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