quinta-feira, 26 de março de 2009

OS INVASORES

Na década de 80 o Flamengo era um nirvana para os rubro-negros e, simultaneamente, um eterno suplício para o arco-íris. Algumas pessoas dessa estranha seita multicolorida, sem perspectivas para fazer frente à avalanche de conquistas e sucesso do time de Zico resolveram unir suas forças e passar a pesquisar alguma forma de minar essa força do universo. Não podiam permitir que esse sucesso se eternizasse, como tendia a ocorrer. Afinal as divisões de base da Gávea não paravam de produzir jogadores que acabariam por manter a hegemonia rubro-negra por décadas à frente. Muitas pesquisas e confabulações depois, conseguiram chegar a um consenso. Valeram muito os estudos das técnicas e estratégias de um tal de Antonio G., que andou fazendo a cabeça também de alguns partidos políticos que estavam sendo formados naquela mesma época. Não está bem claro que facção da arco-íris trouxe essa filosofia mas a tendência é que tenha surgido dos lados das Laranjeiras, visto que ali estavam os mais viajados e entendidos dentre os nossos adversários. Fato é que, depois de estarem todos convencidos de qual seria a melhor forma de combater a intolerável hegemonia que se avizinhava, partiram para a prática. A palavra de ordem era infiltrar-se no Flamengo, mudar a ideologia vencedora rubro-negra, ocupar postos como verdadeiros flamenguistas, fingir que havia discordância entre esta e aquela facção enquanto iam tomando o comando de todas as instâncias do clube. Ninguém se deu conta que eram do arco-íris porque juravam ser Flamengo. E foram se enraizando, como ervas-daninhas e ocupando espaços e mudando os corações e as mentes de quem tomava as decisões e fazia o futuro do clube. Era preciso acabar com a base. Era necessário enfraquecer a entidade economicamente. Era preciso tornar o dia a dia o mais caótico possível. Até as torcidas foram infiltradas. Ao invés da alegria da Charanga, a agressividade das Organizadas, suas hordas de bárbaros a atemorizar e afastar o povo rubro-negro dos estádios. E sem esquecer a mídia, que de francamente encantada com o Flamengo foi se tornando cada vez mais avessa, tendenciosa, engajada no projeto de apequenar o gigante. Não sei como termina esse processo, uma vez que ele está em pleno andamento e, na verdade, sua inspiração original tem mais a ver com a tomada de poder político e a hegemonia de uma determinada forma de ver o mundo sobre as demais. Não vai aí qualquer julgamento de valor, mesmo porque este BLOG não se presta a isso. Estamos aqui discutindo os rumos do Flamengo e como foi possível chegar a este estado de coisas atual.
Esta é uma teoria de ficção. Qualquer semelhança com fatos, pessoas ou entidades reais é mera coincidência. Mas poderia não ser. Quando você é um dos quinhentos e poucos sócios off-Rio, conforme informe em alguns COMMENTS aqui do BLOG, e apesar de saber do aumento de 15 para 40 paus da mensalidade, recebe o boleto no novo valor sem sequer uma carta de explicação, um pedido de compreensão ou até um apelo por ajuda, você tende a acreditar em qualquer teoria conspiratória. O fato é que o Flamengo vai se tornando um CASE a ser estudado em universidades de administração, management e marketing, não como exemplo a ser seguido, mas como a confirmação espantosa de um famoso enunciado conhecido como “Lei de Murphy”, que resumidamente diz que “se algo pode dar errado, dará”.

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