terça-feira, 13 de janeiro de 2009

No último tri eu estava...

... no Maracanã. Apenas ao rever o gol, na televisão, percebi que a torcida inteira mexia os braços, no movimento indefectível que prenuncia (ou melhor,normalmente tenta prenunciar, sem sucesso) um gol.

Daquela vez, histórico.

Não vi nada disso naquele momento. Olhava para o campo - e só para o campo.Até hoje não sei como a bola entrou, mas só pode ter sido empurrada milimetricamente por rubro-negros de todos os tempos, com ajuda divina.

Há uma foto, publicada no Jornal dos Sports, que mostra o exato momento em que Helton, então em ótima fase, chegou a raspar o dedo na bola. Talvez se uma brisa tivesse sobrado naquele segundo, um desvio teria sido feito, o goleiro teria feito uma defesa difícil e a história seria outra. Ainda bem que oMaracanã inteiro conteve a respiração, evitando ventos indesejáveis.

Minha lembrança seguinte é o Petkovic no gramado e a torcida comemorandocomonunca. Talvez tenha comemorado assim antes e certamente virá a fazê-lo emv ários outros momentos.

Aquele segundo, porém, era único: faltavam poucos minutos para formarmos a Nação mais feliz do mundo durante as próximashoras,dias, semanas - enfim, enquanto durasse a lembrança. Dura até hoje.

Octavio Penna Pieranti é carioca, jornalista e tem o mesmo hábito de gralhar do Triplex.

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