No dia do último tri, eu estava...
Quarto este que assisti desde o mundial de 1981 onde tinha diversos enfeites, flâmula, bandeiras, colcha da cama de solteiro do Mengão, coleções do Jornal dos Sports (quando alguém trazia do Rio pra mim), enfim diversas coisas que saberia que teria que deixar pra trás porque ia morar com minha esposa, sabia que não dava pra levar tudo (mesmo ela sendo Flamenguista).
Então a despedida deste meu canto onde pude sorrir, rezar, fazer promessas e chorar com alegrias e tristezas deveria ser mais do que especial.
Quando o Pet correu pra bola, segurei o manto com tanta força que pensei que fosse rasgar, e a danada entrou onde popularmente todos conhecem como o canto onde a coruja dorme, eu dei o maior grito da minha vida e dei um murro na cama com tanta força que acabei errando o alvo e em vez de acertar o colchão eu acertei na quina da cama que era feita de madeira a dor só não foi maior do que a alegria.
Ano passado tive a oportunidade com 33 anos de conhecer pela primeira vez o Maracanã e realizar o meu sonho de criança, fui assistir a final do Carioca com o Botafogo e quando rolou o lance deste gol no telão do Maracanã antes de começar o jogo eu pensei que se eu pudesse realizar uma única viagem no tempo eu certamente pediria para estar no Maracanã naquele dia...
Sylvio Santiago
Fortaleza - CE
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