sábado, 20 de dezembro de 2008


O BALANÇO DO BRASILEIRO

Estando sem muito tempo para postar artigos, volto a este espaço desejando um Feliz Natal a todos os amigos do Blog. Deixando a emoção de lado, e a frustração de passar mais um ano sem ganhar o Brasileiro (num campeonato em que estivemos tão perto de conseguir isso; não fossem os tropeços perfeitamente evitáveis, mesmo com todos os problemas, erros, incompetências e burrices, poderíamos ter levantado o caneco do Hexa), faço aqui um rápido balanço numérico do campeonato. Como a matemática é fria, a decepção dos vexames e Maracanazos não cabe na análise.

Jogos: 38
Pontos ganhos: 64
Vitórias: 18 (47%)
Empates: 10 (26%)
Derrotas: 10 (26%)
Gols pró : 67 Média: 1,76
Gols contra: 48 Média: 1,26
Artilheiros: Íbson (11 gols), Léo Moura e Marcelinho Paraíba (8), Obina e Marcinho (7).


  1. Foi a nossa melhor campanha no período dos pontos corridos com 20 clubes; fizemos 64 pontos, contra 61 no ano passado. Em 2003 chegamos a 66 pontos, mas num torneio com mais participantes (24) e mais jogos. Em colocação não superamos a marca de 2007, quando fomos terceiros colocados, apesar de termos feito mais pontos.
  2. Igualamos nosso recorde em número de vitórias (18, em 2003), em números absolutos. O percentual de vitórias de 47% é o maior desde 1987, quando tivemos a mesma proporção de jogos vencidos.
  3. O percentual de derrotas, 26%, é o menor desde 1992, quando tivemos a mesma porcentagem.
  4. Em números absolutos, foi o melhor ataque de todos os Brasileiros, 67, graças ao número elevado de partidas. A média foi muito boa, simplesmente a mais alta dos últimos 25 anos, e uma das melhores da história. Médias mais altas somente em 1980 e 1982 (2,09, ambas), 1979 (2,1), 1983 (2,19) e 1976 (2,29). Um resultado bizarro, considerando que foi um time com atacantes que marcaram poucas vezes, e com uma infinidade de problemas na armação ofensiva.
  5. A defesa esteve dentro da média dos últimos três anos, nem muito boa, nem muito ruim.
  6. A artilharia, como sempre, foi pífia e ridícula. Numa campeonato de quase 40 partidas, o artilheiro teve apenas 11 gols, mesmo assim graças a uma série de pênaltis convertidos. Se considerarmos apenas os atacantes, a marca é ainda mais ridícula, Obina e Marcelinho Paraíba somados não chegam aos gols de Washington ou Keirrisson. Nossos atacantes fizeram menos gols do que veteranos semi-aposentados, como Edmundo e Paulo Baier, do que jogadores que ficaram parados por contusão, como o Borges, e jogadores que foram poupados por campeonatos paralelos, como Washington e Nilmar.
  7. Concluindo: estamos num patamar mais elevado do que nos últimos anos, quando sofríamos com ameaças de rebaixamento. Temos uma base que já joga junto há bastante tempo, e alguns jogadores poderiam ser melhor aproveitados. Há dois anos seguidos, estivemos entre os cinco melhores times do Brasil. Tivemos alguns jogadores incluídos na Seleção do Campeonato, o que para mim só vai servir para valorizá-los para futuras vendas (aliás, eu acho que esta seleção do campeonato só tem este objetivo mesmo, sinalizar para os empresários: "levem estes!"). É preciso que haja cabeça fria, inteligência e competência para manter o que está funcionando e mudar o que está errado. Se isso vai acontecer, não sei...

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