quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Relato de viagem – Florianópolis


Ontem estive em Florianópolis acompanhando o Mengão e gostaria de compartilhar algumas impressões extra-campo além de pelo menos um bom “causo” pós jogo.

Sobre a galera foi sensacional, fez e muito bem sua parte. Compareceu em excelente número como já vinha sido anunciando no início da semana, esgotando uma carga de quatro mil ingressos (amigos meus que foram do Rio a Floripa tiveram que assistir na torcida deles), e fez uma festa muito linda antes, durante e depois da partida. Eu que acompanho muitos jogos do clube dentro e fora do Rio confesso não lembrar, nos últimos dois anos pelo menos, de um jogo em que o time tenha saído aplaudido de campo e sob festa como ontem, algo de arrepiar.

Da arquibancada eu ia a cada jogada, a cada disputa de bola ganha, tendo a impressão de que os 4 x 0 do ano passado seriam devolvidos. No final ficamos no 3 x 2 mas um resultado fundamental, importantíssimo na seqüência do campeonato. E eu que ano passado me vi aos berros pendurado na grade gritando enfurecido pela goleada, sai tranqüilo, feliz e usando o manto com muito orgulho.

O “causo” fica por conta do invasor de campo. Acredito que todos tenham visto, mas ao final da partida um maluco sobe a grade de uns 4 metros de altura - praticamente à minha frente -, percebe que dá para invadir e se solta lá de cima. Jogou-se para dentro do campo e do jeito que caiu, ficou. Talvez por isso o policial mais próximo tenha dado pouca importância e foi se aproximando com uma displicência incompatível. Eis que nosso amigo rubro negro do nada se levanta e corre para dentro de campo, até aí creio que muitos viram.

Terminada a partida vou ao encontro de meus amigos que ficaram na torcida do Figueira. Todos devidamente vestidos com o manto vamos procurar algum local próximo para comemorar. Por volta de 02 da madruga pagamos a conta e vamos andando devagar para o hotel quando do nada surgem duas motos, buzinando e encostam ao nosso lado. Pensei na hora no pior, ou seja, a pancadaria rolando. Os dois retiram os capacetes e começa o diálogo:


“Eu sou o Renato” - grita eufórico um deles
“Tá e daí?” – pergunto, ainda sem saber se batia ou apanhava.
“Sou eu o cara que invadiu o campo, olha aqui minha mão, está toda cortada da grade!”
“Mas cara você é maluco! E aí, tomou cascudo da PM?”
“Cara me ferrei todo, machuquei minha mão, minha camisa rasgou e machuquei minha perna quando cai”

E desceu da moto mancando, calça toda esfolada.

“Não apanhei deles, mas vou pagar uma multa e todo jogo do Figueira tenho que me apresentar uma hora antes em uma delegacia”.

“Mas o que você foi fazer cara, queria dar beijinho no Vandinho?”

Todos gargalhando do Renato...

“Nada, eu queria era tirar a bola do zagueiro e fazer um gol, você ia ver só!”

E a conversa foi longe...

Figuraça esse Renato. Está todo ferrado uma hora dessas, mas demos muitas gargalhadas com cada comentário. Para fechar soltou uma pérola: “É verdade que quando eu ia saindo a torcida começou a gritar meu nome?"

Menos né Renato, menos...

Sem qualquer defesa ao ato irresponsável que praticou, fica o meu abraço ao Renato e a todos os Rubro Negros que fizeram a festa ontem no Orlando Scarpelli. Que a festa de ontem na saída dos jogadores seja repetida a cada rodada, a começar pelo próximo compromisso no Morumbi e que aqui em Curitiba no dia 07/12 - última rodada do Brasileirão 2008 - possamos comemorar a glória do Mengão nesse brasileiro.

Até a próxima pessoal e Saudações Rubro Negras, sempre!

Flamengo Net

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