O Flamengo foi melhor na partida, criou mais, pressionou. Marcelinho Paraíba enfim marcou seu primeiro gol vestindo o Manto, mesmo sem ter excelente participação. Everton chegou, treinou menos de uma semana e foi escalado como titular, na fogueira de um importante clássico. Jogou muito bem e lhe faltou apenas o gol, que esteve perto de marcar em duas boas chances nos 45 minutos finais. Leonardo Moura foi de uma raça e disposição dignas de elogios. Com roubadas de bola das mais perfeitas e providenciais, salvou a equipe em dois contra-ataques tricolores que, por pouco, não foram fatais. Sambueza participou efetivamente no resultado, mostrou disposição e categoria ao dar o drible em Fernando, cruzou na medida e saiu para o abraço no gol do Kleberson.
Pois é. Se alguém não viu o jogo, ao ler essas primeiras palavras vai encher-se de expectativa e perguntar-se “Afinal, de quanto o Mengão ganhou?”. E sou obrigado a responder que ficamos no empate. Uma combinação terrível nos castigou novamente: incapacidade para definir lá na frente, aliada a mais uma falha daquelas. O Fluminense acerta dois belos chutes, com nosso goleiro Bruno contribuindo no segundo. Uma excelente oportunidade de voltar ao G4 nos escapa.
A verdade é que, com resultados como esse, a luta pelo título ficou complicada. Já falei sobre isso, mas os problemas persistem: futebol não premia simplesmente boas atuações. O gol é e sempre será o mais importante em uma partida de futebol. E ontem, mais uma vez, mesmo com todos os aspectos positivos já relatados, o Flamengo falhou no mais importante, fazer a rede balançar. Aliás, só neste Brasileiro, em quantos jogos o time atuou melhor que os adversários, mas não foi capaz de trazer os três pontos por incapacidade, inoperância ou incompetência do nosso ataque? São Paulo, Atlético-MG (primeiro tempo), Coritiba, Vitória, Portuguesa, Botafogo (primeiro tempo), Fluminense. Pontos importantes que estão fazendo muita falta nesse momento.
Nem cabe mais criticar diretoria ou a falta de planejamento, afinal os reforços vieram e ontem provaram que são de qualidade. Mas é urgente que tenhamos, e logo, um time formado, o time titular. E falo isso principalmente pelo ataque. Não dá mais para queimar o Obina – que é jogador importante sim, mas de segundo tempo. Mas não dá mais também para jogar bem, e não ser capaz de ganhar partidas como a de ontem por não conseguir marcar os gols.
Na quarta, uma parada duríssima contra o Figueirense em Florianópolis. Por conta do resultado no Maracanã, a vitória passa a ser obrigatória. Ou o sonho pelo hexa campeonato em 2008 começará a virar pesadelo muito antes do que gostaríamos.
Até segunda e saudações rubro-negras, sempre!
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