Sei que muitos argumentarão que o time ganhará na marcação com a volta de Toró. Discordo. Com Kléberson e Ibson fazendo a dupla de volantes, o time não levou grandes sustos em nenhum dos jogos. Ambos marcam bem. Para tomar a bola, não precisam fazer faltas e nem se arrastarem no chão em carrinhos espetaculares. Chegam junto, encostam, tomam a bola e saem jogando. Com este esquema, jogamos as últimas quatro partidas. Vencemos três (Figueirense, Ipatinga e Sport) e perdemos uma (São Paulo). Fizemos seis gols e levamos cinco. Dos gols que levamos, quatro de dentro da área e um de fora. Sendo que, pelo menos dois deles em falhas de Bruno (primeiro do Figueirense e o gol do Sport). Nossa média de roubadas de bola foi de 17,75 por jogo. Antes da mudança de esquema, nossa média era de 19,2 roubadas de bola por jogo. Ou seja, uma diferença bem pequena. Em compensação, nas últimas quatro partidas, com Kléberson e Ibson como volantes, fizemos 58 faltas, média de 14,5 por jogo. Antes, fazíamos 16,3 faltas por partida. E finalizamos mais também. Média de 10,5 por jogo, contra uma média anterior de 10 por partida. E erramos uma média de 31 passes por jogo, contra 36,8 do restante do campeonato. Há tempos aprendi que no futebol números não têm tanto valor assim. Mas, para os que gostam de estatísticas, é inegável que, se roubamos menos bolas, em compensação fazemos menos faltas, finalizamos mais vezes e erramos menos passes.
O time jogou mal os últimos três jogos. Mas isso nada teve a ver com a escalação de um time mais ofensivo. Não é porque estávamos sem mais um volante de contenção que jogamos mal. Jogamos mal porque faltou penetração. Tocávamos bem a bola, mas não tivemos uma grande força ofensiva. Faltou gente dentro da área. Josiel, isolado e desentrosado, não entendeu como o time joga. E o time tampouco entendeu como o novo centroavante gosta de jogar. Não por acaso, a entrada de Vandinho, tanto contra o Figueirense em lugar de Maxi, quanto contra o Sport, em lugar de Ibson, funcionou. Vandinho se movimenta mais e toca melhor a bola do que Josiel. E ainda tem uma baita estrela.
Portanto, espero que nos treinos da semana, Caio Junior pense melhor. Repito: nada contra Toró, a quem acho até um bom jogador. Mas em lugar de Everton, um meia, que entre outro meia. Ou então um outro atacante, com o recuo de Marcelinho Paraíba para o meio. Mas tirar um meia para por um volante é andar pra trás, retroceder. E justamente em um momento em que o time precisa andar para frente, avançar.
Até terça!
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