O time tomou sufoco desde o primeiro tempo, sem dar qualquer trabalho. O Cruzeiro nos marcava no nosso campo, e nós dávamos campo ao adversário. Quando o Flamengo estava com a bola, Obina buscava a marcação dos zagueiros do Cruzeiro. Quando a bola era dos caras, ele se afastava dos zagueiros, dando-os condição de receber uma recuo. Mentalidade de jogador é muito pequena. Parece que no Flamengo, essa pequenez aumenta 1000x. Saiu muito bem saído.
Erick Flores errou quase tudo que parecia tentar. Thiago Sales totalmente envolvido pelo Charles. Mais um presente do Joel: essa molecada tinha que pegar bagagem no Estadual, e não no meio da fogueira do Brasileiro. Estamos pagando o preço da falta de planejamento sério. Como eu já disse em outra oportunidade, Título Brasileiro e da Libertadores é para time cuja diretoria pensa grande. Ganha-se dinheiro e se locupleta às custas de negociatas, mas o time ainda consegue parecer profissional.
Não vou falar dos gols, mas da postura dos jogadores. Era só chutão pra frente. Parecia que nós éramos os visitantes! O time apagou no segundo gol do Cruzeiro, mas logo depois do primeiro, notava-se que era uma questão de tempo, como se algum encanto houvesse se quebrado. Com o segundo gol, a torcida se calou diante da passividade do time. O TIME MOSTROU QUE NÃO QUERIA REAGIR!!! Queria que se acabasse tudo, logo. Aos 21 minutos do segundo tempo, a torcida do Cruzeiro cantava absoluta, diante dos torcedores rubro-negros que não sentiam vir do campo algum sinal de que alguém quisesse mudar o panorama...
Eu não entendi o porquê da apatia, embora o Cruzeiro apresentasse melhor padrão de jogo, sem chutões, passando para quem se apresentasse (coisas que não aconteciam no Flamengo: sem chutões e alguém que se apresentasse). Se a desculpa da apatia for a saída do Tardelli após as 3 substituições, eu pergunto: QUAL A DIFERENÇA DO TARDELLI DENTRO OU FORA DE CAMPO? Acho até vantajoso. Menos um para se passar uma bola que será desperdiçada.
Caio Junior não teve culpa, na minha opinião. Ele segue contando com as peças que lhe disponibilizam. Mas o time já mostrou que nessa maratona, não pode só ficar na conversinha entre jogos. Há de haver treino tático. Está mais do que provado, pela quantidade de chutões para a frente e jogadores se escondendo da bola.
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