segunda-feira, 18 de agosto de 2008

COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA - Hermínio Correa

Lições da Vila Belmiro

Eis que segue o tabu. Mais uma ida à Vila e mais um jogo sem vitória contra um Santos que está em uma fase terrível, mostrando um futebol digno de uma equipe que realmente vai lutar para não cair neste ano.

Sobre a partida não há muito a dizer. Jogamos mal, completamente acuados e desarrumados em campo. Um gol com boa dose de categoria e sorte, um pênalti no segundo tempo e só. O Flamengo não foi capaz de criar algo mais. A ponderar, a grande atuação do Bruno, salvando a equipe em pelos menos três bolas de extrema dificuldade. Por pior que tenha sido, o resultado ficou de bom tamanho. Com tantos erros apresentados e pela evidente desorganização tática em campo, temos que melhorar, e muito, para alcançar nosso objetivo nesse campeonato brasileiro. Acompanhando as entrevistas de nosso treinador ao final da partida, parece que isso está entendido.

Teremos modificações para a próxima partida. Airton já merece uma vaga no time e deve entrar na vaga de Cristian. Além dessa mexida precisamos de um meio-campo com maior criatividade, ou nosso ataque permanecerá isolado. Cabe aí aguardar os treinamentos destes próximos dias para acompanhar como se acerta a equipe com o Marcelinho, a chegada do Sambueza e a expectativa ainda pela recuperação do Vandinho. Fato é que nosso meio precisa criar e nosso ataque precisa ser efetivo e não simplesmente “decorativo”, como tem sido.

Sobre as estréias de Eltinho e Marcelinho, foram razoáveis. O lateral foi colocado em uma verdadeira “fogueira”. Recém contratado, não só entrou em campo depois de quase um ano de inatividade como teve que substituir nosso principal jogador. Muito cedo para avaliá-lo. Já Marcelinho mostrou muita disposição, correu, lutou, mas é necessário tempo e treinamento para encontrar um melhor posicionamento para ele nesse time. Mas é titular, não tenho dúvidas, e joga com a raça e disposição que certamente o fará cair nas graças da torcida.

Mantenho a crença no que escrevi na última segunda-feira, e repito: estamos vivos, sim, na disputa pelo hexa. Somos o time da arrancada, da chegada, aquele que se deixar, atropela. Na próxima rodada temos o líder Grêmio pela frente, em casa. Jogo em que, se não der na técnica, terá que ser no coração, na raça, mas de qualquer jeito terá que ser, afinal não há outro resultado que nos interesse que não seja a vitória.

É aceitável que a torcida esteja desconfiada, mas se é para apoiar e empurrar, então a hora é agora. Sabemos que, neste campeonato, esses mesmos jogadores já mostraram muito mais. Mas é o momento da torcida fazer a sua parte, reverter a péssima impressão do episódio das bombas e devolver a confiança à equipe. Não estou banalizando, criando um poder sobrenatural que essa torcida não possui. Não. Apenas me baseio em algo simples: no Flamengo e apenas nele, quando time e torcida jogam juntos, nada é impossível. Portanto quinta-feira é o time dentro de campo com onze guerreiros - entre quem entrar - e outros milhares nas arquibancadas. Se for esse o espírito, de superação e determinação, ganhamos.

Até segunda e saudações rubro-negras, sempre!

Flamengo Net

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