terça-feira, 6 de maio de 2008

Mudanças no manto?

Contrariando a máxima de que em time que está ganhando não se mexe, parece que o momento no Flamengo é de mudanças. Técnico novo e, agora, ao que parece, fornecedor novo de camisas.

Nenhuma das duas trocas me parece motivo para pessimismo. Se a saída do Joel está sendo lamentada pela maioria da torcida, o rompimento do contrato com a Nike (se acontecer mesmo) já não parece causar tanta lamentação.

Ainda não se sabe quem seria a nova fornecedora - se fala em Adidas e Olympikus, pelo que andei lendo. Mas desde já, quero dizer o que espero do novo parceiro (ou da própria Nike daqui pra frente, já que se for pra ela ficar, parece claro que mudanças na relação serão necessárias):

- Manter a linha clean destas camisas atuais do time. Infelizmente, temos um uniforme hoje poluído por um excesso de patrocínios, mas isso não é algo em que o fornecedor possa mexer. Tirando isso, o desenho atual dos uniformes evita detalhes desnecessários e privilegia o que o Manto tem de essencial. A Nike também acertou em cheio no atual uniforme número 2, que caiu no gosto de todo mundo. Não vejo motivo para inventar nada de muito diferente nesse aspecto.

- Eu, pelo menos, gostaria de ver o Flamengo com pelo menos mais uma opção de uniforme. Não gosto de ver o time usando calção preto com a camisa rubro-negra nem com a branca, acho uma descaracterização. Um terceiro uniforme seria interessante pra isso, além da renda das vendas - tá certo, a Nike lançou aquele pretenso retrô, que nem é feio, mas não é muito marcante e não parece ser algo com muito futuro.

Que tal um unifome preto, nos moldes do branco, pra esses jogos em que não dá pra usar o calção claro?



Ou, sendo mais radical e conectado a essa modernidade do marketing esportivo atual, um azul e amarelo, em homenagem às cores originais do clube?


Ok, Talvez fosse ser esquisito demais o Flamengo tão diferente assim em campo...

- Tudo isso são especulações estéticas , de gosto pessoal, só pra brincar mesmo. O mais importante mesmo seriam mudanças no negócio - distribuição e política de preços, principalmente. Não faz sentido esperar que todo rubro-negro que queira uma camisa oficial tenha que pagar cento e muitos reais - é preciso criar produtos com preços mais acessíveis, sem as três camadas de tecido desenvolvido pela NASA, o escudo bordado por costureiras anãs da Croácia e tudo o mais, ou o povo vai continuar procurando os camelôs e as réplicas vendidas pela Internet. Basta ver o sucesso da camisa "retrô" do Zico, da Braziline - que na verdade tem o mesmo visual da número 2 usada em jogos, só que é de malha simples, limpa, perfeita pra usar no dia a dia e vendida por preço acessível.

O mesmo vale para as camisas infantis; não há carteira de pai que aguente os preços que cobram pra gente poder colocar os seus filhos com seu manto oficial. Também não dá pra continuar existindo essa dificuldade toda pra encontrar uma camisa feminina pra dar de presente pra namorada (de novo, por cento e muitos reais). Está claro que o Flamengo é líder de mercado em ambos os sexos, todas as idades, todas as faixas de renda - é preciso pensar em produtos que atinjam cada um desses públicos.

Falam agora do lançamento das lojas móveis, o que será um bom adianto. É simplesmente inacreditável que nos jogos hoje em dia só se compre produtos com a marca Flamengo na mão de ambulantes com produtos piratas. Mas é óbvio que há muito mais em que avançar. E o pior é que tem gente no Brasil mesmo que está na nossa frente - é só olhar em volta.

Flamengo Net

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