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Teste de espírito

Muito se discutiu a escalação do time para o jogo de hoje (que, até o momento em que escrevo, ainda não se sabe ao certo). Claro, é importante, e eu também não gostaria do Jaílton em campo - tenho lá minhas preferências, como todo mundo. Mas...

Vamos combinar que foi com esse meio-campo - Jaílton, Toró, Íbson e Cristian - que o Flamengo chegou à Libertadores. Passamos por cima de times infinitamente superiores ao nosso adversário de hoje, em sequência. Assim sendo, independente de quem entre em campo (e repito, se fosse eu o técnico não seria o Jaílton, entre outros), parece claro que temos condições de ganhar. Não vai ser a entrada de um e a saída de outro que vai definir se somos melhores ou piores que o Cienciano.

A questão é: este mesmo time que passou pelos tais adversários infinitamente superiores ao Cienciano sempre demonstrou, independente da escalação, que tem um problema sério ao jogar fora de casa. Se no Maracanã somos capazes de vitórias inesquecíveis, fora dele costumamos aprontar algumas que gostaríamos de esquecer. E hoje, além de estarmos longe de casa, ainda há o tal fantasma da altitude pra assombrar mais ainda as frágeis cabecinhas de nossos jogadores.

Pois bem: este é o dia de mostrar que este time está pronto pra voar longe, como todos planejamos desde o início da temporada. Acho que todos concordam - e quando falo em todos, incluo nisso aí não só nossa torcida mas também os adversários, a imprensa, enfim - que há na Gávea hoje material humano pra encarar qualquer um sem medo. Mas pra chegar aonde o Flamengo quer chegar, é preciso mostrar firmeza, segurança, concentração, equilíbrio e determinação para enfrentar desafios onde quer que eles surjam - e isso ainda não foi visto. O primeiro grande teste do ano é hoje.

Pelo amor de Deus, nada de bicos pra frente de qualquer maneira, nada de empurrões em gandulas, nada de bate-boca com adversário, nada de brigar por causa de bola que está no fundo das redes. Calma! Que tenham a cabeça no lugar e joguem o que sabem, a sério. Deverá bastar.

No mais: cervejas na geladeira?