segunda-feira, 28 de abril de 2008

Avisa lá...



















Se houvesse a tão propalada justiça por conta da qual os alvinegros tanto choram o jogo de ontem já devia ter começado 2 a 0, no barato. Sim, porque se houvesse justiça, um juiz por mais isento que fosse, ao se dar conta da discrepância avassaladora das arquibancadas deveria decretar antes do apito inicial o placar de 2 a 0 para o Flamengo. Que coisa ridícula a torcida da cachorrada. Chega a ser constrangedor olhar para as arquibancadas amarelas do lado errado do Maracanã e vê-las vazias. Deprecia o próprio espetáculo. Um time dito grande que não é capaz de encher pelo menos as arquibancadas amarelas e verdes do Maracanã, deveria realmente começar o jogo em desvantagem no marcador.

A verdade é que eles, os chorões, realmente não acreditam. E cá pra nós, não é pra menos. Quem prestou um mínimo de atenção no vídeo que passou no telão do Maracanã antes do jogo começar viu-se obrigado a recordar a distância infinita que separam as histórias das duas equipes no cenário regional. Se colocarmos no contexto os currículos nacional e continental então, fica plenamente justificado o deserto e / ou silêncio no canil.

Quanto ao jogo em si, o primeiro tempo foi bastante fraco. O Flamengo até começou melhor, mas a falta de um centroavante de ofício acabou mais uma vez por fazer o time não gerar situações de gol em quantidade suficiente para abafarmos o Foguinho. Destaque para o incansável Toró, e para o eficiente Marcinho, ambos muito ligados e muito afim de jogo. Já no segundo tempo o time, embalado pela torcida, cresceu. E assim também o jogo como um todo. Não que tenha sido fantástico, mas a mexida no ataque, e principalmente a entrada do Obina, deram outro rítimo à partida. Bastaram 3 minutos com "aquele que é melhor que p Eto´o" em campo, para que a bola o encontrasse em condições de marcar, e ele sacramentasse o 1 a 0 como placar definitivo do primeiro jogo da final do Carioca. A jogada do gol saiu num contra-ataque rápido extremamente bem executado onde em apenas 3 toques Léo Moura, Diego Tardelli e Obina calaram a já calada e ausente torcida bostafoguense. É verdade que minutos antes levamos um susto com a bola na trave do nosso "melhor goleiro do Brasil" Bruno, mas o 1 a 0 acabou ficando barato pra cachorrada.

Ontem, era dia pra termos amassado o Botafogo, tal como naquela final de 92. Bons tempos aqueles, quando apenas 1 jogo nos bastava para liquidarmos a fatura e nos sagrarmos campeões, mas a presença lá e a falta cá de um Maestro explicam muita coisa.

Valeram os 3 pontos e a vantagem na final, mas o fato é que permitimos que a decisão fosse adiada pra domingo que vem.

Só espero que, diferentemente do que aconteceu nesse primeiro jogo da final do Carioca, ingressos sejam vendidos em General Severiano, e a Net, a Claro, a Vivo e a Tim religuem as televisões, internets e celulares dos alvinegros, para que eles dessa vez sejam avisados do jogo e não prestem o mesmo papelão que prestaram neste domingo.

Vamos Flamengo
Vamos ser “campeão”
Vamos Flamengo
Minha maior paixão
Vamos Flamengo
E essa Taça vamos conquistar
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Sei que muitos até o defendem, a torcida até gosta dele, coisa que eu não entendo, mas está cada vez mais difícil aturar o Souza. Centroavante que não faz gol, pra mim, não é centroavante. E não é só isso, qualquer jogada de contra-ataque, com o Souza, torna-se nula. Falta-lhe velocidade e inteligência. Além disso, nunca está onde deveria estar para finalizar. E ontem isso ficou claro em pelo menos dois lances que poderiam ter sido capitais para o jogo, tivéssemos um centroavante a altura. Diga-se de passagem, duas belas jogadas do Marcinho pelas laterias. A primeira ainda no 1º tempo, quando, pela falta de um homem na área, ele se viu obrigado a chutar cruzado, conseguindo ainda gerar um rebote (fraco) do goleiro, não aproveitado por absoluta inexistência de um homem de área. Para qualquer time que se preze seria gol certo, mas não para o Flamengo, não com nosso pseudo-centroavante. E a segunda, já no segundo tempo, em outra boa jogada do Marcinho, recebendo belo passe do Íbson, e tocando cruzado para área. Dessa vez o Souza até chegou nela, mas atrasado, e chutando a meia altura, facilitando a defesa do goleiro. Qualquer atacante mediano teria chegado bem antes na bola e inevitavelmente estufado as redes. Sei que logo vão dizer que o Souza não é homem de área, que ele faz o tal pivô... Mas pivô pra quem? Quem são os jogadores que vem de trás encostando nele pra que essa jogada dê frutos no decorrer dos jogos. Por mais curioso que possa parecer, o Flamengo é aquele time em que todo mundo faz gol: lateral, zagueiro, volante, (até goleiro!), mas não o centroavante.

O Obina vem mostrando não é de hoje, que tem bola pra ser titular. Entra sempre com garra, com vontade, e acima de tudo, se faz presente na área pra empurrar a bola pra dentro quando a gente mais precisa.

Outro ponto que eu não entendo é a insistência do Flamengo em se cobrar escanteios e faltas nas laterais da intermediária pra frente de pé trocado, sem que se tenha uma jogada ensaiada no primeiro pau. A bola acaba sempre encontrando a zaga de frente ou então acaba inevitavelmente nas mãos do goleiro adversário. É um incrível desperdício de potenciais jogadas de gol.

Ainda assim, o mago Joel, abençoado pelos céus, segue seu ritual de vitórias...

E a julgar pelos nomes que vem sendo cogitados, vamos sentir muita falta dele...

Flamengo Net

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