quinta-feira, 27 de março de 2008

“O Friburguense já foi o Fluminense de Friburgo, por isso há algo de grande nele”




ACESÃO

Em vez de alegria, confesso que as últimas atuações do Flamengo cada vez me preocupam mais. O time sempre parece estar se poupando, com uma preguiça que beira a indolência. O sistema de jogo Natalino, tão decantado, está sendo tomado de uma rigidez quase cadavérica. Sempre que a situação aperta, não há opções que mudem o panorama do time. Jogadores que seriam opções interessantes como Max e Tardelli, nunca jogam, e quando entram, é nos minutos finais.

Minha cabeça está na Libertadores, daí meu pessimismo. Não consigo acreditar que um time que tem tanta dificuldade para enfrentar os times ridículos do Estado do Rio consiga ir muito longe numa Copa Libertadores. Nosso ataque é inofensivo, e deu vontade de chorar ao perceber que os jogadores do modesto Friburguense chutam muito melhor que o nosso elenco. Não consigo entender um esquema caótico onde freqüentemente Souza aparece de ponta, os laterais caem para o meio, Angelim irrompe como atacante, e Toró surge para concluir... Não entendo como é podemos chutar tão mal, passar tão mal, e desperdiçar contra-ataque após contra-ataque. O jogo de ontem foi assim, salvo por dois súbitos momentos de “Acesão” (o inverso de “Apagão”) que nos deram quatro gols em dois lampejos de dois gols cada. Para o Carioca é suficiente, afinal de contas, estamos muito perto da classificação que muitos não acreditavam. A Imprensa Arco-Íris comemorava o fato do Flamengo escalar o time reserva na Taça Rio, e achava que não chegaríamos nem nas semifinais. Pois estamos próximos, e aí, nos clássicos decisivos, a força da Torcida pode empurrar o time.

Mas Libertadores é algo muito mais complicado. Pelo nosso retrospecto não tenho muita confiança no jogo com o Cienciano. Se mantivermos nossas habituais atuações à Joel Santana, iremos para lá com um enxame de cabeças de área, e bastará ao Cienciano fazer um golzinho que vencerá o jogo. Voltando ao Maracanã teremos que golear o Coronel, o que em vista das últimas atuações contra os pequenos, será tarefa nada fácil...

Continuarei torcendo como sempre, mas acho que a cobrança tem que continuar. Em vez de torcer por milagres, prefiro que eles não sejam necessários.

Flamengo Net

Comentários