quinta-feira, 24 de maio de 2007

Assim falou Zarathrusta


Um astuto e próspero capitalista já disse que um dos melhores negócios que podem existir no mundo especulativo é comprar um botafoguense pelo que ele realmente vale e vende-lo pelo preço que ele acha que vale. Se fosse possível, tal operação produziria uma lucratividade obscena dada a distância interplanetária entre os dois valores. Mas essa é uma negociação que deve ficar restrita ao campo das hipóteses, já que não há no mundo quem queira comprar um botafoguense, por sua absoluta inutilidade.

Reza a tradicional etiqueta rubro-negra que não devemos perder muito tempo com nossos pequenos rivais municipais cuja razão maior da existência é tentar morder os calcanhares do colosso Flamengo sem jamais verdadeiramente ameaça-lo em sua tranqüila, incontestável e longeva supremacia futebolística. Infelizmente vivemos tempos terríveis, que miseravelmente confirmam as profecias de Friedrich Nietzsche sobre o eclipse de todos os valores e o surgimento na arena do (então) futuro de irmandades nacionalistas bárbaras com o único objetivo de roubar os não-irmãos.

O filósofo de A vontade de potência e A gaia ciência olhou dois séculos à sua frente e o que viu foi uma violenta mudança de costumes e um total desprezo às tradições e ao conhecimento acumulado durante as gerações predecessoras. Ainda que não tenha feito uma menção específica às torcidas organizadas ou ao bando anacéfalo de cronistas da globo.com e seus métodos vândalos de motivação, o quadro que Nietzsche pintou com pinceladas fortes em suas viagens proféticas revelou uma época onde já não há espaço para a verdade e nem para a boa educação, nem mesmo no âmbito desportivo.

Tinha razão o visionário alemão pois vivemos mesmo tempos inomináveis. Alguns de nossos melhores fregueses, os torcedores da camisa sem cor, em especial aqueles que se abrigam por trás de seus crachás na crônica esportiva carioca, onde são maioria absoluta e relativa (aberração demográfica inexplicável), insistem em usar de todos os subterfúgios do beletrismo para mascarar a realidade, distorcer fatos e construir uma imagem virtual do time do Botafogo que não guarda qualquer relação com o que os 11 vagabundos fantasiados em preto&branco tem mostrado nos gramados.

Através da ironia, da alusão, do uso de metáforas ou do mais deslavado achismo essas penas de aluguel insistem na falácia de que o Bosta é o melhor time do país como se os resultados mostrados no placar ao fim das partidas nada significassem. Ora, que bosta de país seria o Brasil se o seu melhor time nacional tivesse como principal característica a capacidade comprovada de peidar pateticamente na hora em que a chapa esquenta. Inconseqüentes ao dano que tal declaração traz à Verdade, os bostajornalistas repetem esse insulto aos fatos por qualquer me-dá-cá-aquela-palha. Isso já não é apenas mau jornalismo, é anti-nacionalismo!

Aos nossos opositores agrada dizer que a torcida do Flamengo é messiânica, sebastianista e desconectada da realidade fática, mas os rubro-negros aprendem desde criancinha que os títulos, lauréis e honrarias no futebol se conquistam apenas dentro das quatro linhas gramadas. Se por motivos óbvios o Flamengo ainda não pode reivindicar o posto de melhor time do país, é mais que evidente que deve aproveitar o encontro que o destino marcou para domingo para recolocar as coisas em uma perspectiva mais comprometida com a realidade.

Não é sequer preciso lembrar de que a cachorrada incapaz não nos vence há mais de 3 anos e que nos últimos 15 encontros conosco voltaram pra casa chorando com suas tristes bandeirinhas enrroladas e escondidas sabe-se lá onde. O Flamengo tem consciência que deve mostrar para aquela minúscula torcida e para a míope imprensa alvinegra que o campeão carioca de 2007, o Bi Campeão da Copa do Brasil, o Penta Campeão Brasileiro, o Campeão Sul Americano e Mundial é o melhor time do pedaço até prova em contrário.


Mengão Sempre

Flamengo Net

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