Relato de viagem: Maracaibo x Flamengo
Por Marcus Talamasca
Aproveitei o feriado da semana Santa e fui à Venezuela acompanhar o Fla na Libertadores.
Cheguei em Caracas na segunda e fui para Mérida, uma cidade bacana, nos Andes, já no extremo oeste da Venezuela.
Lá não pude perceber muito interesse no jogo. Muitas coisas sobre a Copa América, conversas sobre reformas de vários estádios, mas nada sobre a Libertadores propriamente dita.
No dia do jogo, peguei um ônibus cedo e fui para Maracaibo. Seis horas depois, lá estava. Deixei minha mochila no albergue e fui sapear no hotel.
Um ou outro jogador passava pela portaria, todos simpáticos. O Bruno, que é de BH como eu, até deu idéia. O Renato, o Juninho, até admirados por eu ter ido para lá.
Achava sinceramente que era o único, mas tinha uma turma lá de umas 40 cabeças, alguns do Rio, outros da Venezuela, do norte brasileiro.
Bom, não existia uma grande mobilização na cidade para o jogo, então foi tranqüilo pegar um táxi de noite e ir pro estádio. Estádio bacana, que deve ter recebido um terço da sua capacidade.
Lá no canto esquerdo, nossas faixas trazidas do Brasil e a animação que não faltava.
É muito legal ver o time entrar em campo fora do país, você se sente muito unido mesmo. No primeiro tempo, o Léo Moura estava ali perto da gente, toda hora a gente gritava e às vezes ele acenava, foi engraçado.
Eu esperava mais do jogo, vocês viram que não foi essa guerra. Bacana que após os dois gols os jogadores apontavam pra gente, muito legal.
O relacionamento com os torcedores do Maracaibo foi tranquilíssimo, éramos verdadeiras atrações. Já estive numas quebradas complicadas no exterior, contra Racing, Independiente, San Lorenzo, e aquilo foi um passeio. Queriam muito trocar camisa, mas só tinha a minha da sorte, vacilo mesmo. Mas tinha muitos adesivos, dei vários pros garotos venezuelanos.
O Juninho Paulista era bem querido pela turma lá, ele pegava na bola, fazia um passinho pro lado e se escutava "Juninho!".
Enfim, um programa bacana, um treino como se viu. Mas valeu pela experiência.
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