quinta-feira, 8 de março de 2007


Vitória do Manto

É... quase que deu pro Madureira. Seus dirigentes, jogadores e muitos cronistas esportivos já davam como certo o título pro time do sr. Elias Duba. Afinal de contas, como eles insistiam em repetir, o Madureira tinha ganho as últimas três partidas que tinha disputado com o Flamengo. Além disso, o 'tricolor suburbano' (essa estranha mistura de Fluminense (tricolor) com Vasco da Gama (suburbano)) chegava na finalíssima com a ' considerável' vantagem de 1 a 0 sobre o Flamengo , era o único time invicto do campeonato, tinha o vice-artilheiro do turno e outras baboseiras mais. Entraram desde o primeiro jogo com marra de time grande, falando grosso, botando banca, e desmerecendo justamente o nosso Mais Querido do Brasil. Hoje mesmo, atrasaram propositalmente a entrada do seu time em campo em cerca de 10 minutos como quem acha que tem gabarito para comandar o espetáculo. Pensando bem, talvez não fosse nada disso. Talvez estivessem apenas querendo atrasar o gol que levariam logo de cara do Souza...
Enfim, só se esqueceram de um pequeno detalhe. Teriam que enfrentar o Flamengo, e no Maracanã, diante de 60 mil apaixonados presentes e 40 milhões de almas espalhadas por todo o país. E a gente sabe, que em dia de decisão, a coisa é diferente. O maior estádio do mundo quando vestido de vermelho e preto numa noite de gala como a de hoje torna-se grande demais, incômodo demais pra muito time grande, que dirá para um timeco que se auto entitula filhote e aprendiz do time da Colina e de seu asqueroso mandatário. O melhor que conseguiram foi assistir a uma verdadeira aula de como se entrar em campo em dia de decisão. Hoje eles começaram a entender o que é enfrentar um time que tem como camisa o Manto Sagrado.
O Flamengo entrou com tudo, sufocando, partindo pra cima, e as tais 60 mil pessoas ajudaram o Souza a empurrar a bola pra dentro logo a 1 minuto de jogo, mostrando pro Madureira quem é que mandava ali. O gol deles logo em seguida serviu apenas para dar aquela pitada de emoção que um grande jogo decisivo merece. Mas o fato é que aos 13 minutos já tínhamos a vantagem que nos traria o título, com mais um de cabeça do Souza e outro belo gol do Renato Augusto. No final, o 4 a 1 ficou barato. Podíamos ter ampliado o marcador em inúmeras oportunidades: com o Juan sozinho na frente do goleiro após jogada magistral do Paulinho; no belo chute de Roni que caprichosamente bateu na trave; ou ainda na precisa tabela dentro da área que o mesmo Roni marcou impedido.
Foi um atropelo. No campo e na arquibancada. Na bola e na raça. O certo seria que após o fim da partida, jogadores e dirigentes do tal tricolor suburbano passassem na bilheteria e pagassem ingresso. Afinal, tiveram a honra e o privilégio de participar (mesmo que como saco de pancadas) de mais uma incrível festa da Nação Rubro-Negra. Só quem estava presente no Maraca (e isso eles estavam, apesar de não terem visto a cor da bola) pode ter a verdadeira dimensão do espetáculo que essa torcida é capaz de proporcionar quando o time corresponde dentro de campo num jogo decisivo como o de hoje.
E mesmo atordoados, acho que eles aprenderam de uma vez por todas a lição que o clube no qual eles tanto se espelham e tem como modelo já sabe de cor e salteado: dia de decisão é dia de Manto. E se eles chegarem lá, seu destino já estará traçado: vão ter que se contentar com o vice-campeonato.
Parabéns Mengão! Campeão pela 17ª vez da Taça Guanabara!

Flamengo Net

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