Pensamento positivo
A partir de determinado momento do Brasileiro do ano passado, quando ficou claro que não corríamos nenhum risco de rebaixamento, as conversas sobre o Flamengo já começavam a ser sempre projetando o ano seguinte, a disputa da Libertadores e os reforços de que o time precisaria. Nesta época, ainda em outubro, eu escrevi um post aqui dizendo que, em minha opinião, não precisávamos nos preocupar demais com uma posição em que muitos nos consideravam carente: a de centro-avante. Obina era o cara, bastava dar um voto de confiança a ele.
A temporada ainda está no início, mas a verdade é que Obina até agora não me decepcionou. Não só faz o seu papel de marcar os gols de que o time precisa; seu repertório inclui uma boa movimentação, passes com grande visão de jogo e, vez por outra, até jogadas de efeito. Ele tem seu papel em motivar a torcida, melhorar o clima no estádio, animar a massa com seu carisma - mas não é só isso. Ele tem jogado bem, mesmo. Cada vez mais aqueles que o viam apenas como uma piada ou um jogador folclórico vêm dando seu braço a torcer, até na imprensa. É fato: Obina é melhor que o Eto'o, não tem nem o que comparar. E se antes ele era o gordo, o que dizer da recém-descoberta barriga do Ronaldinho Gaúcho? O Mundo é o limite - e a data e o local tão marcados pra Obina e todos nós chegarmos lá, vocês sabem. Yokohama, qualquer dia tamo aí! Ih!
Leio agora que Obina chegou pra fazer a ressonância magnética andando sem muletas. É um bom sinal? Tomara. Uma contusão séria agora não seria apenas muito ruim para o time. Seria também uma injustiça tremenda com o cara.
Escrevi depois do jogo contra o Botafogo sobre minha preocupação com a marcação frouxa do time, especialmente no meio-campo. E este foi um assunto recorrente nos comentários aqui no blog. O defeito voltou a aparecer em cada um dos jogos seguintes, até o fim do primeiro tempo de ontem.
Bastou trocar o Cláiton pelo Salino no intervalo e a diferença na pegada do time foi impressionante. Será que era só esse o problema? Tenho minhas dúvidas, porque vi uma boa diferença na atitude dos outros jogadores todos também. Nada daquela postura de cercar à distância, deixar o adversário sempre matar a bola, olhar o jogo, passar tranquilamente...
Mas o fato é que jogar sempre com um a menos na marcação (e no ataque...) é duro. Esperemos que o Ney Franco tenha se dado conta disso.
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