domingo, 25 de fevereiro de 2007

Buscando Explicação...

Volto do Maracanã ainda atordoado. Pela sétima ou oitava vez consecutiva, nem sei mais ao certo, ganhamos do Vasco em um jogo decisivo. Forço a memória e me vem à cabeça Rondinelli, Nunes, Bujica, Zico, Júnior, Rodrigo Mendes, Athirson, Pet, Jean, Obina e tantos outros personagens de vitórias marcantes e decisivas. Por mais convicção que eu tenha das minhas raízes rubro-negras fui tentar buscar nos livros, estudioso que sou, uma explicação para tamanha superioridade rubro-negra, para tamanha judiação com os pobre coitados portadores do cinto de segurança, os nossos velhos conhecidos fregueses vascaínos. Não encontrei probabilidade que se encaixasse, nem sentimento de inferioridade que justificasse, muito menos razão para tamanha disparidade de vitórias quando a coisa é pra valer. Depois de muita pesquisa, de muita procura, fui encontrar nas Sagradas Escrituras, na Bíblia (vejam só!), mais precisamente no Gênesis, a explicação para tamanha desventura vascaína...


Gênesis - Do Pecado Original
Após criar os céus e a terra, a luz e a escuridão, Deus fez o homem à sua imagem e semelhança e o colocou no paraíso para ser eternamente feliz.
O mundo então era rubro-negro e no paraíso reinava a mais absoluta paz. Mas o homem sentiu-se só e Deus na sua infinita bondade fez a mulher, linda e exuberante, para que juntos crescessem e multiplicassem e enchessem o paraíso de amor e paz, mas sobretudo, de filhos rubro-negros.
A única condição que Deus impôs era que eles não provassem de uma certa fruta vermelha, uma tal cruz de malta, uma praga que nascia de uma árvore negra encontrada apenas em uma certa colina, da qual pendiam cintos de segurança, no meio dos quais achavam-se as tais cruzes de malta.
Tudo corria bem no paraíso, o mundo seguia tranqüilo na sua paz Flamenga até que uma serpente venenosa, (a hoje conhecida como Euricus vice-Mirandas), resolveu tentar o homem a fazê-lo provar do tal fruto venenoso. Astuta como ela só, acabou através da mulher convencendo o pobre coitado a provar do gosto terrível do pecado.
Nesse instante selou-se o destino inexorável.
Por desobedecer a Deus, e abandonar a paz rubro-negra, todos os seres que insistissem no pecado induzido pela serpente Euricus de adotar a cruz de malta e o cinto de segurança como símbolos seriam condenados ao castigo eterno e padeceriam anos a fio com derrotas e mais derrotas para o rival rubro-negro. À serpente Euricus foi dada o destino impiedoso de rastejar eternamente atrás do rival Flamengo, sendo implacável e constantemente massacrada pelas cores vermelha e preta, sem nunca alcançar a glória de seu oponente.
Mas Deus é acima de tudo amor, e em sua suprema bondade e sapiência, deu ao homem o livre-arbítrio para que ele pudesse retornar ao Paraíso em espírito, bastando para tanto ele adotar o Flamengo como pendão.
Nesse caso, a simples alegria de ser Rubro-Negro o conduziria à felicidade eterna de vencer, vencer e vencer... em oposição ao eterno martírio daqueles que escolhessem provar do fruto venenoso da cruz de malta.
E assim se fez.
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* Gravura: The Creation of Adam - Michelangelo

Flamengo Net

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