quarta-feira, 16 de março de 2005

O caminho da profissionalização - e da sobrevivência

Amadorismo cada vez menos tem lugar num esporte que moivimenta tanto dinheiro. Ou pelo menos cada vez menos DEVERIA ter lugar.

O Atlético-PR é um clube que não tem a torcida, a tradição, os títulos, a mística do Flamengo. Mas compreendeu que só teria um lugar ao sol se adotasse uma estratégia de longo prazo. E dá exemplo.

Depois de construir um estádio e um CT acima da média, o rubro-negro das araucárias inaugura no Brasil uma prática muito comum em praças esportivas nos Estados Unidos, a venda de naming rights, ou seja, o direito de uma empresa (no caso japonesa) rebatizar um estádio e estampar sua marca em troca de polpudos milhões para o clube proprietário. Fala-se que o contrato é de três anos e envolve uma soma de 10 milhões. O Joaquim Américo, vulgo estádio Arena da Baixada, passará a se chamar Kyocera Stadium.

A prática não é inédita em Curitiba. O shopping Estação - cujo maior acionista é Mauro Krigsman, dono da empresa Boticário - também se transformou em Embratel Convention Center. No Rio e em São Paulo algumas casas de espetáculo também já trilharam essa via - vide Claro Hall e Credicard Hall.

Tudo isso não surge da noite para o dia. É fruto de um PLANEJAMENTO, de uma visão clara de futuro de quem move o projeto. O Clube de Regatas do Flamengo não dispõe de um estádio em condições que possa ser patrocinado por uma empresa, mas não é difícil supor que a soma envolvida seria muito maior que a acertada pelo Atlético-Pr, houvesse na Gávea uma "Arena do Urubu".

Embora pareça ficção pensar em estádio enquanto o clube tem um passivo de 200 milhões, é certo que a única forma de acertar as contas com credores é pensar grande e crescer. O Flamengo precisa de um JK de Manto, alguém com energia e credibilidade para sonhar - e realizar.

E esse alguém tem nome: Arthur Antunes Coimbra.

É hora de construir a ponte para que o Galinho, pós-Alemanha-2006, convença-se que ele tem uma outra missão grandiosa a cumprir a partir de 2007. Essa campanha há de render bem mais do que 15 mil Reais.

* Para quem quiser ler uma esclarecedora entrevista do diretor de marketing do Atlético-PR e ex-diretor do Clube dos 13, Mauro Holzman, na qual ele também fala sobre a potencialidade de clubes como o Flamengo, leia aqui no site Furacao.com .

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