Junior, 1000 jogos - Texto 24 - Deus lhe pague - Por Nelson Bata de Oliveira*
No fundo da minha velha e precária memória o Flamengo tinha um lateral esquerdo cujo nome eu nunca esqueci ? Paulo Henrique. Não me lembro quem eram os outros jogadores desse time, sou péssimo para nomes, datas, números de telefone e até para lances de jogos inesquecíveis. Eu esqueço. Desse nome, eu não esqueci. Acho que era um presságio. O anjo da anunciação rubro-negro, a me prevenir- fique atento a essa posição, você vai ver um lateral esquerdo que vai lhe encher o coração de alegria e orgulho de ser Flamengo.
Não tenho muito mais a dizer sobre esse cara. Todos disseram tudo e esgotaram o assunto. Eu assino embaixo de cada homenagem e confesso que, para este velho coração rubro-negro, a mais emocionante de todas foi a do Lico. Engasguei, pigarreei, disfarcei. Mas não deu prá segurar. E, prá desmentir a mim mesmo, confesso que lembro da alegria mais espontânea, da felicidade mais transparente e do amor mais cristalino às cores da nossa camisa ? a imagem do vovô-garoto, pulando como uma criança, na comemoração do último e mais inacreditável título brasileiro do Flamengo. Só aquela imagem já valeria a pena e aliviaria todo sofrimento anterior e posterior. Aquele é o Flamengo do Júnior. E aquele é e sempre será o Júnior do Flamengo. Do meu Flamengo. Deus lhe pague.
* Nelson Bata de Oliveira, 53 anos, é administrador de empresas e vive na cidade de Presidente Prudente, SP
sexta-feira, 22 de outubro de 2004
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